O Peru investiga a morte de cerca de 10 mil rãs gigantes, por suspeita de contaminação do rio Coata, que desemboca no Lago Titicaca, na região Puno, fronteiriça com a Bolívia - informou o Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre (Serfor).
"Com base nas declarações dos moradores e das amostras encontradas dias depois do incidente, presume-se que mais de 10 mil rãs foram afetadas por cerca de 50 km", relata o comunicado do Serfor.
A instituição indicou que especialistas analisaram os espécimen mortos ao longo do rio Coata, na Reserva Nacional do Lago Titicaca (sur), a 3.812 metros de altitude.
As rãs são do tipo Telmatobius spp., conhecida como rã gigante do Titicaca, uma espécie considerada em risco de extinção.
Em uma primeira inspeção, os especialistas encontraram 500 rãs em uma faixa de 200 metros. O Serfor acrescentou que agiram imediatamente depois de receber o alerta de Maruja Inquilla, representante do Comitê de Luta contra a Contaminação do rio Coata.
As amostras obtidas pelo Serfor, em coordenação com os especialistas Roberto Elías e Enrique Ramos do Zoológico Denver, serão avaliadas para determinar o motivo da morte dos espécimen e iniciar as investigações.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
terça-feira, 18 de outubro de 2016
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Sapo-cururu faz 'ligações de longa distância' para acasalar, afirma estudo
O sapo-cururu é capaz de fazer "ligações de longa distância" para acasalar e seus sons podem chegar a ser escutados a cerca de 120 metros, segundo um estudo divulgado na terça-feira, 03/10, na Austrália.
"Isto significa que podem ser escutados por mais indivíduos e podem atrair mais casais potenciais para acasalar que outras espécies", disse o autor da pesquisa, Benjamin Müller, da Universidade James Cook, em comunicado.
A maioria das rãs e dos sapos só respondem aos chamados de alguns poucos metros de distância, segundo o estudo, realizado por um grupo de pesquisa que trabalha para erradicar a praga bichos na Austrália.
O trabalhou acrescenta, no entanto, que as fêmeas são mais seletivas e perdem o interesse a mais de 70 metros da chamada de acasalamento.
"Provavelmente porque (as fêmeas) necessitam escutar mais informação complexa relativa ao tamanho, ao nível de energia e à saúde de seus casais potenciais", detalhou o especialista.
Müller também destacou que os machos destes sapos respondem fortemente e de longe aos chamados de outros machos, provavelmente porque estes sons sugerem a presença de água e de outras fêmeas com as quais podem acasalar.
A pesquisa pretende desenvolver armadilhas sonoras mais efetivas nas quais se utilize como isca este poderoso chamado de acasalamento do sapo.
O "Rhinella marina" foi introduzido na Austrália em 1935 para combater uma praga de escaravelhos nas plantações de açúcar do estado de Queensland, um plano que fracassou já que o sapo não comeu esses insetos e, por não ter predadores, se multiplicou sem controle por quase todo o país.
A praga do sapo-cururu, que pode medir 15 centímetros de comprimento e tem a pele rugosa e com protuberâncias, também causou estragos no Havaí (Estados Unidos), Filipinas, Papua Nova Guiné e outras ilhas do Pacífico.
Pescadores são 'convocados' a capturar 80 mil trutas que fugiram de cativeiro na Dinamarca
Um acidente causou a liberação de até 80 mil trutas-arco-íris criadas em cativeiro no mar na Dinamarca, levando ambientalistas a "convocar" pescadores para tentar capturar os peixes, que podem ameaçar espécies locais.
O acidente aconteceu quando um cargueiro atingiu uma fazenda de piscicultura nos fiordes de Horsens, na península de Jutland.
Ambientalistas temem que os peixes, cada um pesando cerca de três quilos, atrapalhem a reprodução das espécies locais de trutas.
Soren Knabe, presidente do grupo ambientalista Vandpleje Fyn e membro da Associação de Pesca da Dinamarca, pediu que "qualquer um com equipamento de pesca vá pescar".
Em entrevista ao jornal local Copenhagen Post, Knabe explicou que agora é o pior momento possível para uma "invasão" de trutas-arco-íris em águas dinamarquesas.
"As trutas marinhas estão indo para a corrente da (ilha de) Funen para desovar e ovos de truta marinha são a comida predileta da truta-arco-íris", contou o ambientalista, em referência à ilha ao sul da fazenda onde ocorreu o acidente.
O cargueiro estava a caminho do porto de Kolding na terça-feira quando acertou a fazenda de piscicultura.
Jon Svendsen, pesquisador do Instituto Nacional de Recursos Aquáticos da Dinamarca, afirmou que as trutas-arco-íris que escaparam com o acidente podem ameaçar a reprodução da truta marinha ao devorar os ovos da truta local enquanto ela mesma tenta desovar.
Para Svendsen, o acidente terá impacto ambiental imediato e o momento em que tudo aconteceu foi "muito infeliz".
O pesquisador aprovou a convocação de pescadores para tentar capturar os peixes. Mas acrescentou que a ameaça não é duradoura, já que a truta-arco-íris não deve se estabelecer como população natural permanente na Dinamarca.
Ele alerta, no entanto, que existem ameaças maiores para o ambiente local: a extração de areia para construção, espécies invasoras, mudanças climáticas e as próprias fazendas de piscicultura que criam estas trutas.
"Fazendas de piscicultura são ameaças bem maiores para o ambiente marinho local, principalmente pela liberação de nutrientes no ambiente, que podem estar associados com a proliferação de algas e a subsequente hipóxia (queda nos níveis de oxigênio na água)", afirmou Svendsen à BBC.
Elefante-marinho bate recorde ao nadar quase 6 mil km para oeste
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz disseram que um elefante-marinho bateu um recorde ao chegar mais longe para o oeste do que qualquer exemplar rastreado de sua espécie.
Quando Phyllis chegar de volta à Califórnia em janeiro, ela terá completado uma aventura de quase 12 mil km. A fêmea completou quase 6 mil km antes de mudar a direção para voltar para casa.
A distância média que essa espécie geralmente nada durante a migração de oito meses é de 3,2 mil km.O diretor da reserva Año Nuevo, Patrick Robinson, disse que pesquisadores estão rastreando os mamíferos marinhos há 22 anos na reserva em Pescadero, na Califórnia.
Foto: Rachel Holser/University of California, Santa Cruz via AP
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