Oito filhotes de tartarugas marinhas albinas, consideradas raras, chegaram ao Projeto Tamar de Ubatuba, no litoral Norte de São Paulo. Os animais, que vieram de Campos dos Goytacazes, (RJ) em dezembro, estão na área de visitação do projeto desde terça-feira (20).
Os filhotes são da espécie tartaruga-cabeçuda e foram encontradas em um ninho com 118 filhotes. Apenas essas oito que vieram para em Ubatuba (SP), referência no tratamento deste tipo de réptil, nasceram albinas.
O albinismo é a falta de pigmentação na pele (ausência de cor) por fatores genéticos e é um fenômeno muito raro em tartarugas marinhas. Por isso, esses filhotes foram levados para o Tamar, que estuda a biologia destes animais. O projeto atua no litoral norte.
Segundo a coordenadora do projeto, Berenice Gomes da Silva, estes animais são muito frágeis e têm poucas chances de sobreviver na natureza. Ela explicou que, em cativeiro e sob cuidados especiais, essas chances aumentam. “Durante todo o dia os animais recebem alimentação que é feita individualmente. Para isso, fazemos um sistema de rodízio entre os funcionários e também na exposição para o público”, explicou.
A coordenadora explicou ainda que além do controle de peso, as tartarugas albinas recebem uma iluminação especial. “Com a despigmentação da pele, elas ficam mais sensíveis a luz do sol, por isso recebem uma iluminação especial usada para répteis. Sem estes cuidados dificilmente elas sobreviveriam na natureza”, disse.
As tartarugas nasceram no dia 20 de dezembro de 2014 na Praia do Gargaú, em Campos dos Goytacazes e foram trazidas para o centro do Tamar em Ubatuba na véspera de Natal. Elas passaram por um período de isolamento.
Essa não é a primeira vez que o Tamar em Ubatuba recebe animais como estes. Em 1994, dois filhotes albinos, também nascidos no Rio de Janeiro, foram levados para o local. O Projeto Tamar em Ubatuba fica na rua Antonio Athanásio, 273, na praia de Itaguá. O horário de funcionamento durante férias escolares é das 10h às 20h, todos os dias da semana.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Pescadores capturam raro tubarão 'pré-histórico' na Austrália
Um grupo de pescadores capturou um exemplar de um raro tubarão-cobra, conhecido como o "fóssil vivo", nas águas do sudeste da Austrália, informaram nesta quarta-feira (21) os meios de comunicação locais.
Este tubarão, cujo nome científico é Chlamydoselachus anguineus, tem a cabeça e a cauda como as de qualquer tubarão, mas seu corpo é mais parecido com o de uma enguia. Ele tem cerca de 300 dentes distribuídos em 25 fileiras. Já foram encontrados fósseis dessa espécie com mais de 80 milhões de anos.
O exemplar, de cerca de dois metros de comprimento, foi capturado perto dos lagos Entrance, no estado australiano de Victoria, e segundo Simon Boag, da Associação da Indústria de Pesca com Rede do Sudeste (SETFIA), é a primeira vez que o animal é visto na região.
"Realmente parece que existe há 80 milhões de anos. Tem um aspecto pré-histórico, parece ser de outro tempo", disse Boag à emissora local "ABC".
Os cientistas da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade da Austrália (CSIRO) confirmaram que se trata de um tubarão-cobra, uma espécie conhecida pela comunidade científica, mas raramente avistado por pescadores.
Geralmente este animal é visto em profundezas de mais de 1,2 mil metros, embora o exemplar capturado estava a cerca de 700 metros.
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Molusco lança insulina na água para paralisar presa por hipoglicemia
Cientistas descobriram que uma espécie de molusco tem uma estratégia peculiar para capturar suas presas. Esses animais lançam insulina na água para provocar hipoglicemia em cardumes de pequenos peixes. Dessa forma, eles ficam mais lentos e desorientados, tornando-se alvos mais fáceis.
A espécie que desenvolveu essa estratégia, Conus geographus, move-se lentamente, por isso conta com seu veneno para caçar as presas. Mas, até então, não se imaginava que a insulina fazia parte desse processo. Acreditava-se que o molusco disparava na água uma mistura de toxinas imobilizadoras por meio de uma falsa boca. Quando os peixes eram atingidos e paravam de se mexer, eram engolidos pelo molusco.
Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, queriam descobrir o mecanismo que fazia as presas do molusco ficarem mais lentas a partir do contato com seu veneno. Ao analisarem as proteínas produzidas na glândula da Conus geographus, encontraram duas que eram muito parecidas com o hormônio insulina, responsável pelo controle do açúcar no sangue.
Constatou-se que a espécie Conus tulipa também usa a mesma estratégia de caça. "Este é um tipo único de insulina. É mais curto do que qualquer outro tipo de insulina descrita em qualquer animal", diz Baldomero M. Oliveira, professor da Universidade de Utah e um dos autores do estudo.
domingo, 18 de janeiro de 2015
Biólogos em Fernando de Noronha tentam preservar caranguejo amarelo gigante
Pesquisadores também tentam salvar uma espécie de caranguejo gigante, que se esconde no arquipélago de Fernando de Noronha.
Feixes de luz cortam a escuridão em Fernando de Noronha. São os pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco em uma expedição atrás de um gigante. O caranguejo Johngarthia Lagostoma, conhecido como caranguejo amarelo, ou caranguejo da ilha, só existe em quatro ilhas oceânicas no mundo. Três ficam no Brasil.
Os pesquisadores precisam capturar os caranguejos à noite, porque durante o dia eles se escondem do sol. Procuram os locais mais úmidos. Ficam dentro dos buracos nas cavernas na maior ilha de Fernando de Noronha. E como eles têm hábitos noturnos, na escuridão, aumentam as chances de capturá-los.
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