quarta-feira, 22 de junho de 2016

Recifes de coral têm branqueamento devido à alta temperatura do oceano


Os recifes de coral do planeta estão vivendo em águas mais quentes que o normal pelo terceiro ano consecutivo, período sem precedentes. Esse já é o mais longo branqueamento de corais registrado, informaram as autoridades americanas na segunda-feira (20). O branqueamento coralino global começou em meados de 2014, decorrente do aquecimento global e de um fenômeno El Niño particularmente intenso, que resultou em temperaturas oceânicas mais altas que o normal, de acordo com a Administração Oceanográfica e Atmosférica Nacional (NOAA). A NOAA apresentou a sua perspectiva sombria para os recifes de coral do mundo em um simpósio internacional que está sendo realizado nesta semana em Honolulu, Havaí. Segundo a entidade, o impacto deverá ser particularmente forte nos recifes de territórios dos Estados Unidos. Os recifes no Havaí, Guam, Ilhas Marianas do Norte, Florida Keys, Ilhas Virgens Americanas e Porto Rico também estão vulneráveis. "Todos os recifes de coral dos Estados Unidos já viveram em temperaturas acima do normal e mais de 70% deles foram expostos às prolongadas temperaturas altas que podem causar branqueamento", informou a NOAA. A organização também observou que os estudos têm demonstrado que cerca de 93% da Grande Barreira de Coral da Austrália foi branqueada desde abril. Além disso, há 90% de chances de que o fenômeno iminente La Niña, que pode causar altas temperaturas oceânicas no Pacífico ocidental, cause um branqueamento difundido de corais na região da Micronésia, grupo de ilhas na Oceania. "É hora de direcionar essa discussão para o que pode ser feito para conservar estes organismos incríveis ante este evento de branqueamento global sem precedentes", disse Jennifer Koss, diretora do programa de conservação de recifes de coral de NOAA. Segundo Koss, os esforços locais de conservação se revelaram insuficientes, e é necessário um maior esforço global para responder aos efeitos das mudanças climáticas. Os corais se alimentam de algas microscópicas, chamadas de dinoflageladas, que vivem em grandes colônias em sua superfície. As algas consomem nitrogênio, fósforo e outros nutrientes provenientes dos corais, e utilizam a luz para transformar essas substâncias em energia. A fotossíntese também libera energia nos tecidos do coral, o que lhe permite construir o exoesqueleto calcário que serve de habitat para estas algas unicelulares. Quando o coral está sob estresse, ele perde seus dinoflagelados e embranquece. O desaparecimento dos recifes de coral tem tido um grande impacto sobre o ecossistema marinho, porque eles fornecem alimento e abrigo para muitas espécies de peixes e crustáceos.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Horda de caranguejos gigantes cobre o fundo do mar na Austrália




Uma horda de caranguejos gigantes foi avistada no fundo do oceano em Melbourne, na Austrália, conforme centenas de milhares desses animais faziam sua migração anual para a costa sul do país. A cientista Sheree Marris registrou a população massiva da espécie reunida na Baía de Port Phillip e divulgou as imagens para conscientizar sobre a grande variedade de vida marinha que existe nas águas da região australiana. "Quem pensaria que algo assim, tão espetacular, poderia estar ocorrendo na costa sul da Austrália", disse ela. A razão exata para esse comportamento não é conhecida, mas pesquisadores especulam que provavelmente está relacionado ao processo de troca de carapaça pelos caranguejos. Caranguejos fazem isso quando crescem até o limite de sua atual carapaça e, então, se livram dela para gerar uma nova e continuar a se desenvolver. Neste momento, ficam vulneráveis a predadores, como arraias e biguás, um tipo de ave. Ao reunirem-se em grandes números, ficariam mais protegidos de ataques. "As pessoas pensam que a Baía de Port Phillip é um cemitério marinho, mas é um local único e realmente incrível", diz Marris.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Mais de 30 baleias encalham em praia da Indonésia


Trinta e duas baleias foram encontradas nesta quarta-feira (16) encalhadas em uma praia de Probolinggo, ao leste da província de Java, na Indonésia. Oito delas morreram. As autoridades ainda investigam as causas. Centenas de pescadores e funcionários da província tentaram levar os animais de volta ao mar, mas oito delas não resistiram, disse Dedy Isfandi, diretor da agência marítima local.

Cientistas descobrem posição sexual inédita de rãs em floresta da Índia



Durante anos, cientistas achavam que rãs e sapos usavam apenas seis posições para acasalar. Uma nova descoberta sugere que eles estavam errados. Em uma floresta na Índia, pesquisadores documentaram uma sétima posição sexual entre rãs da espécie Nyctibatrachus humayuni, também conhecidas como rãs noturnas de Bombaim. A última novidade do "Kama Sutra" dos anuros é a chamada posição escarranchada dorsal. Como as outras posições - mas diferentemente do sexo mamífero - ela tem o objetivo de permitir que o macho fertilize os ovos fora do corpo da fêmea. Os pesquisadores passaram 40 noites em uma floresta densa da Índia buscando rãs macho seguindo seu chamado de acasalamento e filmando a ação quando a fêmea aparecia. Em um trabalho publicado nesta terça-feira (14) pela revista científica "PeerJ", S. D. Biju, da Universidade de Delhi, e sua equipe de pesquisa descrevem o que viram: Quando a fêmea faz o contato físico, o macho sobe nas suas costas. Mas em vez de agarrá-la pelas axilas ou cabeça, como rãs de outas espécies fazem, ele coloca suas patas nas folhas, ramos ou galho da árvore onde o par está apoiado. Depois de uma média de 13 minutos, ela arqueia suas costas de forma repetitiva e ele sai de cima dela. Ela põe os ovos depois e permanece imóvel com as patas traseiras esticadas por vários minutos ao redor dos ovos. Depois ela sai. Os pesquisadores suspeitam que, durante o ato, ele deposita o esperma nas costas da fêmea. O esperma, então, escorre para fertilizar os ovos enquanto ela os envolve com suas pernas, sugerem os pesquisadores. Mas um cientista que não participou do estudo questiona a conclusão. Narahari Gramapurohit, da Savitribai Phule Pune University, da Índia, que estuda a mesma espécie de rã, diz que ele não acredita que o estudo tenha descoberto uma nova posição sexual. Ele também duvida que o esperma chegue até os ovos a partir das costas da fêmea. De qualquer forma, o trabalho das rãs pode ter sido em vão. Dos 15 grupos de ovos que os pesquisadores monitoraram para o estudo, 12 foram comidos por predadores antes da eclosão.