sexta-feira, 17 de março de 2017

Pesquisadores brasileiros e argentinos descobrem fluorescência em rã



Pesquisadores de Brasil e Argentina identificaram fluorescência em uma rã arborícola encontrada na América do Sul, informou na quinta-feira (16) à AFP um dos autores do estudo. "Este caso é o primeiro registro científico de uma rã fluorescente. Não há relatos precedentes sobre isto, e também sobre estas moléculas que podem ser fluorescentes", declarou Carlos Taboada, um dos pesquisadores. Em um laboratório do Museu Argentino de Ciências Naturais de Comodoro Rivadavia (MACN), em Buenos Aires, Taboada explicou à AFP o alcance do trabalho do qual participou. Taboada trabalha na equipe liderada pelo argentino Julián Faivovich, principal pesquisador do MACN e do Conselho Nacional de Ciência e Técnica (Conicet), cuja descoberta foi recentemente publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Além dos argentinos, participaram da pesquisa os brasileiros Andrés Brunetti e Fausto Carnevale, ambos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Segundo Faivovich, a descoberta "modifica radicalmente o que se conhece sobre a fluorescência em ambientes terrestres, permitiu encontrar novos compostos fluorescentes que podem ter aplicações científicas ou tecnológicas, e gera novas perguntas sobre a comunicação visual entre anfíbios". Integrante do departamento de Biodiversidade e Biologia Experimental da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais da Universidade de Buenos Aires, o pesquisador explica que a origem da fluorescência se deve a "uma combinação da emissão (de compostos) das glândulas da pele e da linfa, que é filtrada pelas células pigmentares também da pele, que nesta espécie é translúcida". Há seis anos, a equipe tentava explicar a origem metabólica dos pigmentos em rãs quando encontraram a fluorescência, revelou Taboada em entrevista no laboratório biológico.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Jacarés e crocodilos fogem de zoológico após fortes chuvas no Peru


Sete jacarés e dois crocodilos fugiram de um zoológico inundado pelo transbordamento de um rio no norte do Peru, informou o Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre (Serfor). "O transbordamento do rio Motupe avançou para as instalações do zoológico Las Pirkas e isso fez com que os répteis fugissem", disse à rádio RPP o engenheiro Rafael Velásquez, funcionário do Serfor. Velásquez disse que junto com a polícia estão realizando operações para capturar os répteis que fugiram na terça-feira do zoológico em Jayanca, a 800 km de Lima. "Por enquanto capturamos três jacarés e um crocodilo que estavam perto", assinalou. "Estamos informando a população para que avisem se os virem, mas para que não se aproximem", comentou. Outros animais que estavam no zoológico, como macacos, pinguins e tartarugas, foram transferidos para outros locais, mas ainda faltam papagaios e outras aves, assinalou o funcionário.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Proliferação de algas forma manchas verdes gigantes no Mar Arábico


O golfo de Omã se torna verde duas vezes por ano, quando uma proliferação de algas do tamanho do México se espalha pelo Mar Arábico até a Índia. Cientistas que estudam a alga dizem que os organismos microscópicos estão prosperando nas novas condições provocadas pela mudança climática e deslocando o zooplâncton que faz parte da cadeia alimentar da região, ameaçando todo o ecossistema marinho. Há 30 anos, as criaturas microscópicas sob a superfície do Golfo de Omã eram invisíveis. Agora, elas formam manchas gigantes que podem até ser vistas de satélites. Proliferações de algas como essas já destruíram ecossistemas em vários locais do mundo. A alga pode paralisar peixes, entupir suas brânquias e absorver oxigênio de modo a sufocá-los. Baleias, tartarugas, golfinhos e peixes-boi já morreram por causa das toxinas das algas no Atlântico e Pacífico. Essas toxinas se infiltraram na cadeia alimentar marinha e, em casos raros, provocaram até a morte de humanos. Ao longo dos últimos 15 anos, os pesquisadores Joaquim Goes, Khalid al-Hashmi e Helga do Rosario Gomes têm monitorado a proliferação desse tipo de alga no Mar Arábico usando barcos, satélites e sensores remotos. Goes afirma que as algas causaram um "curto-circuito" da cadeia alimentar, ameaçando outras formas de vida marítima. "Normalmente essas coisas acontecem lentamente, geralmente em centenas de anos. Aqui, está acontecendo do dia para a noite", diz. O excesso de algas representa uma ameaça para Omã, já que o problema pode afetar a pesca e o transporte marítimo.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Corais da Grande Barreira da Austrália voltam a apresentar branqueamento



Os arrecifes da Grande Barreira de Corais australiana voltaram a branquear pelo segundo ano consecutivo, indicaram nesta sexta-feira (10) responsáveis científicos. O ecossistema que se estende sobre 2.300 km - o maior do mundo - sofreu no ano passado o episódio mais grave de branqueamento já visto, devido à mudança das temperaturas do oceano em março e abril. Novamente os arrecifes de corais sofreram uma descoloração, observou o parque marinho da Grande Barreira de Corais. "Infelizmente, as temperaturas foram elevadas neste verão na Grande Barreira de Corais, e estamos aqui para confirmar um novo caso de branqueamento maciço pelo segundo ano consecutivo", declarou o diretor do parque, David Wachenfeld, em um vídeo publicado no Facebook. O branqueamento dos corais é um fenômeno de enfraquecimento que se traduz em uma descoloração, provocada pelo aumento da temperatura da água. Isso leva à expulsão das algas simbióticas que dão aos corais sua cor e seus nutrientes. A Grande Barreira, inscrita no Patrimônio da Humanidade desde 1981, está ameaçada pelas mudanças climáticas, por inundações agrícolas, desenvolvimento econômico e proliferação de estrelas do mar que destroem os corais.