segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Surubim (Pintado)




O surubim pintado ou simplesmente pintado, é um peixe carnívoro e piscívoro que aceita praticamente qualquer tipo de alimento, mas recomenda-se oferecer, periodicamente, alimentos vivos a ele. É um peixe de hábito noturno e um grande predador. No aspecto físico, apresenta um corpo comprido horizontalmente, com a cabeça em forma de uma pá plana; apresenta a extremidade da nadadeira caudal, curvada para dentro; quando jovem, possui coloração cinza nos flancos e, quando adulto, surgem pontos negros na região dorsal. É um peixe muito apreciado pelo sabor de sua carne, além disso, é valorizado nas pescas comerciais e esportivas, por se tratar de um peixe “briguento” após ser fisgado. Por esse motivo, recomenda-se calma e paciência ao fisgá-lo e ao manuseá-lo, pois ele apresenta espinhos nas nadadeiras peitorais e dorsais, o que pode ferir quem o manuseia. Outro motivo que o faz ser tão cobiçado é o tamanho que ele pode atingir. Um dos maiores do Brasil, com capacidade de chegar a 1 m de comprimento. Por esses e outros motivos, o pintado é o peixe de água doce que apresenta o maior valor comercial no país. A carne é atrativa, por ser branca, saborosa, de consistência firme, sem espinhos e de baixo teor de gordura. Pode-se afirmar, sem sombra de dúvida, que o pintado é o peixe mais desejado por pescadores tanto profissionais quanto amadores, que buscam aventuras e reconhecimentos. Para sua captura, pode-se usar iscas naturais, como é o caso de peixes vivos (lambari, cascudo, tuvira entre outros) ou mesmo pedaços deles. A melhor época para a pesca de pintados é durante os meses em que os rios estão baixando, durante a vazante ou nos períodos de seca.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Piau Verdadeiro - Leporinus obtusidens



Encontrado em toda Bacia do Prata na região sul e sudeste da América do Sul, no Brasil, Uruguai e Paraguai. Ocorrem em rios médios a grandes e realizam longas migrações para reprodução e alimentação em toda bacia do Paraná. Ocorrem também em lagoas. Bastante comum na lagoa Guaíba no RS. No Brasil é conhecido por sob uma grande variedade de nomes como Piaba Uçu, Piabuçu, Piapara, Piau, Piau Verdadeiro, Piaussú, Piava, Piava uçu e Piavuçu. Na região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul a Piava é de grande importância, sendo muito apreciada por consumidores locais e de regiões adjacentes, devido à alta qualidade da carne, pelo seu tamanho e sabor. Segundo alguns autores, a Piava é uma espécie que possui elevado teor de gordura e resultados preliminares já obtidos (dados não mostrados) comprovam este fato. Os lipídios presentes no pescado possuem elevados teores de ácido graxo ômega-3 e baixo teor de gorduras saturadas. Suas proteínas são consideradas de alta qualidade e digestibilidade devido a presença de aminoácidos essenciais em sua composição, como a lisina. (Vieira, Centenaro, Aranha, Viana 2013)

Piau Flamengo - Leporinus affinis




Piau Flamengo (Leporinus affinis) Família: Anostomidae Espécie: Leporinus affinis Nome popular: Piau-flamengo A família Anostomidae é um grupo de peixes da ordem Characiformes, composto por cerca de 135 espécies restritas à américa do Sul e com representantes em todas as bacias hidrográficas do Brasil. Conhecidos popularmente como piaus, esse grupo de peixes tem elevada importância comercial. Algumas espécies alcançam até cerca de 40 cm de comprimento e mais de 3 quilos. Apresenta coloração amarelo-avermelhada com faixas escuras ao longo do corpo e avermelhado sob a cabeça. Muito comum nos remansos dos rios e córregos de maior volume de água e nos lagos. Ocorre geralmente nas proximidades de galhos e troncos submersos ou rochas onde obtém seu alimento.

Um dos maiores moluscos do mundo agoniza nas águas do Mediterrâneo



O molusco Pinna nobilis, um dos maiores do mundo, está ameaçado. A espécie é vítima de um parasita identificado há três anos na costa espanhola. O crescimento dessa "praga aquática" é favorecido pelas mudanças climáticas. O desastre não é visível na superfície do Mediterrâneo. Mas, nas profundezas, há um campo de moluscos vazios amontoados, meio cravados na areia. Quando morre, o Pinna nobilis escurece, perde a carne e seus pequenos anfitriões naturais, como camarões e pequenos caranguejos. Lidwine Courard, membro da associação "NaturDive" em Cannes, no sul da França, compartilha da mesma preocupação de Olivier: "As primeiras mortes aqui, na costa Azul, datam de outubro [...] Há quem diga que talvez seja o início da extinção de outras espécies". O Pinna nobilis é considerado um indicador da qualidade do litoral mediterrâneo. A concha registra, durante o crescimento, todos os parâmetros físicos e químicos do entorno. "A situação é profundamente alarmante", disse María del Mar Otero, especialista do Centro de Cooperação para o Mediterrâneo da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). María atualiza periodicamente um mapa sobre a espécie desde o início da crise. Ele está repleto de pontos vermelhos que correspondem às altas taxas de mortalidade, superiores a 85%. A costa espanhola do Mediterrâneo está muito afetada, assim como as ilhas Baleares, o sul do Chipre, uma parte da costa turca, a Sicília e a Grécia. Ainda não se sabe como o minúsculo protozoário que ataca o Pinna nobilis chegou, nem como ele é transmitido. Uma das hipóteses é que tenha chegado ao Mediterrâneo com o lastro dos navios de comércio. Para o biólogo marinho Nardo Vicente, do Instituto de Oceanografia Paul Ricard, o mais provável é que a causa sejam as mudanças climáticas.