Cientistas britânicos conseguiram responder uma questão intrigante do mundo animal: por que a orca é uma das únicas espécies em que a fêmea entra na menopausa, assim como ocorre entre as humanas?
Segundo um estudo, que levou em conta um conjunto de dados sobre orcas vivendo no Noroeste do Pacífico coletados durante 43 anos, as orcas param de se reproduzir e entram na menopausa para evitarem a competição com suas filhas.
As orcas, também conhecidas como "baleias assassinas", começam a se reproduzir aos 15 anos e param quando chegam aos 30 ou 40. Depois disso, continuam a ter uma vida ativa e de liderança até os 90 anos.
Estudos anteriores já tinham identificado o importante papel das orcas após a menopausa: elas são responsáveis por guiar os membros mais novos da comunidade para os locais mais favoráveis do oceano para se encontrar alimento.
Porém, apenas o fato de elas se tornarem líderes depois de certa idade não justificaria, em termos evolutivos, a interrupção da fase reprodutiva. Segundo os pesquisadores, fêmeas de outras espécies também agem como líderes em idades mais avançadas e nem por isso param de se reproduzir.
A análise dos dados coletados no Pacífico finalmente revelou uma resposta possível a esse mistério. Os cientistas constataram que quando orcas mais velhas se reproduzem ao mesmo tempo que suas filhas, a taxa de mortalidade dos filhotes das primeiras é 1,7 vezes maior do que a dos filhotes das mais jovens.
Por isso as fêmeas mais velhas tendem a parar de se reproduzir quando fêmeas de uma geração mais nova começam a se reproduzir. Desta forma se evita a competição que pode ser nociva para a preservação da espécie.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Guia turístico morre atacado por crocodilos em reserva na África do Sul
Um guia turístico morreu ao ser atacado por crocodilos em uma reserva natural da África do Sul enquanto trabalhava em uma das balsas do complexo, informaram nesta segunda-feira (16) os veículos de imprensa sul-africanos.
O incidente aconteceu neste fim de semana na reserva de Le Bonheur, situada na província de Cabo Ocidental, no sudoeste do país.
Segundo a polícia, que abriu uma investigação sobre o incidente, o corpo do guia foi encontrado por seus colegas. Alguns deles tiveram que receber tratamento psicológico.
Depois da morte, os donos da reserva suspenderam as visitas às balsas de crocodilos, que não serão retomadas até dentro de alguns dias.
O complexo abriga mais de mil crocodilos e oferece a seus visitantes a possibilidade de ver os répteis debaixo d'água através de um vidro ou mergulhar dentro de uma jaula ao redor destes animais.
O centro organiza também conferências, festas de casamento e de aniversário em suas instalações.
Jacaré gigante filmado em reserva na Flórida é comparado a Godzilla
Um jacaré gigante apelidado de "Godzilla" ou "Corcunda" foi filmado por uma moradora de Lakeland, na Flórida, e gerou polêmica nas redes sociais.
(Foto: Kim Joiner/Facebook)
A americana Kim Joiner postou neste domingo (15) o vídeo, em que o réptil cruza lentamente em frente de passantes assustados com seu tamanho na reserva natual Circle B Bar, no condado de Polk.
Internautas chegaram a questionar a veracidade do vídeo, insinuando que ele teria sido manipulado digitalmente, mas outros moradores da região relataram também ter avistado o animal.
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
SeaWorld anuncia morte da orca Tilikum, que matou treinadora em 2010
O parque SeaWorld anunciou que Tilikum, orca que foi responsável pela morte de sua treinadora em 2010, morreu na manhã desta segunda-feira (6) em Orlando, na Flórida.
A orca tinha cerca de 36 anos e vivia no SeaWorld de Orlando havia 25 anos, depois de ter sido transferida do parque Sealand of the Pacific, no Canadá.
A causa da morte só será determinada após a realização da necrópsia, mas a orca sofria de uma infecção bacteriana grave no pulmão.
"A vida de Tilikum vai sempre estar indissoluvelmente conectada com a perda de nossa querida amiga e colega, Dawn Brancheau. Enquanto todos experimentamos profunda tristeza por essa perda, continuamos a oferecer a Tilikum o melhor cuidado possível, a cada dia, dos maiores especialistas em mamíferos marinhos do país", declarou a instituição, em nota.
Na morte da treinadora Brancheau, o comportamento foi tão agressivo que as equipes de socorro não conseguiram mergulhar para salvá-la e a treinadora, uma das mais experientes do Seaworld, ficou totalmente indefesa.
O terrível incidente, que foi testemunhado por várias pessoas do público que não tinham deixado o local após o final do espetáculo, foi registrado pelas câmeras de vídeo, que o parque se negou a divulgar por serem parte das investigações em andamento.
Depois disso, o Seaworld adotou novas medidas de segurança em seus parques de Orlando (Flórida), San Diego (Califórnia) e San Antonio (Texas).
Tartaruga albina nasce em ninhada de mais de 100 filhotes no Araguaia
Uma tartaruga albina se destacou entre os mais de 100 filhotes nascidos nos últimos dias às margens no Rio das Mortes, em Ribeirão Cascalheira, a 893 km de Cuiabá, por meio do projeto Quelônios do Araguaia. Ser diferente, nesse caso, não é bom, segundo o executor do projeto na região, Gaspar Saturnino Rocha, já que o filhote não consegue passar despercebido e se torna alvo fácil para os predadores.
Além de enfrentar dificuldades para se esconder dos predadores, a tartaruga albina ainda é menos resistente que as outras.
"Não vimos nenhuma delas na fase adulta na natureza", pontuou Gaspar, que é técnico ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e trabalha no projeto de preservação desses animais.
Outras tartarugas albinas já nasceram na região, mas isso é considerado raro. Gaspar Saturnino citou que certa vez uma equipe levou outra tartaruga albina para um cativeiro em Goiás. O animal recebeu tratamento diferenciado, longe dos predadores, e chegou à fase adulta.
"Na natureza é difícil ela sobreviver, principalmente durante o inverno. Em junho e julho, elas não resistem ao frio e acabam morrendo, pois são mais frágeis do que as outras", pontuou o coordenador do projeto, que é realizado na Amazônia há mais de 30 anos e protege os ovos das tartarugas – desde o período de desova até o nascimento dos filhotes.
Quando a desova acontece muito perto da água, os técnicos retiram os ovos para evitar que sejam levados para dentro do rio e os depositam em covas, dificultando a localização por parte de predadores. Depois de 65 dias, período em que os filhotes começam a nascer, as covas são abertas e as tartarugas retiradas e soltas na natureza. São mais de 100 ovos em cada cova. Normalmente, são entre 97 e 148 ovos por ninho.
Em outros casos, a equipe do projeto cerca a área onde os ovos estão depositados e aguarda a eclosão natural.
Essa tartaruga albina e os outros filhotes vivem na Unidade de Conservação Estadual Refúgio de Vida Silvestre, em Ribeirão Cascalheira, criada pelo governo do estado. Além do técnico do Ibama, atuam no projeto um técnico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e um técnico cedido pela prefeitura daquele município.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
Tartaruga com 24 kg é resgatada por bombeiros de tubulação nos EUA
Uma tartaruga com cerca de 24 kg foi resgatada por bombeiros de um tubo de drenagem em Houston, no Texas.
A Sociedade de Prevenção à Crueldade Contra os Animais de Houston diz que a tartaruga, de uma espécie ameaçada e conhecida como tartaruga-aligator, foi encontrada na tubulação de um novo residencial em construção, ao noroeste da cidade.
Os bombeiros do resgate precisaram abrir o tubo e alargá-lo para retirar o réptil, que estaria lutando para respirar e manter a cabeça para fora da água.
A Sociedade disse que também está reabilitando outra tartaruga-aligator, que tinha um anzol enganchado e outros ferimentos graves. As duas serão devolvidas à natureza após tratamento.
Jacaré é achado no Porto de Santos, examinado e deve ser solto em breve
Um jacaré de papo amarelo resgatado na semana passada no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, passou por exames nesta quinta-feira (1º). Apesar do aparente aspecto saudável, os veterinários do Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens (Ceptas) queriam confirmar se o animal está realmente apto a retornar à natureza.
O réptil adulto de 1,60 metro e 14 kg foi encontrado na quinta-feira (23) pela Polícia Ambiental no Porto de Santos e levado ao Centro Médico Veterinário da Unimonte, que fica em Cubatão (SP).
A suspeita da equipe é de que o jacaré tenha sido vítima de caçadores e estaria com um anzol no estômago. Isso porque eles costumam colocar carne em anzóis para chamar a atenção dos animais, e a ingestão do objeto pode provocar hemorragia interna. "Suspeitamos que seja o caso, já que retiramos de sua boca restos de corda”, explica o gestor do Ceptas, Nereston Camargo.
No início desta tarde, o jacaré passou por um exame clínico detalhado. Os veterinários observaram cada parte do bicho para verificar se ele apresenta algum tipo de ferimento. Durante a avaliação, o animal também foi submetido a um exame de raio X, mas, segundo a equipe, nenhum objeto estranho foi identificado dentro do corpo e o "paciente" poderá ser devolvido à natureza nos próximos dias.
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Índios acham boto, peixes e cágado mortos após vazamento de óleo
Índios da etnia Kayabi, que moram na aldeia Dinossauro, no município de Apiacás, a 1.055 km de Cuiabá, encontraram um boto, peixes e tartarugas mortos após um vazamento de óleo no Rio Teles Pires, na divisa com o estado do Pará. Uma mancha de óleo foi localizada durante sobrevoo no domingo (13). A área fica próxima a uma hidrelétrica em construção e de outras aldeias indígenas. Os animais, segundo os índios, morreram após a contaminação.
As causas do vazamento e a origem do óleo ainda são desconhecidas. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama-MT) investiga.
Segundo o cacique Tawari Kaiabi, os indígenas já pararam de consumir a água do rio e estão sendo abastecidos com galões de água potável enviada pela empresa responsável pela construção da hidrelétrica.
Os animais mais afetados com o vazamento, segundo chefe da aldeia, foram os peixes, principal alimento dos indígenas. “Encontramos muitos peixes morto ao longo do rio. Estamos com dificuldades para achar alimento que não esteja contaminado”, disse.
Tawari Kaibi relatou em um vídeo a dificuldade de encontrar peixes para o consumo.
Além de peixes, ele afirmou já ter encontrado tracajás (espécie de cágado) e um boto mortos no rio.
A contaminação alterou o modo de vida da aldeia. “Não podemos mais pescar por causa da contaminação, mas não temos muitas opções, então, continuamos consumindo peixes daqui”, afirmou Tawari.
Segundo o Ibama-MT, a mancha de óleo desapareceu na quinta-feira (15). Os índios, no entanto, contestam e afirmam que algumas manchas ainda podem ser vistas no rio. “Andando por aí ainda é possível ver as manchas no rio. Os índios das outras aldeias também falam que há manchas espalhadas”, disse.
Com a contaminação da água, uma das preocupações é a saúde dos índios. “Depois do vazamento as crianças e os adolescentes estão com diarreia e nossa suspeita é que tenha sido causada pela contaminação”, disse, explicando que tenta convencer os indígenas a não consumirem a água.
De acordo com Tawari, a empresa tem disponibilizado a cada três dias, 80 galões de água mineral. A maior preocupação do cacique, no entanto, é com o prazo com que a água vai ser disponibilizada. “Eles só vão mandar durante 30 dias. E nós sabemos que o estrago não vai durar só isso”, declarou.
De acordo com o Ibama, a mancha de óleo foi avista por equipes que faziam a fiscalização em áreas de desmatamento na região. Os sobrevoos foram feitos para saber a extensão da mancha de óleo. “Era uma mancha única e foi avistada até uns 5 km da barragem da usina”, disse César Soares, responsável pelo Núcleo de Emergência Ambientais do Ibama.
O órgão ainda investiga a origem do óleo. “Não sabemos se a mancha é proveniente da construção da usina ou se foi expelida de balsas garimpeiras da região”, afirmou Soares. A mancha, ainda segundo o Ibama, desapareceu na terça-feira (15). A Polícia Federal também deve apurar o caso.
Segundo a antropóloga Fernanda Silva, do Fórum Teles Pires, existem pelo menos 15 aldeias indígenas ao longo do rio.
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