sábado, 20 de julho de 2013

Pesca ameaça golfinho apelidado de 'hobbit dos mares', dizem cientistas


Cientistas alertaram nesta segunda-feira (1) sobre o risco de redução da população de golfinhos-de-Maui, considerado um dos menores cetáceos do mundo por alcançar o tamanho médio de 1,7 metro, e afirmam que esta espécie pode desaparecer da natureza até 2030. De acordo com informações do comitê científico da Comissão Baleeira Internacional (CBI), essa espécie é encontrada apenas em áreas da Ilha Norte da Nova Zelândia e, por isso, os pesquisadores pedem que atividades pesqueiras diminuam ou cessem nessa região para que se preservem os 55 adultos que restam desta espécie. Segundo a CBI, a morte de um exemplar causada pelo homem, em uma população tão pequena, aumentaria o risco de extinção desses animais. O governo da Nova Zelândia já informou em outra ocasião que iria considerar os impactos da indústria pesqueira local sobre esses golfinhos. No entanto, a comissão de cientistas disse não haver tempo para demora de decisão a respeito. A CBI informou ainda que, em vez de buscar mais evidências científicas, o governo deveria proporcionar ações de gestão imediatas para que se elimine a captura acidental de golfinhos-de-Maui. A indústria pesqueira local contesta as acusações de que é culpada pela morte de golfinhos desta espécie. Eles alegam que outras causas de mortes, como doenças parasitárias, têm sido ignoradas. O governo neo-zeolandês disse que o espera lançar no próximo mês um plano de gestão para conservação da espécie. O golfinho-de-Maui é apelidado por ambientalistas como "o hobbit dos mares", uma referência ao ser criado pelo autor J.R.R. Tolkien e citado nas obras “O hobbit” e “O Senhor dos Anéis”. Nos livros, Tolkien descreve um hobbit como uma criatura que não ultrapassa um metro de altura.

Fazenda nas Filipinas divulga imagem de 25 bebês crocodilos



Pelo menos 25 bebês crocodilos nasceram em uma fazenda na cidade de Pasay, que fica na região metropolitana de Manila, capital das Filipinas. Segundo um porta-voz da fazenda, os filhotes eclodiram dos ovos nesta sexta-feira.

domingo, 14 de julho de 2013

Borboletas disputam para beber lágrimas de tartaruga na Amazônia


Um fotógrafo que realiza passeios fotográficos com turistas de uma pousada na Amazônia peruana registrou uma cena impressionante durante uma caminhada recente. Jeff Cremer levava um pequeno grupo pela mata quando eles avistaram tartarugas da espécie tracajá envoltas por diversas borboletas, que disputavam espaço para beber as lágrimas dos répteis. O biólogo Phil Torres, que trabalha com Jeff nos passeios promovidos pela Pousada Amazonas, foi quem avistou a cena incomum e chamou atenção do grupo. Segundo a dupla, é comum na região ver uma ou duas borboletas "beijando" os olhos dessa espécie de tartaruga em busca de uma fonte de sal, o que ajudaria na reprodução das borboletas. "É algo que eu já queria fotografar há algum tempo, não é tão comum em outras áreas dos trópicos. Este lado da Amazônia, estando tão distante do Atlântico, tem poucas fontes de sal. Então, comportamentos estranhos podem surgir para compensar - incluindo beber lágrimas de tartarugas", diz o fotógrafo de natureza Jeff Cremer. "Estamos acostumados a ver uma ou duas borboletas em uma tartaruga, o que pode render uma boa foto, mas estas tartarugas estavam realmente sufocadas por borboletas", completa.

Recife de coral 'ressuscita' na Austrália após mais de 10 anos


Cientistas constataram que um sistema de corais próximo ao litoral da Austrália "ressuscitou" na última década, após haver perdido de 70% a 90% de sua biodiversidade segundo medições realizadas em 1998. O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade James Cook e do Instituto Australiano de Ciência Marinha da Universidade Western Australia, e foi divulgado nesta quinta-feira (4). O sistema de recifes Scott, situado no litoral da região oeste do país, foi atingido pelo branqueamento, uma "doença" de corais que ocorreu devido a mudanças climáticas, segundo o estudo. No entanto, nos últimos 12 anos, a cobertura dos corais na barreira passou de 9%, em 1998, para 44% em 2010, de acordo com os cientistas. A pesquisa, publicada nesta semana pela revista "Science", tem resultados surpreendentes porque os pesquisadores acreditavam que a recuperação do branqueamento dependia de larvas vindas de outros corais próximos. Mas o recife Scott está situado a cerca de 250 km de outros corais, em uma posição isolada. Os pesquisadores sugerem que peixes herbívoros, que continuaram abundantes no sistema Scott, carregaram em seus corpos algas microscópicas necessárias para o ressurgimento dos corais. "Estas condições podem ter providenciado um ambiente adequado, no qual corais jovens se estabeleceram e cresceram", dizem os cientistas em nota divulgada pela "Science". O estudo ressalta que a recuperação foi favorecida pela ausência de humanos na barreira de corais, que fica numa posição isolada. É possível que sistemas de recife se recuperem com recursos da natureza, especialmente quando os peixes são abundantes e as atividades humanas estão limitadas, apontam os cientistas.