sexta-feira, 9 de maio de 2014

Cientistas descobrem 14 novas espécies de 'rãs dançarinas' na Índia


 
Um grupo de cientistas descobriu na Índia 14 novas espécies de um tipo de rã único no mundo, consideradas "relíquias viventes", embora seu habitat esteja cada vez mais ameaçado. Esse anfíbio conhecido como "rã dançarina", pelo movimento das patas traseiras dos machos durante o cortejo, só é encontrado em Western Ghats, uma cordilheira ao oeste da Índia em frente ao mar da Arábia, disse o cientista Sathyabhama Dás Biju. O trabalho científico foi dirigido por este especialista em anfíbios, um reconhecido biólogo da Universidade de Délhi, que estudou durante 12 anos essas espécies com outros especialistas de diferentes centros do gigante asiático. A investigação, publicada no "Ceylon Journal of Science", é fruto do trabalho de campo realizado nos estados indianos de Kerala, Tamil Nadu, Karnataka e Maharashtra. Análises de DNA e características morfológicas foram indispensáveis na identificação das novas espécies. As rãs pertencem à família das Micrixalidae e a um gênero único da Índia, denominado Micrixalus, do qual eram conhecidas outras 11 espécies até agora e cujas origens se remetem há 85 milhões de anos, o que justifica a consideração de "relíquias viventes". Estes pequenos animais vivem em correntes rápidas de água nas montanhas, em um habitat no qual 75 novos anfíbios foram descobertos nos últimos 15 anos. Segundo a fonte, uma centena de espécies ainda pode ser descrita cientificamente no local. No entanto, os locais onde vivem se mostram cada vez mais ameaçados pela ação humana. Por isso as novas espécies "requerem ações imediatas para sua conservação", já que a maioria vive em áreas sem proteção ambiental, advertem os cientistas. O trabalho realizado pelos cientistas pôs em evidência a fragilidade do local, "altamente degradado e ameaçado pela pressão humana", com consequências como a dissecação dos riachos vitais para a sobrevivência dessas rãs consideradas "espécies raras".

sábado, 3 de maio de 2014

Peixinho-dourado aprende a 'dirigir' em aquário motorizado

Uma empresa de design digital na Holanda desenvolveu um aquário que anda sobre rodas que se movem em resposta ao movimento de um peixinho-dourado. Thomas de Wolf, do Studio diip e responsável pelo projeto, explica que o aquário foi colocado sobre uma plataforma com rodas movidas por motores, e que uma câmera conectada por cabos a um pequeno computador localizado embaixo da plataforma funciona como um sensor. A câmera capta a cor laranja do peixe e manda a informação de seus movimentos para o computador fazendo com que o aquário se movimente. Especialistas em peixes dizem que movimentos muito rápidos podem ser estressantes para o peixe, mas os envolvidos no projeto estão desenvolvendo um protótipo maior para amenizar o desconforto do peixinho-dourado.

sábado, 26 de abril de 2014

Baleias-jubarte não serão mais protegidas por lei no Canadá

 
Ambientalistas e a oposição no Canadá denunciaram o governo pela decisão de diminuir a proteção das baleias-jubarte e o acusam de facilitar um controverso projeto de oleoduto. Alegando basear-se em dados científicos, o governo canadense anunciou no sábado (19), no jornal oficial, que o mamífero, o maior do planeta depois da baleia azul, será considerado a partir de agora "uma espécie preocupante" e não mais uma "espécie ameaçada". Por causa desta distinção, o hábitat do mamífero deixará de ser protegido por lei. A decisão foi tomada de forma "incrivelmente rápida", declarou Jay Ritchlin, da Fundação David Suzuki, uma das organizações ecologistas mais influentes do país. Ele considerou "inquietante" que esta modificação tenha ocorrido "no mesmo momento em que se estuda um grande projeto de desenvolvimento", em alusão ao projeto de oleodutos Northern Gateway. O principal partido da oposição no Parlamento canadense, o Novo Partido Democrático (NPD, esquerda), acusou o governo conservador de querer "satisfazer seus amigos da indústria petroleira e abrir a porta ao projeto de oleodutos Northern Gateway". Empreendido pelo grupo canadense Embridge, o projeto Northern Gateway, de 1.200 km, pretende transportar 525.000 barris de petróleo por dia ao longo do litoral pacífico canadense da província de Alberta (oeste) através das Montanhas Rochosas. O duplo oleoduto projetado concluiria sua trajetória ao norte da província da Columbia Britânica, no porto de Kitimat, em uma região desabitada próxima à fronteira com o Alasca. No jornal oficial, o governo destacou ter agido após a apresentação, em 2011, de um informe realizado por um comitê independente de cientistas, que destacou a existência de 'grande abundância da espécie' ao longo da costa do Pacífico canadense. A baleia-jubarte foi oficialmente declarada espécie ameaçada em 2005 por recomendação de um painel de especialistas. Em 2003, um informe independente registrava "umas centenas" de exemplares do cetáceo. O governo estima que atualmente, a população da espécie seja de 18.000 exemplares.

Encontro raro: homem e baleia!

 
Mergulhador alemão Reinhard Mink conseguiu um momento raro ao nadar a poucos centímetros de uma baleia. (Foto: Caters News / The Grosby Group)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Pesquisadores identificam novas espécies de sapo na Amazônia

 
Pesquisadores identificaram três novas espécies de sapo na amazônia brasileira. Um deles, descoberto no Pará, ganhou um nome que homenageia os nativos do estado: batizado de Chiasmocleis papachibe, o sapo faz referência aos paraenses, que também são chamados de "papa chibé" em alusão a um prato típico feito com farinha. O animal tem entre 24 e 32 milímetros, com as fêmeas pouco maiores que os machos, e é considerado de tamanho médio pelos biólogos. Além do sapo paraense, os autores relatam no mesmo estudo, publicado em março, a descoberta de outras duas espécies. Uma delas, chamada de haddadi, é encontrada no Amapá e na Guiana Francesa, enquanto a outra, royi, é localizada no leste amazônico, entre Acre e Rondônia. "O povo paraense nos acolhou de braços abertos em Belém desde o primeiro dia em que pisamos aqui", explica o pesquisador Pedro Peloso, pesquisador do Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque. "Achamos legal dar este presente para o povo do estado", justifica o cientista. Segundo a equipe que estuda o animal, ainda se conhece pouco sobre o novo sapo. "A espécie é conhecida por somente três exemplares adultos, proveninetes de duas localidades, e não conhecemos nada sobre a biologia deste animal", pontua Marcelo Sturaro, do Museu Paraense Emílio Goeldi. "É importante que novos estudos sejam conduzidos para buscar essa espécie em outras localidades, e também para entender sobre a sua capacidade de sobrevivência em ambientes alterados, visto que ela parece estar restrita ao leste do Pará, uma área onde existe uma forte fragmentação dos ambientes naturais", avalia Peloso.

sábado, 12 de abril de 2014

Tartaruga amputada ganha nadadeira artificial e volta a nadar



 
Uma nadadeira artificial desenvolvidas por um estudante de design industrial possibilitaram que uma tartaruga-verde com as patas esquerdas amputadas voltasse a nadar livremente. A tartaruga Hofesh - nome que significa "liberdade" em hebraico - foi resgatada com ferimentos no Mar Mediterrâneo pela equipe da organização israelense "Sea Turtle Rescue Center". As patas esquerdas tiveram de ser amputadas, o que a tornou incapaz de nadar. Ela foi levada a um centro de reabilitação animal em Israel, onde o estudante Shlomi Gez, que tinha lido sobre o caso de Hofesh pela internet, resolveu criar um aparato para ajudar a tartaruga. Ele criou uma nadadeira de poliprolipeno. "A nadadeira permite que o peixe mantenha o equilíbrio; então eu decidi adaptar a ideia para a tartaruga", diz o estudante. Agora, Hofesh consegue nadar novamente e até arranjou uma parceira. Os pesquisadores querem que o macho se reproduza com outra tartaruga do centro de reabilitação, uma fêmea que ficou cega em um acidente com um barco.