Pesquisadores identificaram três novas espécies de sapo na amazônia brasileira. Um deles, descoberto no Pará, ganhou um nome que homenageia os nativos do estado: batizado de Chiasmocleis papachibe, o sapo faz referência aos paraenses, que também são chamados de "papa chibé" em alusão a um prato típico feito com farinha. O animal tem entre 24 e 32 milímetros, com as fêmeas pouco maiores que os machos, e é considerado de tamanho médio pelos biólogos.
Além do sapo paraense, os autores relatam no mesmo estudo, publicado em março, a descoberta de outras duas espécies. Uma delas, chamada de haddadi, é encontrada no Amapá e na Guiana Francesa, enquanto a outra, royi, é localizada no leste amazônico, entre Acre e Rondônia.
"O povo paraense nos acolhou de braços abertos em Belém desde o primeiro dia em que pisamos aqui", explica o pesquisador Pedro Peloso, pesquisador do Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque. "Achamos legal dar este presente para o povo do estado", justifica o cientista.
Segundo a equipe que estuda o animal, ainda se conhece pouco sobre o novo sapo. "A espécie é conhecida por somente três exemplares adultos, proveninetes de duas localidades, e não conhecemos nada sobre a biologia deste animal", pontua Marcelo Sturaro, do Museu Paraense Emílio Goeldi.
"É importante que novos estudos sejam conduzidos para buscar essa espécie em outras localidades, e também para entender sobre a sua capacidade de sobrevivência em ambientes alterados, visto que ela parece estar restrita ao leste do Pará, uma área onde existe uma forte fragmentação dos ambientes naturais", avalia Peloso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário