quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A estranha criatura de dentes afiados encontrada em praia do Texas após passagem de furacão


Uma misteriosa criatura do mar apareceu numa praia do Texas, após a passagem do furacão Harvey no final de agosto. A carcaça do animal sem olhos e com dentes afiados foi encontrada por Preeti Desai, que trabalha para uma sociedade de conservação de pássaros nos EUA. Ela fotografou o animal e pediu ajuda no Twitter para identificá-lo. Ela postou várias fotos com a legenda: "Ok, que diabos é isso?". O pedido dela foi encaminhado ao biólogo e especialista em enguias Kenneth Tighe, que acredita que se trate de uma enguia do tipo Aplatophis chauliodus , da família Ophichthidae, pertencente à ordem dos anguilliformes - das enguias e moreias. O especialista, contudo, não foi categórico. Levantou a possibilidade de o animal ser um representante de outras duas espécies de enguia que também são comuns na costa do Texas e têm dentes grandes parecidos com presas. Os Aplatophis chauliodus, que já foram vistos na costa do Nordeste brasileiro e assunto de um estudo da Universidade Federal de Alagoas, geralmente vivem na costa Atlântica do sul da América do Norte, Caribe e norte da América do Sul, a uma profundidade de 30 a 90 metros. Eles passam a maior parte do tempo escondidas em buracos no fundo do mar. O furacão Harvey, que provocou fortes ventanias e enchentes no Texas, pode explicar por que o animal apareceu na praia no Golfo do México. Desai diz ter encontrado a carcaça enquanto averiguava os danos provocados pelo Harvey na praia. Ela cuida do setor de mídias sociais na Audubon Society, organização americana voltada para a conservação de pássaros. "Foi completamente inesperado, não é algo que você normalmente encontra na praia", disse ela à BBC. Ela conta que pensou que pudesse ser alguma criatura do mar profundo. No Twitter, disse que não era assustadora, nem colossal. "Não era um monstro". "Minha primeira reação foi curiosidade, queria descobrir o que era", disse. Desai disse que postou as imagens no Twitter porque muitos cientistas usam a rede social. Um amigo dela logo respondeu, colocando-a em contato com o biólogo. "Eu sigo muitos especialistas e pesquisadores. Há uma comunidade enorme desse pessoal que é muito útil, especialmente quando é preciso buscar respostas sobre o mundo e identificar animais e plantas". Desai afirma que deixou a criatura na praia para deixar a "natureza seguir seu curso".

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Jaú (Zungaro zungaro)







O jaú (Zungaro zungaro), também conhecido como jundiá-da-lagoa, é um peixe teleósteo que habita as bacias do rio Amazonas e do rio Paraná. É um dos maiores peixes brasileiros. O jaú é um peixe de grande porte, podendo alcançar até 1,5 metros de comprimento total e 120 quilogramas. O corpo é grosso e curto; a cabeça grande e achatada. A coloração varia do pardo-esverdeado-claro a pardo-esverdeado-escuro, com manchas, no dorso, mas o ventre é branco. O indivíduo jovem, chamado jaupoca, apresenta pintas violáceas espalhadas pelo dorso amarelado. É uma espécie piscívora. Vive no canal do rio, principalmente nos poços das cachoeiras, para onde vai no período de água baixa acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente curimbatá) que migram rio acima. Na Amazônia, não é importante comercialmente (a carne é considerada "reimosa"), mas é apreciado no Sudeste do Brasil. A pressão de pesca pelos frigoríficos que exportam filé de jaú é muito grande e tem sido responsável pela queda da captura da espécie na Amazônia.

Piscina com tubarões é achada em porão de casa nos EUA




Sete tubarões vivos e três mortos foram encontrados em uma piscina no porão de uma casa na região do vale do rio Hudson, em Nova York O Departamento Estadual de Conservação Ambiental disse nesta quarta-feira (7) que agentes descobriram a piscina durante uma busca em LaGrangeville no mês passado. Na piscina, de 15 metros de diâmetro, havia 7 tubarões-corre-costa vivos, dois tubarões-leopardo mortos e um tubarão-martelo morto. Eles tinham entre 0,6 metro e 1,2 metro. Os tubarões vivos foram transferidos para o aquário de Long Island. Ninguém foi processado, e as investigações prosseguem.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Novo estudo culpa tempestades solares por encalhe em massa de baleias


Tempestades solares, responsáveis pelo fenômeno conhecido como aurora boreal, podem ter sido responsáveis pelo encalhe de 29 cachalotes (um tipo de baleia) em praias do Atlântico Norte no ano passado. É o que diz um estudo de cientistas da Universidade de Kiel, na Alemanha, para quem perturbações magnéticas podem ter interferido no senso de direção das baleias e desviado o grupo para águas rasas. Todas as cachalotes morreram. Na autópsia, cientistas ficaram intrigados com o fato de que, em sua maioria, o organismo dos animais não exibia sinais de desnutrição ou doenças. E que os cetáceos eram jovens. Por isso, muitas teorias sobre as possíveis causas do encalhe circularam pelo meio científico. Houve quem falasse em envenenamento ou mesmo em um acidente durante busca por alimento. Cachalotes vivem em águas profundas e de temperatura quente para moderada. Muitos grupos vivem perto do arquipélago português de Açores. Quando atingem idade de 10 a 15 anos, porém, jovens machos migram para o norte, em direção à região polar, atraídos pela grande quantidade de lulas em águas mais frias. A viagem normalmente passa pelas costas de países europeus. No entanto, em um espaço de apenas um mês, os animais apareceram em praias alemãs, holandesas, britânicas e francesas.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Jovem é autuada por crime ambiental após anunciar venda de jabuti na internet


Uma jovem foi autuada por crime ambiental após ser flagrada anunciando a venda de um filhote de jabuti nas redes sociais em Bauru (SP). Segundo informações da Polícia Ambiental, foi feito contato com a jovem fingindo interesse na compra do animal e quando o endereço foi passado, os policiais foram até o local. A proprietária, de 21 anos, não tinha autorização ambiental para manter o jabuti em cativeiro e ela foi multada em R$ 2,2 mil e pode responder por crime ambiental, já que o caso será encaminhado para a Polícia Civil. O filhote foi apreendido pela Polícia Ambiental, que estuda ainda o local para destinação do jabuti.

Estudos identificam ocorrência de 43 novas espécies de anfíbios e répteis no Amapá


Em 10 anos de pesquisas em campo, 43 novas espécies de anfíbios e répteis foram encontradas por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). Ao todo, foram catalogadas 285 espécies em 39 pontos estudados no estado. As descobertas identificaram que o Amapá possui quase 50% da fauna desses animais que vivem na região amazônica. O Amapá é o quarto estado com maior diversidade de anfíbios e o terceiro em répteis da Amazônia, informou o Iepa. “Apesar desses pontos estarem espalhados pelo estado inteiro, há algumas áreas que ficaram sem amostragens. Mesmo assim um número muito grande da diversidade de anfíbios e répteis foi registrado no estado. Foram 285 espécies nesse período, tirando o Amapá dessa falta de conhecimento sobre essa herpetofauna”, disse o coordenador da pesquisa, Jucivaldo Lima. Das espécies catalogadas desde 2007, 170 foram encontradas no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, na região Centro-Oeste do Amapá. No local foram achadas novas espécies, como a perereca Hypsiboas diabolicus, e o lagarto Bachia remota, descritas cientificamente em 2016. “Duas delas já foram publicadas no ano passado, uma espécie nova de perereca que ocorre na Floresta Estadual do Amapá e no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, e um lagarto que também é endêmico do Tumucumaque, que ocorre na região da tríplice fronteira de Brasil, Suriname e Guiana Francesa”, contou Lima. O Iepa pretende criar uma lista específica com os animais encontrados no estado, para elencar principalmente as espécies de anfíbios e répteis em extinção. “Algumas espécies de quelônios, por exemplo, têm uso histórico na Amazônia. As populações ribeirinhas utilizam, tem a comercialização ilegal, consumo de carnes e ovos e mesmo assim elas não aparecem nas listas ameaçadas de extinção por falta de informação”, concluiu o pesquisador.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Por que dezenas de leões marinhos estão aparecendo doentes ou mortos em praias da Califórnia


Dezenas de leões marinhos têm adoecido – até a morte, em alguns casos – nas praias da Califórnia central nos últimos dois meses. E o inimigo está no próprio oceano. "Tivemos muito trabalho", disse à BBC Mundo Shawn Johnson, diretor de ciência veterinária no Centro de Mamíferos Marinhos, em Sausalito, perto de San Francisco. Sob a sua coordenação, os veterinários do centro dificilmente têm tempo para pausas. E o que os mantêm ocupados são os casos crescentes de envenenamento pela neurotoxina ácido domóico (toxina que age sobre o sistema nervoso, causando paralisias ou contraturas musculares). O ácido domóico é produzido por certas algas marinhas, como as chamadas doumoi ou hanayanagi (Chondria armata), que são comumente ingeridas por peixes. A toxina se acumula nos peixes e, ainda que seja inofensiva para eles, acaba impactando os mamíferos. "Os mamíferos marinhos comem muitos peixes e (por consequência) ingerem grandes doses dessa toxina, que entram na corrente sanguínea e no cérebro", explica Johnson. Também há registros de casos de intoxicação por ácido domóico em seres humanos. No Canadá, na década de 1980, um grupo de pessoas morreu após comer mexilhões contaminados. Encontrar um leão marinho ou outro mamífero grande soltando baforadas ou tendo convulsões na areia da praia não deve ser uma cena fácil de compreender. Mas, na Califórnia, a única esperança desses animais agonizantes é a de serem vistos por alguém que alerte os especialistas do centro veterinário em Sausalito. Caso seja necessário, o animal é levado para lá, e uma equipe de veterinários e cientistas faz um diagnóstico do problema. "No caso de envenenamento por ácido domóico, que causa convulsões, tentamos conter com medicação e com cuidados emergenciais", disse Johnson à BBC Mundo. Shawn Johnson indica que a floração dessas algas tóxicas ocorre em diferentes épocas do ano. Especialistas concordam que o aumento das algas tóxicas foi causado pela mudança climática e pelo aumento das temperaturas oceânicas. Desde junho, cientistas do Centro de Mamíferos Marinhos trataram 89 animais, dos quais 82 eram leões marinhos. A maioria apareceu na região das praias de San Luis Obispo, onde há uma grande concentração de algas. E praticamente todos os leões marinhos resgatados sofreram as temidas convulsões. "O mais urgente é que o corpo expulse a toxina. Também ministramos ao animal uma medicação para proteger o cérebro. Essas convulsões podem causar lesões cerebrais permanentes", explica Johnson. "Depois de tratar as convulsões por uma semana, começamos a estudar outros tratamentos e identificamos se há dano cerebral ou não." Se o animal se recuperar, eles o devolvem ao oceano e colocam uma etiqueta de identificação para, caso apareça em outra região, saibam que esteve em um centro de reabilitação. Dos 82 leões marinhos atendidos no centro, os veterinários conseguiram salvar 51.

Os peixes que ficam 'bêbados' para sobreviver ao inverno


Para a maioria dos animais - inclusive os seres humanos -, a falta de oxigênio é fatal em questão de minutos. Embora possamos metabolizar carboidratos sem oxigênio, esse processo produz o ácido lático, que se acumula rapidamente no corpo. Já o peixinho dourado - um dos peixes de aquário mais comuns - e a carpa são capazes de sobreviver por até cinco meses sem oxigênio em lagoas e lagos gelados do norte da Europa. E agora, os pesquisadores descobriram como eles conseguem. Na maioria dos animais, há um tipo de proteína que leva os carboidratos para a mitocôndria, que gera energia para as células. Na ausência de oxigênio, o consumo de carboidratos gera ácido lático, do qual os peixes não conseguem se livrar e que pode matá-los rapidamente. Mas, segundo uma equipe de cientistas europeus, carpas e peixinhos dourados têm um segundo conjunto de enzimas que, no momento em que os níveis de oxigênio caem, transformam os carboidratos em álcool, que pode ser liberado facilmente por meio de suas brânquias, os órgãos de respiração dos peixes. "Essa segunda via só é ativada na falta de oxigênio", explica à BBC Michael Berenbrink, cientista da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, e membro da equipe de pesquisa. "A camada de gelo (na superfície dos lagos) os separa do ar. Por isso, quando o lago está coberto de gelo, o peixe consome todo o oxigênio e depois passa a produzir álcool." Quanto mais tempo estes peixes ficam sob o gelo e sem ar, maiores são os níveis de álcool em seu corpo. "Se você mede esses níveis quando eles estão no lago, o álcool no sangue dos peixes supera 50 mg por 100 mililitros, acima do nível que é permitido para dirigir na Escócia e em outros países do norte da Europa", afirma Berenbrink. "Assim, podemos dizer que eles estão realmente sob efeito de álcool", diz. Mas, e os peixes estejam repletos de álcoool, não é isso que provoca sua morte. Se o inverno for muito prolongado, eles consomem toda a energia que têm acumulada no fígado e morrem. Segundo os pesquisadores, é possível tirar algumas lições importantes da adaptação evolutiva que produz esse conjunto duplicado de genes, que permitiu a estas duas espécies manter o funcionamento original do organismo, mas também ter um "plano B" para conseguir energia. "A produção de etanol (álcool) permite que a carpa, por exemplo, a seja a única espécie que sobrevive e explora ambientes hostis. Isso evita também a competição e a ameaça de outras espécies de peixes que normalmente interagem com ela em águas com melhor oxigenação", diz Cathrine Elisabeth Fagemes, da Universidade de Oslo, na Noruega, principal autora do estudo. "Por isso, não é estranho que o primo da carpa, o peixinho dourado, seja um dos animais de estimação mais resilientes que os humanos podem ter." Os cientistas calcularam ainda - embora apenas por diversão - quanto tempo seria necessário para produzir uma bebida alcoólica a partir das secreções de um desse peixes. "Se você colocá-lo em um copo de cerveja e tapá-lo, levaria 200 dias para atingir um nível de álcool de 4%", conta Berenbrink.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Filhote de baleia que ficou encalhado por quase um dia é devolvido ao mar no RJ



O filhote da baleia-jubarte, que estava encalhado desde quarta-feira (23/08), retornou ao mar na tarde desta quinta-feira (24/08) na Praia da Rasa, em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio. Segundo a Defesa Civil, o animal foi devolvido ao mar por volta das 16h com a mobilização de um grupo de pessoas que ajudou na retirada do mamífero da areia. Três retroescavadeiras foram utilizadas durante a ação. Equipes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Corpo de Bombeiros, da Secretaria de Meio Ambiente e da Defesa Civil colaboraram no resgate. Segundo a Defesa Civil, cerca de 300 pessoas estavam no local acompanhando a retirada. Durante toda a manhã, duas retroescavadeiras atuaram no salvamento. Dezenas de pessoas também utilizaram pás e enxadas para afastar a areia, além de baldes para hidratar o animal. O filhote encalhou na tarde desta quarta-feira (23/08) e, segundo especialistas que estão no local, pode ter se perdido do grupo quando fazia a travessia, passando pelo litoral do Rio com destino a Antártida. A migração acontece nesta época. O filhote apresentava dificuldades para respirar, segundo a avaliação de especialistas que estiveram no local, como o biólogo Marcelo Tardelli Rodrigues. "O animal não está com nenhuma cicatriz, nenhuma marca que indique colisão com navio ou embarcações. Pode ser um animal que estava viajando com a mãe e se perdeu durante a forte ressaca das últimas duas semanas", afirmou o biólogo.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Pescador fisga peixe anormalmente grande de 16kg em lago de Nova York


O pescador Jason Bair capturou um peixe da espécie Aplodinotus grunniens de mais de 16 kg no lago Oneida, no estado americano de Nova York. O Departamento de Conservação Ambiental de NY informou que o peixe, natural da região, está crescendo muito mais do que o costume, provavelmente porque estão comendo mexilhões de espécies invasoras. Eles usam os seus molares nas gargantas para quebrar as conchas dos mexilhões. Espécies invasoras são espécies que chegam a um habitat natural, geralmente pela ação humana, e acabam criando desequilíbrios no ecossistema local.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Baleias jubarte dão show para pesquisadores no mar do ES


Todos os anos, as baleias jubarte saem das águas geladas da Antártida, onde se alimentam, e nadam milhares de quilômetros em busca das águas quentes de Abrolhos, no Sul da Bahia, para se reproduzirem. O Espírito Santo está na rota dessas gigantes, por isso pesquisadores têm feito expedições no litoral capixaba para monitorar e estudar a passagem desses animais. A última expedição saiu da Praia de Camburi, em Vitória, no dia 8 de agosto, e não é preciso se afastar muito para avisar os primeiros sinais desses animais. O período que elas são vistas em águas capixabas costuma ser de julho a novembro, mas neste ano elas até se anteciparam um pouco, começando a aparecer ainda em junho. As baleias podem medir até 16 metros e pesar 40 toneladas. Essas gigantes são monitoradas pelo projeto Amigos da Jubarte, que ficam de olho em cada salto, cada movimento. "A gente faz o mapeamento das baleias. Vemos onde elas estão, qual o comportamento, a que distância estão da costa, tempo de avistamento e várias características biológicas delas, como a digital que tem na caudal dela. A gente identifica cada indivíduo, cada grupo e também o que eles estão fazendo aqui", explicou o oceanógrafo Paulo Rodrigues. As fotos são fundamentais na identificação das baleias. Os desenhos nas caudas são como digitais: cada animal tem marcas diferentes. Por isso as imagens vão para um banco de dados, para serem analisadas detalhadamente. Mas registrar a passagem desses animais não é uma tarefa fácil. "Você tem que tentar prestar atenção no comportamento da baleia, ver se os comportamentos se repetem. Por exemplo, você começa a tentar identificar quando vai ser o salto, quando ela vai botar a nadadeira pra fora da água. Começa a ficar mais fácil com a experiência", explicou o fotógrafo Leonardo Merçon. Um drone também é usado para captar imagens das baleias. Além das imagens, o som que os pesquisadores conseguem captar explica muito sobre o comportamento desses mamíferos em águas capixabas. "O macho que é quem 'canta', que faz o som. Ele se comunica tentando interagir coma as fêmeas. Cada população tem um som, um tipo de canto e para cada comportamento: se está atraindo uma fêmea, se está se comunicando, tentando achar um grupo", explicou o oceanógrafo.

Canadá ordena que barcos reduzam velocidade para proteger baleias



O Canadá ordenou nesta sexta-feira (11) que os barcos de grande porte, sejam eles navios de carga ou cruzeiros, devem reduzir a sua velocidade quando passarem pelo golfo de São Lourenço, situado no leste do país, visando a proteção das baleias. "Para impedir a morte das baleias", o governo decidiu impor de forma imediata "um limite temporário de 10 nós para a velocidade dos barcos de mais de 20 metros quando atravessarem o oeste do golfo de São Lourenço". Assim, os barcos deverão reduzir quase à metade a velocidade até então permitida. A orca é uma das espécies mais ameaçadas de cetáceos no mundo. Existem somente cerca de 500 exemplares atualmente nos oceanos. Uma dúzia de baleias apareceram mortas, foram rebocadas ou ficaram encalhadas desde o início da primavera no Hemisfério Norte, nesse golfo ou na costa noroeste dos Estados Unidos. A maioria delas ficou presa em redes de pesca, ou apresentava sinais de colisão com navios. Essa situação levou as autoridades a proibirem a pesca em várias zonas do golfo, em julho. "É dever de todos nós velar pela proteção de nossos recursos marítimos para as futuras gerações e fazer tudo que está ao nosso alcance para impedir a morte das baleias", ressaltou o ministro dos Transportes, Marc Garneau. As autoridades controlarão se a norma está sendo respeitada por meio de vigilância aérea e do uso de guardas-costas. Caso contrário, irão impor multas de até 25 mil dólares canadenses a quem descumpri-la. A redução da velocidade é "uma medida preventiva até que as baleias saiam das zonas de risco", disse o ministro. O ministro da Pesca, Dominic LeBlanc, estimou no início de agosto que existam cerca de "80 a 100" orcas no golfo de São Lourenço, "um número duas ou três vezes maior" que o registrado nos anos anteriores. Quando uma baleia aparece morta, o procedimento usual é rebocá-la para a terra para realizar autópsia, que definirá a causa da sua morte.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Cientistas descobrem duas novas espécies de sapinhos-da-montanha, os minúsculos anfíbios do sul do Brasil



Eles são diferentes da maioria dos sapos. A começar pelo tamanho: medem de 10 a 12 milímetros, menos do que a cabeça de um lápis. Não nadam e, se caírem na água, podem até se afogar. Quase não pulam. Cantam (coaxam) de dia. E nunca passam pela fase de girino. São os Brachycephalus, apelidados pelos cientistas de sapinhos-da-montanha, nativos da região montanhosa da Serra do Mar, no Paraná e em Santa Catarina, a cerca de 1.200 metros de altitude. Estão entre os menores anfíbios do mundo. Agora, duas novas espécies acabam de ser catalogadas por biólogos brasileiros: a Brachycephalus coloratus, de cor laranja, e a Brachycephalus curupira, que é marrom. Ambas vivem em áreas de Mata Atlântica na região metropolitana de Curitiba (PR). Diferem de outras espécies identificadas anteriormente pelas cores e formato do corpo. A descoberta foi publicada em julho no periódico científico PeerJ. "Não está totalmente esclarecido por que os sapinhos-da-montanha são tão pequenos. Eles passaram por um fenômeno evolutivo chamado de miniaturização. Acredita-se que, ao se adaptarem ao ambiente montanhoso, tiveram que diminuir de tamanho, para evitar ressecar e morrer", explica o pesquisador Luiz Fernando Ribeiro, integrante da equipe que fez a descoberta, da ONG Mater Natura Instituto de Estudos Ambientais. Apesar de serem úmidas, as áreas de montanhas onde os minissapos vivem não têm corpos de água, como rios, lagoas, poças. Cada espécie ocupa uma região pouco extensa, com poucos hectares - às vezes uma única montanha. O coloratus, por exemplo, foi localizado em uma floresta da cidade de Piraquara. Já o curupira, em São José dos Pinhais. "São regiões muito próximas da cidade. Apesar disso, ainda se consegue encontrar espécies novas. Isso mostra que a Mata Atlântica, apesar de ter diminuído muito, ainda abriga uma diversidade muito grande, desconhecida", diz Ribeiro. Para descobrir as duas novas espécies de minianfíbios, os cientistas subiram montanhas da Serra do Mar paranaense e ficaram atentos aos sons. Os sapinhos-da-montanha coacham de dia, ao contrário da maioria dos sapos, que têm hábitos noturnos. Só os machos cantam, para marcar território. A partir daí, é seguir o coachar. Mas, à medida que os pesquisadores se aproximam, os sapinhos-da-montanha se escondem entre as folhagens no chão e ficam em silêncio. "É trabalhoso localizá-los. Eles pulam pouco, mais caminham muito no meio da floresta, são andarilhos. Como são muito pequenos, é muito difícil vê-los. Para achar alguns, é na sorte mesmo", conta Ribeiro. Para facilitar as buscas, a equipe de cientistas usou gravador e microfone direcional para captar até os mínimos sons dos sapos. E depois, ficou tateando as folhagens. As novas espécies são resistentes ao frio. Os pesquisadores chegaram a registrar 4º C negativos na montanha onde vive a Brachycephalus coloratus. É outra diferença em relação à maioria dos sapos, que gosta de ambientes quentes. Muito pequenos, eles se alimentam de bichos menores ainda: invertebrados que vivem no chão, ácaros, formigas, aranhas. O nome sapinhos-das-montanhas é uma alusão aos gorilas-das-montanhas africanos. Começaram a ser encontrados a partir do ano 2000. Desde então, o número de espécies conhecidas está aumentando. Só em 2015, foram catalogadas pelo menos 8 delas. E mais descobertas ainda podem ocorrer.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Baleia jubarte viva encalha em praia de Linhares, no Norte do ES


Uma baleia jubarte viva encalhou na Praia de Urussuquara, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, nesta sexta-feira (4). O animal é considerado quase adulto el tem aproximadamente nove metros. Um equipe já foi ao local para realizar os primeiros procedimentos. Um trecho da praia foi interditado. Nesta época do ano, é comum que esses animais passem pelo litoral do Espírito Santo, para o período de reprodução. Nos últimos dias, outros animais apareceram encalhados em praias do Estado. Um filhote de baleia jubarte, recém-nascido, foi encontrado no sábado (29), dentro da área do Parque Paulo Cesar Vinha, em Guarapari, em um local de difícil acesso. O animal media quase quatro metros de comprimento e estava com algumas lesões no corpo. Uma baleia de 11 metros apareceu morta na tarde de sábado (29), em Marataízes, no litoral Sul do Espírito Santo. O animal foi enterrado na terça-feira (1), após uma operação que durou mais de cinco horas.

Filhote de baleia jubarte é encontrado morto no Litoral Norte de Alagoas


Um filhote de baleia jubarte foi achado morto nesta quarta-feira (9) nas areias da praia de Japaratinga, no Litoral Norte de Alagoas. Segundo a veterinária do Instituto Biota de Conservação, Luciana Medeiros, o corpo do mamífero já está em estado avançado de decomposição. A veterinária afirma que esta não é a primeira ocorrência de encalhe de baleias este ano em Alagoas. Em julho, uma outra encalhou viva em Jequiá da Praia, Litoral Sul de Alagoas, mas conseguiu voltar para o mar. Em junho, outra baleia encalhou no município de Porto de Pedras, mas não resistiu. "Os mamíferos marinhos podem encalhar por doenças e dependência materna, já que muitos filhotes se perdem e não sobrevivem. Eles sofrem as consequências da poluição marinha, por interações com artefatos de pescas em alto-mar e também devido às atividades sísmicas da exploração de petróleo", disse. O Biota explica ainda que a prefeitura da cidade é que está providenciando a retirada da baleia e conta que ela foi encontrada por populares, que avisaram da ocorrência ao Instituto por volta de 8h.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Tartarugas marinhas serão monitoradas na costa do ES atingida pela lama da Samarco


As tartatugas marinhas que costumam visitar o litoral Norte do Espírito Santo serão monitoradas durante cinco anos, pelo projeto Tamar e pela Fundação Renova. O estudo será realizado em 156 km de praia, de Aracruz a Conceição da Barra. Possíveis danos aos animais provocados pela lama da barragem da Samarco serão avaliados. A ideia é avaliar aspectos como reprodução, alimentação e desova, por exemplo, para identificar se houve mudanças na dinâmica das tartarugas do litoral capixaba. Por serem espécies ameaçadas de extinção, podem ser mais sensíveis a mudanças no ambiente. Por isso, o resultado desse monitoramento é um indicador fundamental para avaliar as ações de reparação ambiental executadas pela Renova, após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, que levou lama com sedimentos de minério do Rio Doce até o mar. Os trabalhos começam nos próximos dias e os primeiros resultados serão compartilhados com os órgãos ambientais seis meses após o início do estudo. O levantamento será realizado durante todo o ano e reforçado no período de desova das tartarugas, de setembro a março, quando o monitoramento ocorrerá durante o dia e também no período da noite. Entre os locais monitorados estão áreas como Reserva Biológica de Comboios, a Terra Indígena de Comboios, Povoação, Monsarás, Cacimbas, Ipiranga, Ipiranguinha, Pontal do Ipiranga, Barra Seca/Urussuquara, Campo Grande, Barra Nova e Guriri. A execução das atividades irá mobilizar mão de obra local – pescadores e moradores tradicionais da costa – para detecção e monitoramento das fêmeas, ninhos e filhotes, levando em conta também o conhecimento tradicional da população. Todo o trabalho será supervisionado por técnicos e estagiários para possibilitar os estudos de distribuição espacial e temporal dos ninhos, proteção, identificação das espécies e avaliação do sucesso reprodutivo. As equipes serão alocadas nas bases do Tamar ao longo da área a ser estudada e serão geridas pelos técnicos do Centro Tamar/Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Rara lagosta azul é pescada na costa leste dos EUA


Um pescador do estado americano de New Hampshire capturou uma rara lagosta azul. Greg Ward inicialmente achou que tinha pescado uma lagosta albina na última segunda-feira (17), quando pescava na costa leste dos EUA, próximo à divisa com o Maine. Mas ele se surpreendeu ao ver que se tratava de um exemplar considerado mais raro. Fala-se que a chance de pescar um do tipo são de 1 em 2 milhões, mas isso não tem comprovação científica. Ele doou o crustáceo ao Seacoast Science Center, um centro de estudos em Rye, onde ele será estudado e colocado em exposição. O aquarista Rob Royer disse que a lagosta será exposta logo que se aclimatar à água do tanque de lagostas exóticas.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Drone flagra baleia 'brincando' com grupo de golfinhos


Um vídeo gravado no oeste da Austrália mostra uma cena encantadora do mundo animal. Nas imagens, uma baleia brinca com golfinhos - todos parecem se divertir surfando as ondas. O registro foi feito com um drone na costa do Estado da Austrália Ocidental.

Iceberg gigante se desprende de plataforma de gelo na Antártica


Um iceberg de um trilhão de toneladas, um dos maiores já registrados, se desprendeu de uma plataforma de gelo gigantesca na Antártica, anunciaram nesta quarta-feira (12) os cientistas da Universidade de Swansea, no Reino Unido. Em um comunicado, os especialistas em estudos antárticos da universidade indicaram que o desprendimento ocorreu entre 10 e 12 de julho, quando o iceberg -- de 5.800 quilômetros quadradados -- se separou da plataforma Larsen C do continente branco. "Ele pode permanecer inteiro, mas é mais provável que se quebre em fragmentos. Parte do gelo pode permanecer na área por décadas, enquanto outras partes podem seguir para o norte, para águas mais quentes", disse Adrian Luckman, professor da Universidade de Swansea e principal pesquisador do projeto MIDAS, que vem monitorando a plataforma de gelo há vários anos. Os blocos de gelo que partirem rumo ao oceano podem derreter, o que contribuiria para elevar o nível do mar. A presença do gelo solto no oceano também aumenta risco para navios. Apesar de a região estar longe de grandes rotas comerciais, ela faz parte do roteiro de cruzeiros que visitam a região a partir da América do Sul.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Fóssil de tubarão de 400 milhões de anos é descoberto no Peru


Um grupo de pesquisadores descobriu na margem do lago Titicaca, no sudeste do Peru, restos fossilizados de um tubarão Pucapampella de 400 milhões de anos de antiguidade, informou nesta sexta-feira (7) o Ministério da Cultura. A descoberta foi feita por estudantes da Universidade de Puno nos sítios paleontológicos de Imarrucos, distrito de Taraco, perto do lago que delimita a fronteira com a Bolívia, a 3,8 mil metros de altitude sobre o nível do mar. "Após uma análise e estudos que realizamos, concluímos que os restos fossilizados pertencem a um tubarão de 400 milhões de anos", disse à AFP o paleontólogo Leonardo Zevallos, do Ministério da Cultura. "É o vertebrado mais antigo de que se tem registro no Peru", acrescentou. Os restos encontrados, que pertencem ao período Devoniano, são dois arcos mandibulares e uma barbatana, informou o pesquisador. As autoridades peruanas indicaram em um comunicado que após realizar comparações com "restos similares encontrados na Bolívia e nas Ilhas Malvinas, se determinou que os restos descobertos em Puno correspondem à associação Pucapampella-Zamponioteron". O Devoniano é conhecido como "a idade dos peixes", já que nesse período apareceram os primeiros vertebrados e a partir deles evoluíram outros grupos como os anfíbios e répteis, que foram antepassados dos mamíferos, apontou o Ministério de Cultura.

México vai usar golfinhos treinados pela Marinha dos EUA para salvar botos em extinção



O governo do México planeja usar golfinhos treinados pela Marinha americana para tentar salvar populações de botos-do-pacífico, o mamífero marinho mais raro do mundo e que está à beira da extinção. Rafael Pacchiano, ministro de Meio Ambiente do México, explicou que os golfinhos serão usados para localizar grupos de botos em pontos escondidos no oceano. Esses grupos serão então capturados e transportados a um santuário que o governo mexicano promete criar no mar de Cortés, no oeste do país, para que os animais se reproduzam sem a ameaça de predadores. Cientistas estimam que haja menos de 40 desses mamíferos ainda vivos em seu habitat natural, no Golfo da Califórnia. Pacchiano diz que o projeto com golfinhos deve começar em setembro. "Passamos o último ano trabalhando junto à Marinha americana com um grupo de golfinhos treinados para encontrar áreas inexploradas", afirmou o ministro à rádio Fórmula, do México. "Vamos capturar o maior número de botos possível para ter a oportunidade de salvá-los." Esses golfinhos já estão capacitados para encontrar mergulhadores perdidos no mar e agora praticarão a busca de seus "primos" botos. Na semana passada, o governo mexicano também anunciou o veto permanente ao uso de redes de pesca em uma área de mil quilômetros do Golfo da Califórnia. As redes -- usadas sobretudo na pesca de camarões e do peixe totoaba -- são a principal causa de morte dos botos-do-pacífico, conhecidos localmente como vaquitas. O ator americano Leonardo Dicaprio, que criou uma campanha para salvar os botos, elogiou o veto pelo Ttwitter e agradeceu o presidente do México, Enrique Peña Nieto. Uma proibição temporária, que vigorava desde 2015, foi considerada ineficaz, o que levou a organização ambiental WWF a pedir que ela fosse estendida e devidamente aplicada.