quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Boto-do-Araguaia






O boto-do-araguaia, ou boto-araguaiano, Inia araguaiaensis é uma espécie de golfinho fluvial do gênero Inia, encontrada na bacia do Rio Araguaia e descrita pela primeira vez em 2014.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Inia_araguaiaensis

Estima-se que a nova espécie tenha cerca de mil indivíduos que estão ameaçados de extinção - Foto: Divulgação/Inpa A nova espécie de boto de rio no Brasil descoberta por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), batizada de Inia araguaiaensis, já “nasce” como espécie vulnerável. A sugestão foi feita para a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), uma organização que avalia se as plantas e animais estão ameaçados de extinção. No artigo publicado na revista científica Plos One, os cientistas estimam que existam cerca de 1.000 botos araguaias. Encontrado no Rio Araguaia, o Inia araguaiaensis é a terceira espécie de boto vermelho identificada no país. Essa análise foi feita levando em consideração que a estimativa populacional da espécie é de mil indivíduos, isolados por barreiras geográficas e altamente impactada por ações criadas pelo homem, como as usinas hidrelétricas, destruição do habitat e turismo desordenado. “O Rio Araguaia é um dos rios que sofre maior influência antrópica por conta de construções de hidroelétricas, grandes fazendas e atividades agrícolas/pecuárias e turismo, o que dificulta a permanência do animal em seu habitat. Devido à baixa variabilidade genética da espécie e à baixa estimativa populacional é importante que a espécie seja considerada como vulnerável à extinção”, salienta a Coordenadora do Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (LMA/ Inpa), a bióloga Vera da Silva, coautora do artigo. “Os animais que serviram como base para o estudo de morfometria (estudo da forma e sua relação com o tamanho) foram encontrados mortos com evidencias de uso de arma de fogo, provavelmente abatidos por pescadores, durante a atividade de pesca”, explica Waleska Gravena, coautora do artigo, pesquisadora do Laboratório de Genética Animal – Legal da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Assim como os outros golfinhos da Amazônia, a nova espécie também vive o conflito com a pesca. Até a década de 1960, a pesca era uma atividade predominantemente de subsistência, utilizada para alimentação. A partir desta época, a inovação tecnológica e o aumento populacional na região impulsionaram a atividade, aumentando as interações entre os golfinhos e a pesca.

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