terça-feira, 18 de outubro de 2016

Conferência estuda criação de novos santuários marinhos na Antártica


A criação de dois santuários marinhos na Antártica voltou à ordem do dia em uma reunião internacional na cidade australiana de Hobart, onde todos os olhares estarão voltadas para a Rússia - principal freio a este projeto. A Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCRVMA), criada 1982 por uma convenção internacional, não consegue desde 2011 levar adiante estas duas gigantescas Áreas Marinhas Protegidas (AMP). O primeiro projeto, dirigido por Austrália, França e União Europeia (UE), cobre vastas áreas marinhas da Antártica oriental. O segundo, apresentado pelos Estados Unidos e pela Nova Zelândia, afeta o mar de Ross, uma imensa baía do lado do Pacífico, sob jurisdição neozelandesa. Este mar é conhecido como "o último oceano" por ser considerado o último ecossistema marinho intacto do planeta, sem contaminação, nem sobrepesca, nem espécies invasoras. Dentro da CCRVMA, que reúne 24 países e a União Europeia, as organizações de defesa do meio ambiente apoiam quase totalmente estas duas áreas protegidas. Mas a Rússia põe um freio aos projetos. Também é o caso da China, mas em menor medida posto que aceitou a ideia de transformar em santuário o mar de Ross, na última reunião da CCRVMA, em 2015. "Chegou a hora de proteger as águas da Antártica, motor de circulação oceânica", declarou Mike Walker, encarregado da Antarctic Ocean Alliance, que exortou os líderes de todo o mundo a seguirem o caminho dos Estados Unidos.

Mergulhador lembra encontro com tubarão branco em jaula no México



O mergulhador que passou vários segundos em uma jaula com um grande tubarão branco diante da costa do México - cujo vídeo deu a volta ao mundo -, não ficou traumatizado com seu encontro com o predador, um animal "adorável", explicou à AFP. De volta à China, Chan Ming, um cidadão de Hong Kong de 51 anos, relatou sua aventura, quando um tubarão, atraído por uma isca, se lançou em alta velocidade contra a jaula metálica de observação na qual se encontrava, sozinho. Ming, que trabalha em uma agência de publicidade em Xangai, explicou que se esforçou para manter a calma "porque disse a mim mesmo que se entrasse em pânico seria terrível". "O grande tubarão branco estava entrando na jaula, tinha a cabeça presa entre as grades, e eu pensava: 'ei, nem pense em entrar aqui'", disse. No vídeo, assistido mais de 15 milhões de vezes no YouTube, é possível ver o tubarão avançar contra a jaula, abrindo um buraco, antes de voltar a sair, ensanguentado, através de uma entrada superior que um membro da tripulação do barco abriu. Vinte segundos depois da saída do animal, Chang Ming deixa a jaula, ileso. O incidente ocorreu no dia 4 de outubro e não o impediu de voltar ao mar no dia seguinte. "Continuo pensando que o tubarão, o grande tubarão branco, é um animal magnífico, magnífico e adorável ao mesmo tempo", disse à AFP. A empresa Solmar V Luxury Live Aboard, que organiza este tipo de encontros no mar com tubarões, declarou que o animal não sofreu ferimentos graves ao atravessar as barras da jaula. Incidentes como este são muito raros, informou a empresa em um comunicado, acrescentando que a partir do ocorrido reforçou a segurança das jaulas.

Morte de 10 mil rãs gigantes intriga Peru



O Peru investiga a morte de cerca de 10 mil rãs gigantes, por suspeita de contaminação do rio Coata, que desemboca no Lago Titicaca, na região Puno, fronteiriça com a Bolívia - informou o Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre (Serfor). "Com base nas declarações dos moradores e das amostras encontradas dias depois do incidente, presume-se que mais de 10 mil rãs foram afetadas por cerca de 50 km", relata o comunicado do Serfor. A instituição indicou que especialistas analisaram os espécimen mortos ao longo do rio Coata, na Reserva Nacional do Lago Titicaca (sur), a 3.812 metros de altitude. As rãs são do tipo Telmatobius spp., conhecida como rã gigante do Titicaca, uma espécie considerada em risco de extinção. Em uma primeira inspeção, os especialistas encontraram 500 rãs em uma faixa de 200 metros. O Serfor acrescentou que agiram imediatamente depois de receber o alerta de Maruja Inquilla, representante do Comitê de Luta contra a Contaminação do rio Coata. As amostras obtidas pelo Serfor, em coordenação com os especialistas Roberto Elías e Enrique Ramos do Zoológico Denver, serão avaliadas para determinar o motivo da morte dos espécimen e iniciar as investigações.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Sapo-cururu faz 'ligações de longa distância' para acasalar, afirma estudo


O sapo-cururu é capaz de fazer "ligações de longa distância" para acasalar e seus sons podem chegar a ser escutados a cerca de 120 metros, segundo um estudo divulgado na terça-feira, 03/10, na Austrália. "Isto significa que podem ser escutados por mais indivíduos e podem atrair mais casais potenciais para acasalar que outras espécies", disse o autor da pesquisa, Benjamin Müller, da Universidade James Cook, em comunicado. A maioria das rãs e dos sapos só respondem aos chamados de alguns poucos metros de distância, segundo o estudo, realizado por um grupo de pesquisa que trabalha para erradicar a praga bichos na Austrália. O trabalhou acrescenta, no entanto, que as fêmeas são mais seletivas e perdem o interesse a mais de 70 metros da chamada de acasalamento. "Provavelmente porque (as fêmeas) necessitam escutar mais informação complexa relativa ao tamanho, ao nível de energia e à saúde de seus casais potenciais", detalhou o especialista. Müller também destacou que os machos destes sapos respondem fortemente e de longe aos chamados de outros machos, provavelmente porque estes sons sugerem a presença de água e de outras fêmeas com as quais podem acasalar. A pesquisa pretende desenvolver armadilhas sonoras mais efetivas nas quais se utilize como isca este poderoso chamado de acasalamento do sapo. O "Rhinella marina" foi introduzido na Austrália em 1935 para combater uma praga de escaravelhos nas plantações de açúcar do estado de Queensland, um plano que fracassou já que o sapo não comeu esses insetos e, por não ter predadores, se multiplicou sem controle por quase todo o país. A praga do sapo-cururu, que pode medir 15 centímetros de comprimento e tem a pele rugosa e com protuberâncias, também causou estragos no Havaí (Estados Unidos), Filipinas, Papua Nova Guiné e outras ilhas do Pacífico.