sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cientistas descobrem posição sexual inédita de rãs em floresta da Índia



Durante anos, cientistas achavam que rãs e sapos usavam apenas seis posições para acasalar. Uma nova descoberta sugere que eles estavam errados. Em uma floresta na Índia, pesquisadores documentaram uma sétima posição sexual entre rãs da espécie Nyctibatrachus humayuni, também conhecidas como rãs noturnas de Bombaim. A última novidade do "Kama Sutra" dos anuros é a chamada posição escarranchada dorsal. Como as outras posições - mas diferentemente do sexo mamífero - ela tem o objetivo de permitir que o macho fertilize os ovos fora do corpo da fêmea. Os pesquisadores passaram 40 noites em uma floresta densa da Índia buscando rãs macho seguindo seu chamado de acasalamento e filmando a ação quando a fêmea aparecia. Em um trabalho publicado nesta terça-feira (14) pela revista científica "PeerJ", S. D. Biju, da Universidade de Delhi, e sua equipe de pesquisa descrevem o que viram: Quando a fêmea faz o contato físico, o macho sobe nas suas costas. Mas em vez de agarrá-la pelas axilas ou cabeça, como rãs de outas espécies fazem, ele coloca suas patas nas folhas, ramos ou galho da árvore onde o par está apoiado. Depois de uma média de 13 minutos, ela arqueia suas costas de forma repetitiva e ele sai de cima dela. Ela põe os ovos depois e permanece imóvel com as patas traseiras esticadas por vários minutos ao redor dos ovos. Depois ela sai. Os pesquisadores suspeitam que, durante o ato, ele deposita o esperma nas costas da fêmea. O esperma, então, escorre para fertilizar os ovos enquanto ela os envolve com suas pernas, sugerem os pesquisadores. Mas um cientista que não participou do estudo questiona a conclusão. Narahari Gramapurohit, da Savitribai Phule Pune University, da Índia, que estuda a mesma espécie de rã, diz que ele não acredita que o estudo tenha descoberto uma nova posição sexual. Ele também duvida que o esperma chegue até os ovos a partir das costas da fêmea. De qualquer forma, o trabalho das rãs pode ter sido em vão. Dos 15 grupos de ovos que os pesquisadores monitoraram para o estudo, 12 foram comidos por predadores antes da eclosão.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Aquário promete transferir golfinhos para 'santuário' com água do mar


O “National Aquarium” em Baltimore, nos Estados Unidos, vai transferir seus oito golfinhos para um “santuário” no mar até 2020, de acordo com o jornal The Washington Post. Há cerca de dois anos, a administração do aquário já havia anunciado que estava considerando a “aposentadoria” dos animais e disse que era cruel manter animais tão inteligentes em cativeiro. O CEO do aquário, John Racanelli, reiterou as preocupações em um texto publicado no “The Baltimore Sun”: “O crescimento da ciência e a consulta com especialistas nos convenceram de que os golfinhos de fato prosperam quando podem formar grupos sociais, têm a oportunidade de expressar comportamentos naturais, e vivem em um habitat o mais semelhante possível àquele que a natureza tão soberbamente os concebeu", escreveu. De acordo com Racanello, o “santuário” será parecido com o proposto há cerca de um mês por cientistas e defensores para ser o ambiente de orcas também criadas em cativeiro. Ele diz que os animais deverão ser cuidados por seres humanos até o final da vida. A proposta de mudança de casa dos animais acontece após cientistas, ativistas e o público em geral chamarem a atenção sobre as questões éticas de manter animais cognitivamente avançados, como os golfinhos e chipanzés, em cativeiro. Em março deste ano, a administração da rede de parques aquáticos SeaWorld anunciou que não vai mais promover a reprodução de orcas em cativeiro e que aquelas ainda presentes em seus parques serão as últimas a serem criadas.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Francês fisga peixe enorme em área alagada nas margens do rio Sena


Um francês aproveitou para pescar em área alagada nas margens do rio Sena em Paris, na França, no dia 2 de junho. O pescador acabou dando sorte e pegou um enorme siluro, peixe que muitas vezes é chamado de bagre europeu.

Canoísta filma tubarão de sete metros no Reino Unido



Um canoísta filmou um encontro com um tubarão de 7 metros nas proximidades da Ilha de Man, no Mar da Irlanda. Craig Whally disse que explorava cavernas da região de Fleshwick quando topou com o peixe. Era um tubarão-frade, espécie que apenas se alimenta de plâncton e não oferece risco para humanos. "Vi uma imensa barbatana e apenas fiquei esperando pelo tubarão. A água estava bem clara, então foi algo inacreditável. Senti-me privilegiado", contou Whally.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Americano pesca tubarão-martelo de 4 metros no Texas


Um pescador do Texas compartilhou fotos de um grande tubarão-martelo de quase 4 metros que ele afirma ter pescado. Eric Ozolins afirmou ter pescado o tubarão no último domingo, na Ilha Padre, na costa do Texas, depois de 1 hora e 15 minutos de "briga". Após pescar o tubarão, Ozolins afirma ter soltado o bicho de novo no mar.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Cientistas desvendam mistério dos 'cogumelos transparentes' que vivem nas profundezas do mar




Cientistas australianos identificaram por meio de análise genética a origem do "cogumelo" encontrado a grandes profundidades no mar. A criatura gelatinosa foi vista pela primeira vez há 30 anos na Tasmânia, no Pacífico. Ela têm uma haste cilíndrica coberta por um disco plano e semi-transparente que abriga uma ramificação de canais visíveis a olho nu. Como estes canais se parecem com diagramas em formato de árvore, conhecidos como dendogramas, o termo inspirou seu nome científico: Dendrogramma. Os espécimes originais foram descritos por cientistas pela primeira vez em 2014 por uma equipe de pesquisa dinamarquesa. Esses pesquisadores afirmaram que essas as criaturas fazem parte de um grupo taxonômico único, segundo estudo publicado no periódico científico "PLOS One". Mas os cientistas não validaram isso com evidências genéticas, em parte por causa da forma como os espécimes haviam sido preservados, mantendo no ar a dúvida sobre sua real natureza. "Eles chegaram a coletar amostras, mas o material se deteriorou", diz Tim O'Hara, curador sênior do Museu Victoria, em Melbourne, na Austrália. O'Hara diz que, assim como na Ciência Forense e na Medicina, o DNA tornou-se "peça essencial do 'kit de ferramentas' de um zoólogo". "Hoje, publicar a descoberta de um novo sub-reino sem mostrar como ele se relaciona com outros animais por meio do DNA é uma forma antiquada de trabalhar." Mas, no fim de 2015, uma nova expedição coletou novas amostras, que estavam a 2,8 mil metros de profundidade no litoral sul da Austrália. "Foi um momento 'eureca!'", diz Hugh MacIntosh, pesquisador sênior do Museu Victoria que identificou as criaturas em novembro passado. "Ao segurar um contra a luz e ver suas veias bifurcadas características irradiando pelo corpo transparente, percebi que havíamos acabado de reencontrar o Dendogramma." Ao todo, 85 espécimes foram coletados e armazenados em uma solução que permitiria a extração de seu DNA. "De repente, podíamos ter o DNA e completar o quebra-cabeça, e foi isso que fizemos", afirma O'Hara, que liderou a etapa genética da pesquisa.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Pescador americano consegue fisgar o mesmo tubarão-tigre um ano depois


Parece história de pescador, mas o americano Chip Michalove conseguiu fisgar o mesmo tubarão-tigre um ano depois na costa do estado da Carolina do Sul (EUA). O tubarão apelidado Chessie havia sido fisgado pela primeira vez em maio de 2015 por Chip. Na época, pesquisadores colocaram uma identificação para poder monitorá-lo. No dia 25 de maio deste ano, o pescador capturou o tubarão de mais 600 quilos novamente na costa da Carolina do Sul.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Exércitos de polvos estão conquistando os oceanos


Uma coisa estranha está acontecendo nos oceanos. Enquanto recifes de coral secam e pescas entram em colapso, polvos estão se multiplicando loucamente. Assim que eles percebem fraquezas, eles reúnem um exército e invadem a terra também. Ok, a última coisa é provavelmente só paranoia. Mas é preocupante que cefalópodos - lulas, polvos - estejam crescendo tanto, e cientistas não têm uma explicação para isso. Uma análise publicada no Current Biology indica que diversas espécies ao redor dos oceanos do mundo cresceram em número desde a década de 1950. "A consistência foi a grande surpresa," disse a autora do artigo Zoë Doubleday, da Universidade de Adelaide. "Cefalópodes são conhecidos por sua variabilidade, e a abundância populacional pode variar bastante, tanto dentro como entre as espécies." Foi uma grande variação que inspirou o novo estudo. Há alguns anos, a sépia-gigante-australiana (na imagem que abre o post), teve uma queda brusca e súbita na sua população. "Elas quase sumiram completamente," disse Doubleday ao Gizmodo, adicionando que um dos co-autores do estudo teve a ideia de observar ciclos de expansão entre outras populações de cefalópodes para ver se encontrava algum padrão. "Não sabíamos quanto de dados podíamos coletar, mas conseguimos juntar bastante coisa," disse Doubleday.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Nascem dois pinguins por inseminação artificial no Japão


Um aquário japonês conseguiu realizar a reprodução de pinguins de Humboldt, uma espécie em risco de extinção, graças à inseminação artificial, anunciou nesta semana o estabelecimento. Trata-se da segunda tentativa frutífera de inseminação artificial de pinguins no mundo e a primeira para uma espécie em risco de extinção, comemoraram os responsáveis do Museu de Ciências Marítimas de Shimonoseki (oeste). "Ao longo dos últimos quatro anos, tentamos diversas vezes, apesar dos muitos fracassos", explicou à AFP Teppei Kushimoto, a cargo do cuidado dos pinguins. "Fiquei sem voz quando os filhotes de pinguins nasceram sem dificuldades graças ao êxito da inseminação artificial", acrescentou. O centro científico recolheu e congelou o esperma de Genki, macho de 11 anos, e o utilizou para fecundar Happy, fêmea de 8 anos. Happy posteriormente colocou dois ovos que se abriram no início de abril e de onde nasceram dois filhotes dos dois sexos. Este êxito recompensa um trabalho de longo prazo e os muitos testes para tentar avaliar melhor os períodos de ovulação das fêmeas de pinguim, baseados em suas mudanças de peso e com a ajuda de ultrassons.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Número de cefalópodes nos mares aumentou em 60 anos, diz estudo



O aquecimento do planeta parece beneficiar os cefalópodes como os polvos, as sibas e as lulas, cujas populações se multiplicaram nas últimas décadas, segundo um estudo divulgado na segunda-feira (23). "Sabe-se bem que as populações de cefalópodes podem variar de maneira importante dentro de cada espécie, bem como entre as espécies", destacou Zoe Doubleda, pesquisadora do Instituto de Meio Ambiente da Universidade de Adelaide, na Austrália, principal autora dos trabalhos publicados na revista Current Biology. "Mas o fato de observar um aumento regular em longos períodos de três grupos diferentes de cefalópodes em toda parte nos oceanos do mundo é destacável", declarou a pesquisadora, ressaltando que o número "aumentou consideravelmente nos últimos 60 anos". Havia grandes especulações sobre o fato de estes animais marinhos terem tido uma forte proliferação em resposta à mudança de ambiente, depois de tendências observadas na pesca. Estes animais são conhecidos por terem um crescimento rápido, uma expectativa de vida curta e uma fisiologia ultrassensível que pode permitir que se adaptem mais rapidamente que outras espécies marinhas. Para este estudo, Zoe Doubleday e os outros investigadores compilaram e analisaram as taxas de capturas de pesca destes animais marinhos entre 1953 e 2013. Eles constataram que as populações de 35 espécies de cefalópodes aumentaram de forma contínua. "Os cefalópodes são predadores vorazes e adaptáveis e o aumento de seu número pode ter um impacto sobre as espécies que são suas presas, como os peixes e invertebrados que têm um valor comercial", escreveram os autores. Mas "um aumento das populações de cefalópodes também pode beneficiar seus predadores, que dependem deles para se alimentar, assim como a pesca", acrescentaram. Segundo os investigadores, é difícil prever a evolução do número de cefalópodes no futuro, sobretudo se as pressões exercidas pela pesca continuarem aumentando. Os pesquisadores agora vão tentar determinar os fatores responsáveis por esta proliferação. "Isso pode nos dar mais luz sobre o impacto das atividades humanas na mudança dos ecossistemas oceânicos", disse Doubleday.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Fotógrafo subaquático resgata filhote de tartaruga preso a plástico em AL


O fotógrafo subaquático Enermércio Lima que trabalha nas piscinas naturais de Maragogi registrando fotos de turistas foi surpreendido, na manhã desta sexta-feira (20), por um filhote de tartaruga que nadava presa a pedaços de nylon. Ele registrou os momentos de aflição do animal para alertar sobre o descarte inadequado de plástico no mar e resgatou o filhote, que recebeu atendimento de uma bióloga. “Eu estava seguindo para a embarcação para descarregar as fotos da máquina quando vi a agitação do filhote enroscado no nylon. Ele estava bastante agitado e nadando com dificuldades. Retirei o animal da água com um amigo que levou até a uma bióloga que examinou a tartaruga antes de solta-la novamente no mar”, conta Lima. Segundo o fotógrafo, que também é mergulhador, é comum encontrar na região da Área de Preservação Ambiental (APA) Costa dos Corais plásticos abandonados no mar e animais marinhos mortos por conta de lixo.

Autoridades dos EUA encontram crocodilos 'comedores de gente' na Flórida


Autoridades dos Estados Unidos informaram que encontraram crocodilos-do-nilo "comedores de gente" nos pântanos da Flórida. Foram necessários testes de DNA para confirmar que os três animais eram crocodilos de uma espécie invasora. Diferente dos jacarés comuns na Flórida, esta espécie pode atacar humanos e acredita-se que seja responsável por até 200 mortes por ano em seu habitat na África subsaariana. Especialistas afirmam que é possível que mais destes crocodilos estejam soltos pelos pântanos do Estado americano. Ainda não se sabe com certeza como eles chegaram aos Estados Unidos. "Eles não nadaram da África (até aqui)", disse Kenneth Krysko, especialista em répteis e anfíbios da Universidade da Flórida. Krysko disse à agência de notícias Associated Press que é possível que eles tenham sido trazidos de forma ilegal ao país e a pessoa que trouxe não conseguiu manter os crocodilos em um lugar seguro ou pode até ter libertado os animais de forma intencional. Os crocodilos foram encontrados na Flórida nos anos de 2009, 2011 e 2014. Os testes de DNA para confirmar que eram crocodilos-do-nilo foram feitos apenas recentemente. Esta espécie pode chegar até aos seis metros de comprimento, maior do que os jacarés locais que, geralmente, chegam aos quatro metros de comprimento. Estes crocodilos geralmente se alimentam de peixes, aves e mamíferos incluindo humanos. Eles também são conhecidos por atacar rebanhos. Especialistas em vida selvagem da Flórida temem que espécies de outros países como este crocodilo possam ameaçar o ecossistema do Estado se começarem a se reproduzir nos pântanos do Parque Nacional de Everglades. Um exemplo foi o da píton birmanesa que foi vista pela primeira vez em Everglades na década de 1980 agora já é uma população estabelecida na Flórida. O crocodilo-do-nilo chega a ter seis metros de comprimento, maior que o jacaré nativo da Flórida "Tenho duas palavras para você: píton birmanesa. Se você me falasse 15 anos atrás que teríamos uma população destas estabelecida em Everglades, eu não teria acreditado", disse o biólogo Joe Wasilewski. Espécies de outros países podem causar muitos danos em um ecossistema que não está pronto para recebê-las. Quando as primeiras pítons birmanesas apareceram na Flórida, elas começaram a se reproduzir muito rápido e mantiveram sua população alta se alimentando da vida selvagem local, que é formada por espécies ameaçadas. Entre suas presas estavam até os jacarés locais. Agora acredita-se que existam cerca de 30 mil estas cobras na região. E o governo da Flórida até chegou a permitir a caça da píton birmanesa.

Drone registra ataque feroz de tubarões contra baleia na Austrália




Passageiros em um cruzeiro de 14 dias encontraram uma cena inusitada na baía dos Tubarões, na Austrália: cerca de 70 tubarões-tigre se alimentando de uma baleia morta. O grupo de turismo Eco Abrolhos disse à BBC que a baleia jubarte havia morrido de causas naturais. A cena, segundo descreveu a empresa, foi "algo para contar aos netos".

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Mar subiu 8 metros da última vez que planeta teve clima atual, diz estudo


Os cientistas estão há anos investigando o impacto da mudança climática para as milhões de pessoas que vivem no litoral e uma pergunta cuja resposta pode estar no passado: da última vez que a Terra teve a temperatura atual, o mar subiu cerca de oito metros. O Serviço Geológico de Estados Unidos está recopilando dados sobre fósseis marítimos de todo o mundo para ter uma ideia do que pode ocorrer se o aquecimento global derreter as massas de gelo que hoje cobrem a Antártida e a Groenlândia, em um estudo internacional no qual só participa um cientista europeu: o professor de Biologia da Universidade das Palmas de Grande Canária Joaquín Meco. E esses registros fósseis apontam na mesma linha: existem restos de corais e moluscos em diferentes continentes situados entre oito e 24 metros acima do nível atual do mar. No caso da Espanha, o Serviço Geológico americano se fixou no arquipélago atlântico das Canárias porque em duas ilhas (Grande Canária e Fuerteventura) há camadas com fósseis que comprovam os dois últimos momentos do maior aumento dos oceanos: há 481 mil e 130 mil anos, respectivamente. Meco explicou à Agência Efe que se a história do planeta fosse examinada através de um gráfico de temperaturas, esses dois momentos do Quaternário seriam os únicos que mostrariam picos acima dos níveis médios que hoje marcam os registradores de temperatura no mundo todo. Este pesquisador, que em toda sua carreira trabalhou no estudo dos paleoclimas marítimos, ressaltou que para que todos os oceanos do mundo se situassem há 130 mil anos cerca de oito metros acima do seu nível atual, teve que derreter todo o gelo da Groenlândia e uma parte da Antártida. Essa referência, acrescenta, pode esclarecer sobre o desastre que pode provocar a mudança climática se seguirmos no ritmo atual, porque no passado geológico da Terra não há nenhum outro momento em que as temperaturas se pareçam mais com o presente do que o período interglacial ocorrido entre 130 mil e 120 mil anos. Com uma ressalva, aponta. Então, os oceanos, os grandes reguladores do clima, estavam três graus de média mais quentes, como credenciam a presença de fósseis de fauna marinha própria de águas quentes do Golfo da Guiné nas Canárias e, inclusive, em latitudes mais ao norte, no Mediterrâneo. O projeto do Serviço Geológico dos Estados Unidos com o qual colabora Meco calculou quanto subiria o mar se derretesse todo o gelo que cobre a Terra: só as geleiras do Himalaia, Alpes, Andes e outras grandes cordilheiras têm água suficiente para elevar os oceanos meio metro. Se os gelos da Groenlândia se fundissem, todos os mares do planeta cresceriam outros sete metros e, se a Antártida derretesse, os oceanos subiriam 55 metros a mais (uma altura equivalente, por exemplo, ao Coliseu de Roma). Pode ocorrer algo assim? Os cientistas não têm dúvida que pode ocorrer, o que não sabem é quanto vão derreter as distintas camadas de gelo do planeta e a qual velocidade.

Idoso luta com crocodilos após amigo se afogar


Um homem de 72 anos disse a equipes de resgate que usou uma chave inglesa e velas de ignição para afastar crocodilos que cercavam seu bote após ver um amigo se afogar no norte da Austrália. Os dois estavam caçando caranguejos de manguezal quando um dos répteis virou o barco, de 3 metros. O incidente ocorreu na terça-feira, em Darwin. Um dos pescadores se afogou após ficar preso tentando retornar ao barco. O outro conseguiu retornar ao bote e afastar as investidas dos crocodilos usando a chave inglesa durante as três horas que durou o incidente. O homem se escondeu nos mangues antes de a maré, ao mudar, permitir que ele voltasse para terra firme. Pescadores profissionais ouviram os gritos da vítima e partiram em seu socorro. O homem recebeu atendimento de uma ambulância aérea. Um inquérito sobre um caso semelhante - um homem foi morto por um crocodilo enquanto pescava em Kakadu - já havia chamado a atenção para o risco que corriam pescadores em barcos pequenos. No mês passado, o prefeito de uma cidade da região havia solicitado o abate de crocodilos após um episódio em que um homem acampado teve seu pé mordido por um crocodilo que havia entrado em sua barraca. Estima-se que existam, no norte da Austrália, entre 100 mil e 200 mil crocodilos de água salgada adultos.

Milhares de exemplares de peixe-leão foram eliminados das águas da Flórida


Um total de 14.067 exemplares de peixe-leão, uma espécie não nativa que se transformou em uma grave ameaça para o ecossistema da Flórida (EUA), foram eliminados neste ano do litoral americano, informaram nesta quarta-feira as autoridades. Só entre os dias 14 e 15 deste mês, data destinada à conscientização sobre a importância de erradicar a população do peixe-leão, 8.089 exemplares foram eliminados do litoral de Pensacola, no noroeste do estado. Estas conquistas são resultado do plano iniciado pela Comissão para a Conservação da Fauna e a Pesca (FWC, por sua sigla em inglês) da Flórida, que inclui um programa de prêmios em nível estadual com o qual procura incentivar a colaboração cidadã nesta urgente tarefa. "Estes números são um grande exemplo dos esforços da agência por instruir à população e conseguir seu envolvimento na erradicação desta espécie invasora", destacou em comunicado Jessica McCawley, direção da FWC. O FWC explicou que esta espécie de "picada venenosa, tem um impacto muito negativo na vida e no habitat das espécies nativas", por isso que é fundamental "reduzir os impactos deste peixe na zona de recifes" do litoral da Flórida. O peixe-leão ("Pterois antennata") alcança um máximo de 20 centímetros de comprimento e tem como habitat natural os recifes, onde se refugia durante o dia e caça camarões e caranguejos durante a noite. Charles Meyling, um submarinista que participou neste ano do torneio de captura de peixes desta espécie, bateu o recorde do exemplar de maior tamanho capturado em águas da Flórida, um peixe-leão de cerca de 44,5 centímetros. Espécie originária do Pacífico, sua presença foi detectada pela primeira vez em meados do anos 80. Em anos recentes, o número de exemplares de peixe-leão aumentou de forma alarmante e sua população se estendeu por águas do Caribe, do Golfo do México e do litoral atlântico.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Mais de 20 baleias morrem encalhadas em praia mexicana


Um grupo de 27 baleias ficou encalhado em uma praia da Baixa Califórnia, no norte do México, e apenas três conseguiram sobreviver, informou a Procuradoria de Proteção do Meio Ambiente (Profepa), no domingo (15) Por quase 15 horas, as autoridades tentaram salvar os animais, mas a maré baixa não ajudou. Da espécie Piloto (Globicephala macrorhynchus), sob proteção especial no México, as baleias ficaram encalhadas em uma praia de San Felipe, no município de Ensenada. Funcionários da Procuradoria, militares e pescadores tentaram devolvê-las às águas profundas entre a tarde de ontem (14) e a madrugada deste domingo. Com a maré atingindo seu mínimo na madrugada e os cetáceos continuando a buscar a costa, "somente foi possível resgatar duas baleias-piloto adultas e um filhote com vida", declarou a Profepa em um comunicado. As autoridades ainda investigam as causas do episódio, mas "estima-se que as baleias estavam desorientadas, porque nenhum dos exemplares apresenta danos, ou lesões visíveis, e tampouco são detectadas lesões por redes, artigos de pesca, ou atividades antropogênicas que possam ocasionar, ou influenciar, o evento do encalhe". A Profepa lembrou que as baleias dessa espécie "têm uma coesão social forte", porque "não abandonam outras baleias que estão em perigo, mesmo que isso signifique a morte".

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Lama ameaça a desova de tartarugas gigantes em Regência


Com apenas um ponto de desova regular no Brasil, as tartarugas gigantes começam a chegar a Regência, Linhares, no Norte do Espírito Santo, em setembro, mas a preocupação de pesquisadores e ambientalistas já existe. A pesquisadora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Sarah Vargas, disse, nesta segunda-feira (9), que um monitoramento da área de desova, em parceria com o Projeto Tamar e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vai ser iniciado nas próximas semanas. Depois da chegada da lama vazada da barragem de Mariana, em Minas Gerais, o comportamento de desova e os ninhos das tartarugas gigantes precisam ser observados, para verificar se houve qualquer efeito direto dos rejeitos de minério. “Nossa ideia é monitorar, a longo prazo, o que vai acontecer, se vai mudar muito o comportamento, se vai mudar as taxas de eclosão, se vai ter filhotinhos nascendo mortos. Então, vai ser um monitoramento constante agora, para comparar com o que era antes do desastre”, disse a pesquisadora. Antes da chegada da lama, já havia a pesca como fator de risco para a vida dos animais. “Todos os anos, a gente tem relatos de tartarugas encontradas mortas, com indício de que foi rede de pesca. É uma grande causa, tanto em alto mar, quanto próximo às praias, de morte de tartarugas marinhas”, destacou Sarah. Apesar de a mancha ter diminuído, a pesquisadora falou que o impacto na biodiversidade não foi reduzido. “Isso pode estar causando uma morte na biodiversidade marinha, o que pode ser um efeito a longo prazo. A gente não sabe, agora, o que vai acontecer, mas imagina que a lama esteja evitando que o sol penetre e a vida marinha fique em equilíbrio”, falou.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Pesquisadores filmam água-viva com 'beleza deslumbrante' no Pacífico


Pesquisadores descobriram uma água-viva de aparência bizarra, que apresenta longos tentáculos, durante uma exploração perto da fossa das Marianas, que é local mais profundo dos oceanos, com uma profundidade de mais de 11 mil metros. Os cientistas identificaram a água-viva como um hidrozoário pertencente ao género Crossota. A equipe disse ter se surpreendido pela beleza deslumbrante da água-viva, que foi filmada enquanto os pesquisadores exploravam o local com um veículo operado remotamente. Publicado no YouTube no dia 24 de abril, o vídeo recebeu mais de 1,1 milhão de visualizações. A fossa das Marianas fica no oceano Pacífico.

Mortandade de estrelas-do-mar na costa do Pacífico nos EUA termina


Depois da morte de milhões ao longo da costa do Pacífico dos Estados Unidos desde 2013, a população de estrelas do mar voltou a aumentar há um ano, comprovaram os pesquisadores. Esta mortandade em massa, provocada por uma doença, havia atingido 20 espécies de Asteroidea da costa mexicana de Baja Califórnia ao Alasca, de acordo com um estudo divulgado na quarta-feira pela revista PLOS ONE. Os sinais mais frequentemente observados nos animais marinhos doentes eram lesões superficiais brancas que se espalhavam rapidamente, seguidas por um amolecimento do animal, a perda de seus braços e uma desintegração do seu corpo que o levava à morte alguns dias após o início dos sintomas. Entre o início de 2014 e final de 2015, os pesquisadores realizaram quase 150 análises e observações de espécies de estrelas do mar ao longo da costa do Oregon, particularmente afetadas pela epidemia. A doença, que chegou em abril de 2014, espalhou-se por toda a costa noroeste dos Estados Unidos em junho, infectando 90% das estrelas do mar, explicou Bruce Menge, pesquisador da Universidade Estadual do Oregon, o principal autor do estudo. A epidemia afetou principalmente adultos. Os pesquisadores constataram no início de 2015 que as populações de estrelas do mar começavam a subir novamente.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Austrália planeja usar herpes contra infestação de carpas predadoras


O político australiano que declarou guerra contra os cachorros do ator Johnny Depp tem um novo alvo: as carpas. O vice-primeiro-ministro do país, Barnaby Joyce, disse que a única forma de se livrar do peixe "lamacento" é usar o vírus da herpes contra ele. O programa de erradicação de 15 milhões de dólares australianos (R$ 40 milhões), apelidado de "carpocalipse" pelo governo, tem como objetivo eliminar a carpa da bacia de Murray-Darling, no sudeste do país. O peixe foi introduzido na Austrália em 1859, mas sua população aumentou exponencialmente nos anos 1960, depois que uma variedade criada em cativeiro foi acidentalmente liberada na natureza. Estima-se que a carpa responda por 80% a 90% da biomassa de peixes nesta bacia, onde está localizada a mais importante região agrícola australiana. As carpas se reproduzem facilmente e competem com peixes nativos. Por terem mandíbulas sem dentes, elas precisam se alimentar no fundo dos rios, o que gera erosão e torna a água mais turva, piorando sua qualidade. Joyce disse que a espécie invasora está custando 500 milhões de dólares australianos (cerca de US$ 375 milhões) por ano. O governo federal quer liberar no rio Murray um tipo de vírus da herpes que afeta estes animais, o Cyprinid herpesvirus, surgido primeiro em Israel, para matar cerca de 95% dos animais. O ministro de Ciência, Christopher Pyne, disse que o vírus não impacta humanos, mas que a operação de limpeza do ecossistema terá um alto custo, já que milhares de peixes morrerão após ele ser liberado. "De repente, haverá centenas de milhares ou até mesmo milhões de toneladas de carpas mortas no rio Murray", disse Pyne.

Esperma de crocodilo pode servir para entender infertilidade masculina


Cientistas australianos descobriram que o esperma dos crocodilos de estuário pode servir como modelo para estudar a infertilidade nos seres humanos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (4) pela revista científica britânica "Proceedings of the Royal Society B". "Esperamos utilizar o crocodilo como modelo para entender as funções do esperma em níveis básicos e ver se podemos aplicar (este conhecimento) para tratar a infertilidade em nossa própria espécie", disse Brett Nixon, biólogo da Universidade de Newcastle na Austrália e líder do estudo. Nixon explicou que muitos casos de infertilidade masculina estão vinculados a defeitos no esperma, que em condições normais emerge dos testículos em uma forma imatura e deve se expor a certas condições nos sistemas reprodutivos do homem e da mulher antes de poder fertilizar um óvulo. "Antes de serem ativados, parecem normais, mas não têm a capacidade de nadar e acreditamos que não tenham a habilidade de reconhecer um óvulo e participar da fertilização", explicou Nixon à emissora local "ABC". Até o momento, achava-se que o processo do amadurecimento do esperma era único nos mamíferos e que no caso dos crocodilos era similar ao das aves, ou seja, que uma vez que saíam dos testículos eram capazes de fertilizar. No entanto o estudo sobre o esperma dos crocodilos de estuário da Austrália revela que este se comporta de forma parecida aos espermatozoides dos mamíferos, inclusive dos seres humanos. Para este estudo, os cientistas colheram o esperma de vários crocodilos de estuário australiano, que estavam sedados, e os incubaram em condições similares aos de um sistema reprodutor feminino. Assim foi identificado um grupo de proteínas que permitem que o esperma se movimente e reconheça os óvulos e que são similares às que estão presentes no esperma humano. Os pesquisadores acreditam que também identificaram uma interseção química, na forma de íons de bicarbonato, no sistema reprodutivo feminino que contribuem para ativar as proteínas.

sábado, 30 de abril de 2016

As tartarugas do deserto que obrigaram a Marinha dos EUA a mudar seus planos



Conseguir obrigar o corpo de infantaria da Marinha dos Estados Unidos a sair em retirada não está ao alcance de muitos. Fazê-lo sem qualquer confronto militar é no mínimo surpreendente. E que os responsáveis por esta mudança de planos sejam tartarugas do deserto que levam dias para cobrir apenas 1,5 km de distância é impressionante...e possível. A infantaria da Marinha dos EUA usa terrenos onde há condições semelhantes a situações de guerra para treinamentos. O deserto é um deles. É o caso da base que a Marinha tem em Twentynine Palm, um povoado do condado de San Bernardino, no deserto de Mojave, na Califórnia. A ideia era ampliar a base para organizar uma missão especial de formação e treinamento com tanques e armas pesadas durante todo o mês de agosto. No entanto, a presença na área de mais de 1.000 tartarugas do deserto fez o Exército reconsiderar os planos. No início de março, foi anunciado um projeto de US$ 50 milhões para transportar por ar cada uma dessas tartarugas a uma reserva federal na localidade vizinha de Barstow. Mas o medo de prejudicar os animais fez o projeto ser suspenso, pelo menos até que uma alternativa seja encontrada. Também contribuiu para o cancelamento do projeto o pedido do Centro de Diversidade Biológica, que mostrou preocupação com o impacto que a transferência poderia ter sobre esses animais já vulneráveis. Tartarugas do deserto adultas podem pesar quase 7 kg e medem cerca de 25 centímetros de comprimento, embora alguns possam passar dos 35 centímetros. Eles passam a maior parte de sua vida escondido em buracos, dos quais saem para comer e se reproduzir. "Nas últimas três décadas, perdemos até 90% da população de tartarugas do deserto", disse à BBC Mundo Debra Hughson, chefe do escritório de Ciência e Recursos da Reserva Nacional de Mojave. Hughson explica que a espécie está ameaçada por uma combinação de fatores, dos quais cita: - A superpopulação de corvos - Atropelamentos por carros - A presença de predadores, como coiotes, raposas e até cães abandonados - Doenças respiratórias - Plantas invasoras que produzem problemas nutricionais - Operações militares

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Peixe-boi é encontrado morto em praia de São Miguel dos Milagres


Um peixe-boi macho foi encontrado morto, nesta terça-feira (26), na praia de São Miguel dos Milagres, no Litoral Norte de Alagoas. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o animal encalhado, identificado como Atol, pertencia ao santuário de peixes-boi de Porto de Pedras. Um funcionário do ICMBio, que preferiu não se identificar, afirmou que o mamífero tinha uma perfuração no corpo, mas que, apesar disso, não foi confirmada que a ferida tenha causado a morte do animal. O mamífero pesava cerca de 350 quilos, tinha 2,72 metros e nove anos de idade, segundo o ICMBio ele foi encaminhado ao Centro de Mamíferos Marinhos de Itamaracá, em Pernambuco, para saber qual foi a causa da sua morte. O animal foi transportado na carroceria de um carro particular do instituto.

Tubarão que brilha no escuro pode usar luz para se comunicar, diz estudo



Uma pesquisa, liderada pelos cientistas do Museu Americano de História Natural, mostra que tubarões da família Scyliorhinidae emitem e são capazes de enxergar luz fluorescente emitida por seus corpos. É possível que eles usem essa capacidade para se comunicar com membros da mesma espécie em águas profundas. A experiência, publicada na revista "Scientific Reports", usou câmeras especiais que imitam os olhos do tubarão para registrar o fenômeno, que não pode ser visto pelos olhos humanos O estudo focou na habilidade visual desses animais, mostrando que os seus olhos eram capazes de absorver a luz emitida pelos corpos dos outros. Usando uma técnica chamada microespectrofotometria, os pesquisadores conseguiram identificar uma variedade de pigmentos que permite que enxerguem em ambiente de pouca luz. “Os olhos dos tubarões podem ser cem vezes mais eficientes que os nossos em condições de pouca luz. Eles nadam em áreas que são incrivelmente difíceis para o ser humano conseguir ver algo. Mas é onde eles têm vivido por mais de 400 milhões de anos, então eles se adaptaram a essa condição de luz”, contou David Gruber, autor do estudo e pesquisador do Museu Americano de História Natural. Com essas informações, foi possível construir uma câmera especial que simula como os tubarões enxergam embaixo d’água. As imagens captadas mostraram contrastes nos padrões de fluorescência. A luz emitida era mais forte quanto maior a profundidade dos animais, sugerindo que eles não só podem enxergar a luz como conseguem usá-la para se comunicar com outros.

domingo, 24 de abril de 2016

Estudantes de biologia encontram animais em extinção em São José



Dois estudantes de ciências biológicas estão fazendo um levantamento das espécies de animais encontrados no Parque Natural Municipal Augusto Ruschi (PNMAR) em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O objetivo da pesquisa dos alunos é ter um conhecimento maior sobre os anfíbios e répteis que existem no parque, aumentando a proteção de algumas espécies em extinção que vivem na área de proteção ambiental. O levantamento vem sendo feito desde maio de 2015 com encerramento no fim de 2016, e já foram registradas 31 espécies de anfíbios e outras 16 de répteis, no qual algumas espécies se encontram em risco de extinção, como é o caso do cágado da serra, sapinho Pingo de Ouro, gavião pega macaco, onça parda e jaguatirica, como são popularmente conhecidos. “Quando o parque se chamava Horto Florestal e passou a ser Augusto Ruschi, se tornou uma área de proteção ambiental. Por isso, foi realizado um plano de manejo rápido, para se adaptar o parque às mudanças, e agora o plano que estamos realizando é a longo prazo, e por isso poderemos detalhar com precisão todos os tipos de espécies que lá existem”, afirmou o estudante de ciências biológicas Matheus Moroti. A ideia de realizar as pesquisas surgiu durante as aulas da faculdade, quando os dois estudantes perceberam que o parque era uma extensa área ambiental, que não é conhecida por muitas pessoas e precisava ser mais bem explorada. As pesquisas serão usadas como trabaho para conclusão da faculdade e futuramente entregues ao parque. “Conseguimos o apoio de ONGs e instituições e fomos desenvolvendo a nossa pesquisa. Durante o trabalho fomos encontrando diversas espécies, que não são tão fáceis de encontrar em qualquer ambiente de mata, como é o caso do papo-branco, a onça parda, o quati, entre tantos outros, que sofrem um pouco de pressão pela natureza”, disse o estudante. Os novos estudos possibilitarão o parque a abrir totalmente as portas para os visitantes, com construção de dormitórios para os cientistas e pesquisadores, além de sanitários e todas as adaptações necessárias para o público. “Esse novo levantamento fará uma contagem total de toda fauna do parque, e a intenção é fazer em um período de até dois anos, adaptações para que todas as pessoas possam vir até a área sem agredir o meio ambiente e sua estrutura, coisa que antes não era possível” explicou Jeferson Rocha, o gestor da unidade de conservação. O PNMAR é a primeira unidade de conservação ambiental de São José e abrange uma área de dois milhões de metros quadrados de mata atlântica preservada. Ele é localizado na Santa Cruz da Boa Vista, na zona norte da cidade. O agendamento para ida ao parque pode ser agendada pelo telefone 12 3909-4512, e outras informações estão no site da prefeitura.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Mecanismo de defesa dos corais pode desaparecer com aquecimento do mar



Alguns corais da Grande Barreira de Corais são conhecidos por sua resistência ao aumento da temperatura, mas um estudo divulgado nesta quinta-feira (14) alerta que este mecanismo de proteção pode desaparecer em breve. Se as temperaturas da superfície do oceano subirem cerca de 0,5 grau Celsius, o fenômeno de branqueamento de corais no famoso recife australiano poderia se espalhar de forma dramática, adverte o estudo, publicado na revista Science. Esse processo tem a ver com uma resposta natural ao estresse que os corais sofrem como resultado do aquecimento das águas e que os cientistas analisam a partir do estudo, durante 27 anos, dos registros de satélite da Grande Barreira de Corais. "Quando os corais se veem expostos a um período de pré-estresse nas semanas que antecedem ao aumento das temperaturas, formam uma barreira e os corais se preparam" para este fenômeno, explica o principal autor do estudo, Tracy Ainsworth, do Center of Excellence for Coral Reef Studies da universidade de James Cook. "Os corais expostos a esse padrão tem menos estresse e são mais tolerantes ao branqueamento", indica o texto. Mas, se em uma determinada região as temperaturas da superfície do mar aumentarem mais de dois graus Celsius acima da média mensal das últimas três décadas, este mecanismo de proteção poderá ser perdido e os danos aos corais seriam mais severos. A maioria dos corais protegidos "começará a experimentar o fenômeno de branqueamento de maneira repetitiva quando a temperatura da superfície do mar se situar cerca de 0,5 graus Celsius acima da atual, o que deve ocorre num intervalo de quatro décadas", informa o estudo. Atualmente, cerca de três quartos dos corais da Grande Barreira beneficiam deste mecanismo de proteção. Mas, se a temperatura da superfície do mar aumentar, apenas 22% se verá protegida. "Nos verões futuros, os eventos de branqueamento vão ocorrer com mais frequência e o risco de mortalidade do coral será maior", afirma Scott Heron, do Observatório da Barreira de Corais da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), e co-autor o estudo. O branqueamento ocorre quando condições ambientais anormais, tais como temperaturas mais quentes do mar, levam os corais a expelir pequenas algas fotossintéticas, que perdem a sua cor.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Pinguins famintos saem à caça do escasso krill antártico


Assim como as focas e baleias, também comem krill, um crustáceo de 3 cm parecido com um camarão que está na base da cadeia alimentar do oceano austral. Mas os observadores dos pinguins asseguram que o krill é cada vez mais escasso na península antártica, ameaçado pelas mudanças climáticas e a pesca excessiva. "O krill é a planta de energia da Antártica. É uma espécie chave para todos", diz Ron Naveen, líder do grupo de pesquisa antártica Oceanites, enquanto um grupo de pinguins grasnam nas rochas atrás dele. A península antártica ocidental aqueceu três graus Celsius no último meio século, segundo grupos ambientalistas como o World Wildlife Fund (WWF). "Podemos ver os efeitos, como o movimento das geleiras. Podemos ver mudanças nos padrões do gelo. Há algumas mudanças que pensamos ser consequências da mudança climática, que têm a ver com uma mudança nas populações de pinguins", diz Steven Chown, biólogo da Universidade Monash da Austrália. "O aumento das temperaturas, o aumento da acidez dos oceanos e, em certa medida, ainda que não esteja muito claro, também a indústria da pesca que procura pelo krill, exercem pressão sobre as populações de predadores que se alimentam basicamente de krill."

Casal vence concurso e passa noite em tanque de tubarões na França




O casal formado pela irlandesa Hanah Simpson e pelo britânico Alastair Shipman venceu um concurso e passou uma noite hospedado em um quarto instalado no tanque dos tubarões no aquário de Paris, na França. Hanah e Alastair dormiram em um quarto subaquático cercado por 35 tubarões que vivem no tanque. Separado apenas por uma parede transparente, o casal podia observar os predadores nadando ao redor do quarto. Fundado em 1867, em frente à Torre Eiffel, o aquário de Paris foi o primeiro do mundo. Depois da visita dos turistas, o quarto servirá como laboratório de estudo para biólogos analisarem as seis diferentes espécies de tubarão reunidas lá.

Polvo foge de aquário neozelandês e consegue voltar para o mar


Segundo o gerente do aquário, Rob Yarrall, o molusco marinho fugiu por um dos tubos de drenagem e conseguiu alcançar o mar. "Ele nem sequer nos deixou uma mensagem", brincou Yarrall. Funcionários chegaram a checar os tubos usados pelo polvo para escapar do tanque, mas o animal já tinha percorrido o caminho até o oceano. O polvo chamado Inky estava no aquário desde 2014.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Iguana 'Godzilla' se alimenta no fundo do mar nas Ilhas Galápagos e vira hit



Um vídeo que mostra uma iguana enorme mergulhando e se alimentando no fundo do mar na costa das Ilhas Galápagos, no Equador, fez sucesso nas redes sociais após a gravação ser compartilhada no domingo (10) no Reddit. Apelidada de "Godzilla" devido a seu tamanho, a iguana foi filmada por Steve Winkworth em Cabo Marshall, um local de mergulho na costa nas Ilhas Galápagos. As imagens mostram o réptil usando sua longa cauda para deslizar no fundo do oceano. O vídeo se tornou viral ao ser postado no Reddit. No entanto a gravação tinha sido postada inicialmente por Winkworth em 18 de outubro do ano passado no YouTube. Com o sucesso recente, mais de 600 mil pessoas já assistiram às imagens. As iguanas, como essa que foi filmada comendo algas, são vegetarianas e especialistas em mergulho. Segundo o jornal inglês "Daily Mail", elas são capazes de descer até nove metros de profundidade.

domingo, 10 de abril de 2016

Com a ajuda de crianças e câmeras, cientistas fazem censo de pinguins na Antártida


Pinguins da Antártida estão sob vigilância constante de uma equipe de cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Os pesquisadores do projeto, chamado PenguinWatch, instalaram 75 câmeras pelo continente e os resultados já mostram uma ligação entre as mudanças climáticas e o declínio na população de pinguins da península Antártida. Por isso, o PenguinWatch é considerado o maior – além de mais ambicioso – projeto a ser colocado em prática na Antártida. Agora, os cientistas querem, também, disseminar a pesquisa e estão encorajando grupos escolares a adotar suas próprias colônias e enumerá-las com a ajuda das câmeras já instaladas no continente. Esse é o chamado o PenguinWatch 2.0, lançado nesta quinta-feira (7), que inclui uma espécie de censo dos pinguins.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Caçador se surpreende com jacaré gigante que atacava gado


Uma criatura de 4,5 metros de comprimento e pesando nada menos que 360 quilos surpreendeu o caçador Lee Lightsey em sua fazenda na Flórida, depois de passar dias se alimentando do gado que pastava por ali. Tratava-se de um jacaré gigante que foi descoberto nas lagoas artificiais da fazenda de Lightsey enquanto este e seu guia supervisionavam uma expedição de caça, no último sábado. O caçador, que está na profissão há 18 anos, ficou admirado com o animal e afirmou à BBC "nunca ter visto um jacaré daquele tamanho". Quando o animal veio à superfície, ficou a seis metros de distância dos dois, que dispararam e o abateram. Lightsey e seus funcionários precisaram de um trator para removê-lo dali. Segundo o caçador, não foi a primeira vez que eles encontraram jacarés assim nas redondezas da fazenda. Mas normalmente eles eram menores e menos assustadores. "O jacaré é enorme, mas não me surpreende que apareça por aqui. Encontramos muitos outros nos últimos 20 anos que eram um pouco menores", contou. "O que nos chamou bastante a atenção foi o fato de ele estar se alimentando do gado da fazenda, porque encontramos partes dos bois mutilados na água. Precisávamos tirá-lo daqui", explicou. A empresa de Lightsey organiza caçadas de crocodilos, javalis e perus ao redor de sua propriedade, que é destinada a expedições desse tipo. Até então, o maior jacaré já caçado por eles tinha no máximo 4 metros de altura. Ele costuma cobrar cerca de US$ 10 mil para matar um jacaré maior do que 4 metros e US$ 4,5 mil por um jacaré que tenha entre três e quatro metros. Os animais são, em geral, mortos com uma espingarda potente. "Mas sempre procuramos matá-los com o mínimo de sofrimento, sem deixar que eles fiquem feridos antes de morrer", afirmou. A região da Flórida e de Louisiana, nos Estados Unidos, é conhecida por ter uma vasta população de jacarés – estima-se que haja mais de 1 milhão deles em cada um dos dois Estados. Agora, o plano de Lightsey para o "jacaré gigante" encontrado é dissecá-lo e doar a carne para alguma instituição beneficente.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Pescador flagra tartaruga-víbora devorando cobra em lago nos EUA



O americano Kerry B. Wix e seu filho de nove anos, Atley, flagraram com uma câmera GoPro uma tartaruga-víbora (Chelydra serpentina) devorando uma cobra enorme enquanto pescavam em um lago no estado do Tennessee (EUA). Assista ao vídeoEssa espécie de tartaruga de água doce ganhou tal apelido devido ao formato de sua cabeça que se parece com o de uma víbora. Encontrada em várias áreas das Américas, ela também é chamada de tartaruga-mordedora.

Pescador americano fisga bagre de 1,17 metro e 18,6 quilos



O americano Russell Hair fisgou um bagre de 18,6 quilos e 1,17 metro de comprimento em Early, no estado do Texas (EUA). Hair capturou o enorme exemplar no lago Brownwood. Segundo um grupo de pesca local, esse é o maior bagre já fisgado nesse lago.