segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Família de mergulhadores salva tubarão-baleia que estava com corda ao redor do corpo no Havaí


Uma família que estava mergulhando na costa de Lanai, a sexta maior ilha do Havaí, salvou a vida de um tubarão-baleia. O animal estava com uma corda ao redor do corpo e correndo risco de ser estrangulado. Algumas semanas antes, o Departamento de Terras e Recursos Naturais do Havaí havia publicado um anúncio pedindo informações para quaisquer pessoas que avistassem o tubarão-baleia. Joby Rohrer e sua família não sabiam disso e quando viram o animal com a corda resolveram salvá-lo. "Fiquei pensando que não conseguiria passar a corda, porque o animal era mais gordo", disse Rohrer ao site "Hawaii News Now". "Então, minha esposa Kapue disse: 'bem, você deveria tentar'", contou. Segundo Rohrer, ele estava com medo de se aproximar e assustar o animal. Não queria fazer o tubarão-baleia fugir. No final, ele fez uma tentativa de romper a corda e conseguiu o resgate. De acordo com o Departamento de Terras e Recursos Naturais do Havaí, o tubarão-baleira é uma espécie ameaçada pela caça e pela poluição do homem. A população caiu 50% no mundo desde 1975.

Surfista leva 3h para salvar filhote de baleia preso em rede de pesca em SC


Um filhote de baleia-franca foi resgatado de redes de pesca por um surfista no Farol de Santa Marta, em Laguna, no Sul do estado, no domingo (14). O resgate começou por volta das 16h30 e durou cerca de três horas em alto-mar. Durante todo o período, a mãe do filhote ficou nas proximidades. O empresário e surfista João Alberto Schmidt, conhecido como João Baiuka, entrou na água com uma moto aquática e nadou até o animal. Ele cortou as redes com uma faca. “Eu vi que aquele bicho realmente precisava de ajuda e teria que ser naquele momento. Eu sei que existem alguns protocolos, mas no momento teria que fazer ajuda, eu não queria ver o bicho de forma nenhuma encalhar na praia o viesse a falecer", conta Baiuka. O surfista contou com apoio de amigo para chegar até o local do resgate. O animal estava próxima a Praia Grande. "Não foi uma coisa fácil, também não aconselho nunguém a fazer, porque é perigoso, o bicho é gigante. A gente pegou um momento muito crítico, que foi a hora que ela já tava vindo pra praia, a gente pegou o tombo e começamos a vir com ela, foi bem dramático", lembra o surfista. O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) que funciona na Udesc de Laguna foi acionado e acompanhou o resgate das areias da praia. O resgate por pessoas não especializadas não é recomendado pelos protocolos da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

As justificativas do Japão para liberar a caça de baleias após 30 anos de proibição



A caça às baleias é um dos debates sobre preservação do meio ambiente que mais geram reações emocionais. A caça comercial desses animais é proibida há mais de 30 anos, depois que algumas espécies foram praticamente levadas à extinção pela pesca predatória. Agora, porém, essa restrição pode estar prestes a cair, a pedido do Japão. Em reunião no Brasil desde o início da semana, a Comissão Internacional das Baleias (IWC, da sigla em inglês) analisa uma proposta do país para acabar parcialmente com a probição. A decisão deve sair na próxima semana, quando se encerra a 67ª reunião anual da instituição, sediada em Florianópolis, Santa Catarina. Em tese, o Japão permite hoje que se matem baleias apenas com fins científicos, mas essa é uma questão conversa. O país tem capturado entre 300 e 400 por ano, incluindo animais jovens e fêmeas grávidas, sob essa prerrogativa. Os registros da IWC mostram que esse número já chegou a passar de mil nas temporadas de 2005 e 2006. A justificativa é que, com isso, estão sendo investigandos os níveis populacionais das baleias, se elas estão ameaçadas. Críticos contra-argumentam, porém, que as pesquisas são apenas um subterfúgio para matar baleias de olho na indústria de alimentos. E, de fato, a carne dos animais mortos para pesquisas geralmente acaba sendo vendida posteriormente. Membros da IWC estabeleceram a proibição à caça em 1986, para possibilitar que as populações de baleias se recuperassem. Os países a favor da caça esperavam que a medida fosse temporária, que ficasse vigente somente até se chegar a um consenso sobre cotas sustentáveis de captura dos animais. Mas, em vez disso, a proibição se tornou quase permanente, medida que agradou os preservacionistas e decepcionou, além do Japão, países como Noruega e Islândia, que argumentam que a caça às baleias faz parte de sua cultura e deve continuar de forma sustentável. Hideki Moronuki, o principal negociador de pescas do Japão e comissário da IWC, disse à BBC que o país quer que organização retome o objetivo que tinha originalmente - de conservar as baleias, mas também de promover seu "uso sustentável". A caça intensa às baleias no século 19 e início do século 20 deixou esses gigantes mamíferos à beira da extinção. Na década de 1960, métodos cada vez mais eficientes captura e enormes navios-fábrica tornaram evidente que a caça não poderia continuar sem controle, sob o risco de os animais desaparecerem por completo. Daí a proibição. Hoje, os estoques de baleias são cuidadosamente monitorados, e, ainda que a maioria das espécies siga ameaçada, outras - como a baleia-de-minke, que o Japão caça principalmente - não estão mais. Portanto, o Japão, que atualmente preside a IWC, está propondo um pacote de medidas, incluindo a criação de um Comitê de Pesca Sustentável e a fixação de limites de captura sustentáveis ​​"para espécies e estoques abundantes". Em um aceno aos países que se opõem à caça de baleias, as propostas também incluem facilitar o estabelecimento de novos "santuários", ou seja, áreas de preservação desses animais, onde a captura seria proibida.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Mais de 300 tartarugas morrem em redes de pesca ilegal no México


As imagens compartilhadas pela Defesa Civil de Oaxaca, no México, são devastadoras: incontáveis tartarugas mortas flutuando no mar. E, nesta quarta-feira, o governo do Estado de Oaxaca confirmou que pelo menos 303 tartarugas-oliva, que correm risco de extinção, morreram após ficarem presas em duas redes de pesca ilegal na costa mexicana do Pacífico. "A Procuradoria de Proteção Ambiental de Oaxaca confirmou que a morte das tartarugas foi causada por uma rede de pesca proibida, usada para pegar o peixe garapau", disse em um comunicado. As tartarugas-oliva - menor espécie de tartarugas marinhas - foram encontradas perto da costa da cidade de Puerto Escondido, cerca de 760 km a sudoeste da Cidade do México. "Inicialmente, recebemos um relatório de que havia duas redes onde estavam 300 tartarugas, mas esse número pode mudar", disse à agência de notícias EFE, o diretor do gabinete de Defesa Civil na cidade de San Pedro Mixtepec, José Antonio Ramirez. "Encontramos esta rede conhecida como tresmalho e nos disseram que os pescadores não são deste lugar. Elas não são usadas nestas praias e talvez possam ter sido abandonadas por um navio que não percebeu sua perda e matou as tartarugas", acrescentou. Após o primeiro relato de que cerca de 300 tartarugas haviam se enroscado nas redes, os pescadores locais tentaram libertar os animais, mas sem sucesso. Quando membros da equipe de Defesa Civil chegaram ao local, descobriram que todas as tartarugas haviam morrido. Uma única sobrevivente, que havia sido resgatada pelos pescadores, morreu ao chegar à praia. Ali mesmo, os pescadores cavaram um buraco e enterraram os animais. Tanto as autoridades pesqueiras da área quanto o Estado disseram que não se tratou de um ato intencional, mas que as tartarugas se encontraram com a rede e não conseguiram escapar.