terça-feira, 4 de abril de 2017

O peixinho que droga predadores com 'mordida de heroína'


Cientistas britânicos e australianos resolveram um mistério do mundo marinho: os efeitos da mordida indolor de um peixinho venenoso ornamental. Eles constataram que o fang blenny, natural de corais do Oceano Índico, se defende de predadores ministrando opioides - um composto similar à morfina e à heroína, que causa uma queda súbita na pressão sanguínea e, aparentemente, distrai o predador por tempo suficiente para que a presa escape. A pesquisa, que reuniu especialistas da Liverpool School of Tropical Medicine, no Reino Unido, e da Universidade de Queensland, na Austrália, foi publicada na revista especializada Cuttent Biology e é um exemplo dos segredos escondidos em nossos oceanos. Bryan Fry da Universidade de Queensland, explica que peixes com algum tipo de mordida venenosa normalmente produzem dores imediatas. "Uma das maiores dores que sofri na minha vida foi quando fui picado por uma arraia. Foi algo infernal", contou ele. Por isso, o fang benny aguçou a curiosidade dos cientistas: eles queriam entender por que sua mordida era indolor. "Mordidas ou picadas dolorosas são um mecanismo de defesa útil - os predadores aprendem a evitá-las", explica Nicholas Casewell, cientista da Liverpool School of Tropical Medicine. Casewell conta que os estudos sobre o fang blenny feitos nos anos 70 observaram o comportamento de peixes maiores. "Eles colocavam os blennies na boca, mas rapidamente começavam a tremer e a abriam novamente. O fang blenny simplesmente nadava para fora." Ao analisar a composição do veneno dos peixinhos, os cientistas descobriram o opiáceo, composto conhecido como potente analgésico e usado tanto como remédio quanto droga recreativa, como no caso da heroína. Mas esse tipo de composto causa também queda na pressão sanguínea, levando a tonturas e estado de fraqueza. "Isso parece causar nos predadores uma perda de coordenação, permitindo que o blenny fuja", completa Casewell.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Jacaré enorme invade campo de golfe e assusta golfistas nos EUA


Um enorme aligátor (jacaré americano) foi flagrado caminhando tranquilamente na segunda-feira (27) em um campo de golfe em Kiawah Island, no estado da Carolina do Sul (EUA), enquanto os golfistas estavam a poucos metros de distância. A americana Carrie Moores disse que estava tirando fotos da partida de golfe quando flagrou o enorme réptil. Segundo ela, os golfistas estavam de costas e não viram o animal. Rapidamente, após tirar as fotos, Carrie avisou os jogadores sobre a aproximação do jacaré. "Eles pularam nos carrinhos e fugiram em segurança", disse ela.

Peixes-boi não são mais espécie em perigo de extinção


Os peixes-boi não são mais uma espécie "em perigo" de extinção, disseram autoridades americanas nesta quinta-feira (30), declarando sucesso após décadas de esforços para recuperar a população desses animais na Flórida e na região do Caribe. A população de peixes-boi das Índias Ocidentais na Flórida tem hoje cerca de 6.620 exemplares, "uma reviravolta dramática em relação à década de 1970, quando restavam apenas algumas centenas de indivíduos", disse uma declaração do Serviço para Peixes e Vida Selvagem dos Estados Unidos. Os peixes-boi são agora considerados "ameaçados", o que significa que eles estão protegidos pela Lei de Espécies Ameaçadas de Extinção, mas já não são considerados em perigo iminente de extinção em todas as suas variedades. A decisão se aplica ao peixe-boi das Índias Ocidentais, que inclui a subespécie do peixe-boi da Flórida, encontrada no sudeste dos Estados Unidos. Também se aplica ao peixe-boi antilhano, encontrado em Porto Rico, México, América Central, norte da América do Sul e Grandes e Pequenas Antilhas. "Embora ainda haja mais trabalho a ser feito para recuperar totalmente as populações de peixes-boi, particularmente no Caribe, o número de peixes-boi está aumentando e estamos trabalhando ativamente com parceiros para enfrentar as ameaças", disse Jim Kurth, diretor do Serviço para Peixes e Vida Selvagem.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Após ciclone, tubarão é achado em rua de cidade australiana



A passagem do ciclone "Debbie", com ventos de 260 km/h, causou estragos e pânico no estado de Queensland, no nordeste da Austrália, mas também imagens inusitadas. Philip Calder, um jornalista que cobria o fenômeno natural para a emissora de TV Win News , fotografou um tubarão morto e coberto de lama em uma rua da cidade de Ayr, um dos locais afetados pelas enchentes provocadas pelo ciclone. Segundo Calder, o tubarão virou o principal tema de conversas no município, e muitas pessoas se aproximaram para tocá-lo. O "Debbie" perdeu força após tocar a terra firme, na última terça-feira (28).

sexta-feira, 24 de março de 2017

Tubarão-lixa que era mantido em aquário de casa em Ribeirão Preto é resgatado


Uma equipe de biólogos fez o transporte de um tubarão-lixa que estava morando no aquário de uma residência em Ribeirão Preto (SP). O animal, que está na lista de espécies ameaçadas de extinção, foi parar na casa após o dono ter adquirido o mesmo achando que ele não iria aumentar de tamanho. Ao notar que se tratava de um tubarão maior e que iria continuar crescendo, ele decidiu fazer uma entrega voluntária. O oceanógrafo Hugo Gallo Neto explica que essa não é a primeira vez que se depara com uma situação similar e conta que já realizou resgates em outras cidades sob condições similares no passado. O tubarão resgatado apresenta boas condições de saúde e agora será observado por veterinários até poder ser encaminhado a um ambiente próprio para ele. “Ele estava em um aquário há três anos e meio, cresceu e o proprietário, já preocupado com o animal, decidiu fazer uma entrega voluntária. Ele comunicou um órgão ambiental, o qual nos encaminhou e fomos buscar o animal em Ribeirão Preto”, explica Hugo. Inicialmente, o tubarão-lixa chegou às mãos do dono quando media aproximadamente 60 centímetros de comprimento. Segundo o oceanógrafo, o dono acreditou que ele não deveria ficar muito maior do que já estava e decidiu mantê-lo no aquário em sua casa. Com o passar dos anos, entretanto, o ‘pet’ acabou chegando a 1,70 m. “Ele foi deixando e acho que a pessoa, às vezes, quando vê que o animal entra na lista de ameaçados de extinção acaba sentindo medo de estar cometendo uma ilegalidade. Nesse caso, uma conhecida do dono ajudou a convencê-lo a fazer isso e quando finalmente conversamos ele ficou mais tranquilo ao saber que não ia sofrer nenhuma sanção”, diz. O resgate do tubarão foi realizado nesta quarta-feira (22) e o oceanógrafo explica que os donos de animais selvagens devem saber que é possível realizar uma entrega voluntária dos mesmos sem que o proprietário sofra qualquer tipo de penalidade. “Ao fazer uma entrega voluntária, os órgãos entendem que não existe uma aplicação de penalidade. A pessoa fica legalizada e o animal é encaminhado para um lugar melhor onde haverá cuidado constante, com mais espaço. É importante que exista um esclarecimento para que essas pessoas saibam como agir”, finaliza. O tubarão-lixa deverá seguir recebendo atendimento das equipes do Aquário de Ubatuba até que esteja apto para ser encaminhado para seu próprio tanque.

terça-feira, 21 de março de 2017

Ameaçada de extinção, vaquita marinha é encontrada morta em praia do México


Uma vaquita marinha, menor cetáceo do mundo, foi encontrada morta em uma praia no Golfo da Califórnia, no México. Em fevereiro, pesquisadores advertiram que há apenas 30 vaquitas restantes no mundo. Eles alertaram que a espécie pode ser extinta até 2022. Apesar das operações para interceptar redes de pesca ilegais no país, a situação dessa cetáceo é preocupante. "Com a taxa atual de perda, a vaquita seria extinta até 2022, a menos que a atual proibição a redes de pesca seja mantida e aplicada efetivamente", aponta. Uma análise realizada em novembro passado no Golfo da Califórnia, no noroeste do México, revelou que restavam apenas cerca de 30 vaquitas em seu habitat. Um censo anterior tinha encontrado, entre setembro e dezembro de 2015, o dobro de exemplares, enquanto em 2014 havia 100, e em 2012, cerca de 200. Em um esforço desesperado para salvar a vaquita, os cientistas propuseram capturar espécimes e transportá-los a um espaço cercado no Golfo da Califórnia, onde possam se reproduzir. Alguns ambientalistas se opõem a esta medida, devido ao risco de que as vaquitas morram durante o processo. Lorenzo Rojas-Bracho, membro do Cirva, disse à AFP que os cientistas tentarão capturar vaquitas em outubro. "A pesca ilegal continua, e se não as recolhemos vão morrer de todos os modos", assegurou. As autoridades e os ambientalistas estimam que as vaquitas morreram durante anos em redes destinadas a pescar ilegalmente outra espécie ameaçada, um grande peixe chamado totoaba, cuja bexiga natatória seca tem grande demanda no mercado negro da China. O Cirva recomenda colocar "urgentemente" as vaquitas em um santuário temporário nesta primavera (boreal) e mantê-las nesse lugar durante um ano, embora reconheça que pode ser difícil, ou até impossível, pôr em prática esta medida de conservação. "Ainda não está claro se as vaquitas podem ser capturadas de forma segura ou como reagiriam à manipulação, transporte e confinamento", afirma o comitê.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Cientistas divulgam boa notícia sobre pinguins


Cientistas revisaram o número de pinguins-de-adélia que habitam o leste da Antártida e descobriram que há mais exemplares do que o estimado. Cerca de 6 milhões de aves da espécie vivem nos 5 mil quilômetros da costa leste do continente gelado, mais que o dobro do número estimado anteriormente. A pesquisa realizada por uma equipe australiana, francesa e japonesa usou métodos aéreos e terrestres, como a etiquetagem, revisão de dados e análise de imagens de vídeos ao longo de várias épocas da reprodução, o que lhes permitiu chegar ao novo número. A estimativa inicial era que havia cerca de 2,4 milhões de pinguins da espécie na área analisada, porém, o estudo revelou que o número era 3,6 milhões maior do que o esperado. Os pesquisadores estimaram a população global entre 14 e 16 milhões de pinguins. Anteriormente, a estimativa só havia levado em conta os casais reprodutores, explicou a especialista em ecologia de aves marinhas Louise Emmerson, da Divisão Australiana da Antártida. "As aves que não são reprodutoras são mais difíceis de contar, porque estão longe, procurando comida no mar ao invés de fazerem ninho em colônias na terra", explicou Emmerson. "No entanto, nosso estudo no leste da Antártida mostrou que os pinguins-de-adélia não reprodutores podem ser tão abundantes, ou mais, que os reprodutores. Essas aves são uma importante reserva de futuros reprodutores e estimar o seu número permite que tenhamos um maior entendimento das necessidades alimentares de toda a população", disse Emmerson. Pesquisadores afirmam que a pesquisa tem implicações para a conservação marinha e terrestre. A contagem serve para estimar, por exemplo, a quantidade de krills e peixes necessários para alimentar a população da ave. "Estima-se que cerca de 193 mil toneladas de krill e 18,8 mil de peixes são consumidos por pinguins-de-adélia durante a época de reprodução", afirmou Emmerson. A Comissão de Conservação de Recursos Marinhos da Antártida pretende usar essa informação para limitar a pesca de kriil. Os pinguins-de-adélia foram descobertos em 1840 pelo explorador francês Jules Dumont d'Urville, que nomeou a espécie em homenagem à esposa. Embora abundantes, eles enfrentam ameaças devido às mudanças climáticas, ao recuo do gelo no mar e o declínio da população de krills, segundo a ONG WWF.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Pesquisadores brasileiros e argentinos descobrem fluorescência em rã



Pesquisadores de Brasil e Argentina identificaram fluorescência em uma rã arborícola encontrada na América do Sul, informou na quinta-feira (16) à AFP um dos autores do estudo. "Este caso é o primeiro registro científico de uma rã fluorescente. Não há relatos precedentes sobre isto, e também sobre estas moléculas que podem ser fluorescentes", declarou Carlos Taboada, um dos pesquisadores. Em um laboratório do Museu Argentino de Ciências Naturais de Comodoro Rivadavia (MACN), em Buenos Aires, Taboada explicou à AFP o alcance do trabalho do qual participou. Taboada trabalha na equipe liderada pelo argentino Julián Faivovich, principal pesquisador do MACN e do Conselho Nacional de Ciência e Técnica (Conicet), cuja descoberta foi recentemente publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Além dos argentinos, participaram da pesquisa os brasileiros Andrés Brunetti e Fausto Carnevale, ambos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Segundo Faivovich, a descoberta "modifica radicalmente o que se conhece sobre a fluorescência em ambientes terrestres, permitiu encontrar novos compostos fluorescentes que podem ter aplicações científicas ou tecnológicas, e gera novas perguntas sobre a comunicação visual entre anfíbios". Integrante do departamento de Biodiversidade e Biologia Experimental da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais da Universidade de Buenos Aires, o pesquisador explica que a origem da fluorescência se deve a "uma combinação da emissão (de compostos) das glândulas da pele e da linfa, que é filtrada pelas células pigmentares também da pele, que nesta espécie é translúcida". Há seis anos, a equipe tentava explicar a origem metabólica dos pigmentos em rãs quando encontraram a fluorescência, revelou Taboada em entrevista no laboratório biológico.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Jacarés e crocodilos fogem de zoológico após fortes chuvas no Peru


Sete jacarés e dois crocodilos fugiram de um zoológico inundado pelo transbordamento de um rio no norte do Peru, informou o Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre (Serfor). "O transbordamento do rio Motupe avançou para as instalações do zoológico Las Pirkas e isso fez com que os répteis fugissem", disse à rádio RPP o engenheiro Rafael Velásquez, funcionário do Serfor. Velásquez disse que junto com a polícia estão realizando operações para capturar os répteis que fugiram na terça-feira do zoológico em Jayanca, a 800 km de Lima. "Por enquanto capturamos três jacarés e um crocodilo que estavam perto", assinalou. "Estamos informando a população para que avisem se os virem, mas para que não se aproximem", comentou. Outros animais que estavam no zoológico, como macacos, pinguins e tartarugas, foram transferidos para outros locais, mas ainda faltam papagaios e outras aves, assinalou o funcionário.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Proliferação de algas forma manchas verdes gigantes no Mar Arábico


O golfo de Omã se torna verde duas vezes por ano, quando uma proliferação de algas do tamanho do México se espalha pelo Mar Arábico até a Índia. Cientistas que estudam a alga dizem que os organismos microscópicos estão prosperando nas novas condições provocadas pela mudança climática e deslocando o zooplâncton que faz parte da cadeia alimentar da região, ameaçando todo o ecossistema marinho. Há 30 anos, as criaturas microscópicas sob a superfície do Golfo de Omã eram invisíveis. Agora, elas formam manchas gigantes que podem até ser vistas de satélites. Proliferações de algas como essas já destruíram ecossistemas em vários locais do mundo. A alga pode paralisar peixes, entupir suas brânquias e absorver oxigênio de modo a sufocá-los. Baleias, tartarugas, golfinhos e peixes-boi já morreram por causa das toxinas das algas no Atlântico e Pacífico. Essas toxinas se infiltraram na cadeia alimentar marinha e, em casos raros, provocaram até a morte de humanos. Ao longo dos últimos 15 anos, os pesquisadores Joaquim Goes, Khalid al-Hashmi e Helga do Rosario Gomes têm monitorado a proliferação desse tipo de alga no Mar Arábico usando barcos, satélites e sensores remotos. Goes afirma que as algas causaram um "curto-circuito" da cadeia alimentar, ameaçando outras formas de vida marítima. "Normalmente essas coisas acontecem lentamente, geralmente em centenas de anos. Aqui, está acontecendo do dia para a noite", diz. O excesso de algas representa uma ameaça para Omã, já que o problema pode afetar a pesca e o transporte marítimo.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Corais da Grande Barreira da Austrália voltam a apresentar branqueamento



Os arrecifes da Grande Barreira de Corais australiana voltaram a branquear pelo segundo ano consecutivo, indicaram nesta sexta-feira (10) responsáveis científicos. O ecossistema que se estende sobre 2.300 km - o maior do mundo - sofreu no ano passado o episódio mais grave de branqueamento já visto, devido à mudança das temperaturas do oceano em março e abril. Novamente os arrecifes de corais sofreram uma descoloração, observou o parque marinho da Grande Barreira de Corais. "Infelizmente, as temperaturas foram elevadas neste verão na Grande Barreira de Corais, e estamos aqui para confirmar um novo caso de branqueamento maciço pelo segundo ano consecutivo", declarou o diretor do parque, David Wachenfeld, em um vídeo publicado no Facebook. O branqueamento dos corais é um fenômeno de enfraquecimento que se traduz em uma descoloração, provocada pelo aumento da temperatura da água. Isso leva à expulsão das algas simbióticas que dão aos corais sua cor e seus nutrientes. A Grande Barreira, inscrita no Patrimônio da Humanidade desde 1981, está ameaçada pelas mudanças climáticas, por inundações agrícolas, desenvolvimento econômico e proliferação de estrelas do mar que destroem os corais.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Jacaré é flagrado em piscina de casa de família na Flórida


Um jacaré foi flagrado "tomando um banho" na piscina de uma família no condado de Martin, na Flórida, na manhã desta terça-feira, 07/03. Funcionários do controle animal da cidade retiraram o réptil da piscina e o devolveram a um rio próximo. A polícia do condado divulgou uma foto do jacaré, tirada de cima.

Água de lago australiano fica rosa por conta de fenômeno natural


A água de um lago australiano se tingiu de rosa, um fenômeno natural causado pelo alto nível de sal e pelas altas temperaturas, anunciaram nesta quinta-feira seus responsáveis. "O rosa brilhante aparece em quase todos os verões e é provocado por uma planta unicelular conhecida como Dunalliela que reage aos níveis extremos de sal no lago", disse Mark Norman, diretor científico da Parks Victoria, a entidade que administra os parques do estado de Victoria. "É um fenômeno totalmente natural, embora muitas vezes nos digam que parece um acidente industrial com tinta rosa", acrescentou. O lago, situado no parque Westgate, nos arredores de Melbourne, atrai mais de 140 espécies de pássaros e nos últimos dias muitos turistas, que são proibidos de tocar a água rosa para evitar a coceira causada pelo sal.

terça-feira, 7 de março de 2017

Tartaruga chamada 'Banco' passa por cirurgia para retirada de 915 moedas na Tailândia



Uma tartaruga marinha passou por uma cirurgia na faculdade de veterinária da Universidade de Chulalongkorn, na Tailândia, para a retirada de 915 moedas. Os veterinários operaram nesta segunda-feira (6) a tartaruga, que engoliu as moedas que foram lançadas durante anos por turistas em sua piscina na cidade de Sri Racha. Muitos tailandeses acreditam que jogar moedas em tartarugas traz longevidade. O acúmulo de moedas criou um peso extra de cinco quilos no estômago da tartaruga. Cinco veterinários da faculdade removeram as moedas durante uma cirurgia de quatro horas quando "Banco" estava sob anestesia geral.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Mulher encontra jacaré de 2 metros na frente de casa em João Pessoa


Uma moradora do bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, levou um susto ao acordar na manhã desta quinta-feira (2). A dona de casa Irene Soares encontrou um jacaré de aproximadamente 2 metros de comprimento em frente à casa onde mora. Para evitar que alguém se machucasse, ela deixou o animal entrar no terraço da casa. Ninguém ficou ferido. O réptil foi capturado pela Polícia Militar e levado para o Centro de Triagem do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), em Cabedelo, na Grande João Pessoa. Segundo a polícia, o jacaré é do tipo papo amarelo e tem cerca de 2 metros de comprimento. Ele foi achado por volta das 6h, no portão da casa. "Meu filho ia saindo para trabalhar e me chamou: 'Mamãe, tem um jacaré aqui no portão!'. Aí encheu de gente e começou a mexer com ele [o jacaré]", conta a dona da casa. Em seguida, com medo de que alguém levasse uma mordida do animal, ela abriu o portão e deixou o jacaré entrar no terraço. "Eu coloquei aqui dentro, por que seria melhor, né? Eu ia sair com as crianças para a escola, desisti porque não deu. E chamei a polícia", lembra. A polícia chegou ao local por volta das 9h e fez o resgate do animal. "É uma captura que exige bastante cautela, uma vez que esse animal é muito perigoso. [Em] Uma mordida, você pode facilmente perder um membro. Então, precisamos ter a presença de duas viaturas. E, mesmo assim, levamos cerca de 30 minutos para poder efetuar a captura", relata o cabo Joel, do Batalhão de Polícia Ambiental.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Expedição em corais na costa do Amapá revela novas espécies de peixes




A expedição inédita do Greenpeace que ao longo de 20 dias percorreu a costa do Amapá, revelou as primeiras descobertas sobre os recifes de corais recém-descobertos na foz do rio Amazonas. Os pesquisadores apontaram três possíveis novas espécies de peixes, além de um paredão de granito com 70 metros de altura e 10 quilômetros até então inesperado pela equipe. As novas espécies seriam duas de peixe-borboleta e uma de budião-sabão. O ecossistema dos recifes, que tem pelo menos 9.500 quilômetros quadrados, foram identificados em maio de 2016. A expedição a bordo do navio Esperanza se concentrou em uma área 100 quilômetros da costa de Oiapoque. Os primeiros corais foram observados a 180 metros de profundidade. “O próximo passo é continuar o estudo, tentar encontrar esses peixes e estudá-los de acordo com o seu DNA. Só assim teremos certeza de que são uma espécie até então não catalogada pela ciência”, detalhou o professor Ronaldo Francini Filho, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que foi o primeiro pesquisador a chegar nos recifes através de um mini-submarino. Descoberto somente nos últimos dias da expedição, que encerrou na quinta-feira (16), o paredão, aparentemente de granito, com 10 quilômetros de comprimento é totalmente diferente das características comuns do ecossistema submarino até então identificado na região. A estrutura também estava tomada por corais. “Se comprovarmos que é realmente granito, vai ser algo bem importante. Não existe nenhum relato desse tipo de rocha numa área de 50 mil quilômetros quadrados aqui na plataforma em que estamos”, explicou Nils Asp, docente da Universidade Federal do Pará (UFPA). A proposta da expedição é chamar a atenção de petrolíferas que ganharam o leilão para explorar a costa do estado, o que, segundo os ativistas, poderia acabar com a vida dos corais. "Mostramos por que não podemos deixar que empresas explorem petróleo na região da foz do rio Amazonas. Ainda mais se pouco conhecemos esse ecossistema", disse Thiago Almeida, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. Para o Greenpeace, os recifes estão ameaçados pelo fato de estarem localizados dentro dos lotes a serem explorados pelas duas petrolíferas que ganharam a licitação feita pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), em 2013. O arremate total foi de R$ 802 milhões.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Jacaré amazônico pode ficar até 70 dias sem comer para proteger ninhos



Jacarés fêmea da espécie Jacaretinga podem resistir por longos períodos sem alimentação para proteger os ninhos, apontam pesquisadores. De acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Mamirauá, o período reprodutivo desses animais é influenciado pelo ciclo dos rios. O período de reprodução associado ao acompanhamento do ninho influencia na composição da dieta do jacaré amazônico. Os dados foram apontados em um artigo publicado no período científico internacional Herpetological Journal, da Sociedade Britânica de Herpetologia. O estudo foi realizado na Reserva Piagaçu Purus, a aproximadamente 350 km de Manaus, e avaliou as diferenças entre a dieta de fêmeas desta espécie de jacaré amazônico (Caiman crocodilus) em período de incubação dos ovos e fêmeas fora desse período. O período de reprodução, junto ao acompanhamento do ninho, está ligado à escolha das presas e a frequência da alimentação durante a incubação dos ovos. "A composição da dieta destas fêmeas difere significativamente de outras fêmeas não nidificantes (que não constroem ninhos). Acreditávamos que, na época de nidificação, as fêmeas, que investem uma grande quantidade de energia na vigilância e cuidado dos ninhos, usando reservas internas de energia. O que pode acontecer com outras espécies também", comentou Robinson Botero-Arias, pesquisador do Instituto Mamirauá. Durante a pesquisa, foi avaliado o conteúdo estomacal de 33 fêmeas que estavam vigiando os ninhos, e de 16 que estavam sem ninhos. Os animais foram pesados, medidos e marcados pelos pesquisadores, e o conteúdo estomacal foi obtido após lavagem estomacal. "As fêmeas no ninho se alimentaram com as presas disponíveis próximo a seu entorno. E esta disponibilidade é diferente para as fêmeas não nidificantes, as que talvez tenham mais opções de presas. Por isso, 70% da composição da dieta das fêmeas nidificantes é de invertebrados", explicou o pesquisador, por meio da assessoria. De acordo com o pesquisador, o cuidado parental de ninhos e filhotes é um comportamento característico entre os crocodilianos, como uma estratégia das fêmeas para garantir a sobrevivência dos filhotes. O período reprodutivo desses animais é influenciado pelo ciclo dos rios, a construção dos ninhos ocorre durante a vazante, que geralmente inicia em setembro. Para a Jacaretinga, o período de incubação dos filhotes dura entre 60 e 70 dias, e a mãe acompanha e protege seus filhotes por mais de um ano. A pesquisa realizada, segundo o pesquisador, ajuda no desenvolvimento de estratégias de conservação para o animal ou a área em que habita. "Esta informação, por exemplo, reforça a vulnerabilidade das fêmeas num momento importante dentro do processo de dinâmica populacional. Por isso, é importante, quando pensamos em áreas protegidas (unidades de conservação) como as Reservas Mamirauá ou Piagaçu Purus, ter estas informações para o estabelecimento de áreas de preservação, por exemplo", completou o pesquisador.

Foca pega carona em caiaque durante passeio na Escócia


Um homem e uma mulher navegavam em seus caiaques no estuário do rio Forth, na Escócia, quando tiveram uma surpresa. (Assista ao vídeo) Uma foca não só apareceu no meio do caminho, como resolveu pegar uma carona com eles. O animal se aproximou e, para diversão da dupla, subiu em um dos caiaques - e ficou por lá. A foca passou um tempo descansando enquanto eles navegavam - só voltou para a água depois de 1,5 km. "Foi uma experiência incrível", eles disseram.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Gelo marinho ao redor da Antártica alcança baixa recorde.


O gelo marinho em volta da Antártica encolheu para a sua menor extensão anual já registrada depois de resistir por anos à tendência de aquecimento global provocado pelo homem, mostraram dados preliminares norte-americanos por satélite nesta terça-feira (14). O gelo flutuando ao redor do continente gelado geralmente se derrete para alcançar o seu menor registro do ano ao redor do fim de fevereiro, verão no hemisfério sul, e depois aumenta novamente com a chegada do outono. Neste ano, a extensão do gelo marinho contraiu para 2,287 milhões de quilômetros quadrados em 13 de fevereiro, segundo as informações diárias do centro de dados norte-americano sobre gelo e neve. Essa extensão é uma fração menor do que a baixa anterior de 2,290 milhões de quilômetros quadrados de 27 de fevereiro de 1997, em registros por satélite que vêm desde 1979. Mark Serreze, diretor do centro de dados norte-americano, disse que esperaria as medições dos próximos dias para confirmar a baixa recorde. “Contudo, a não ser que algo estranho tenha acontecido, estamos diante de um mínimo recorde na Antártica. Algumas pessoas dizem que já aconteceu”, afirmou ele à Reuters. “Tendemos a ser conservadores e a olhar a média de cinco dias.”

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

'Jacaré laranja' chama atenção em lago nos EUA


Um aligátor (jacaré americano) chamou atenção para apresentar uma cor alaranjada nas margens de um lago em Hanahan, no estado da Carolina do Sul (EUA). Jay Butfiloski, do Departamento de Recursos Naturais da Carolina do Sul, disse que o animal pode ficado com tal cor por ter se abrigado durante o inverno em uma tubulação de aço que estava oxidado. Especialistas disseram que que o jacaré vai trocar de pele em breve e provavelmente voltará à cor normal.

Mudanças climáticas ameaçam sobrevivência do pinguim africano, alerta estudo


As mudanças climáticas e a pesca excessiva deixaram os jovens pinguins africanos, espécie em risco de extinção, confusos sobre onde encontrar comida, e eles estão morrendo em grande quantidade em consequência disso - disseram pesquisadores nesta quinta-feira (9). Um estudo publicado na revista científica "Current Biology" descreve uma situação difícil para os pinguins africanos, cuja população jovem deve reduzir em 50% em algumas das áreas mais afetadas da costa da Namíbia e da África do Sul, segundo projeções. "Nossos resultados mostram que os pinguins africanos ficam presos, buscando comida nos lugares errados, devido à pesca e às mudanças climáticas", disse o autor principal do estudo, Richard Sherley, da Universidade de Exeter e da Universidade de Cape Town. O problema aparece quando os pinguins jovens deixam suas colônias pela primeira vez e viajam longas distâncias, procurando no oceano sinais de áreas com abundância de peixes e plânctons. Esses sinais incluem áreas do mar com baixas temperaturas e alta clorofila, o que indica a presença de plâncton e, provavelmente, de peixes que se alimentam deste, como sardinhas e anchovas. "Estas eram pistas confiáveis para águas ricas em presas, mas as mudanças climáticas e a pesca industrial reduziram as reservas de peixes nesse sistema", disse Sherley. "Esses sinais agora podem levá-los a lugares onde esses peixes, a principal presa dos pinguins, são escassos", acrescentou. Os pesquisadores usaram satélites para rastrear pinguins africanos jovens de oito locais em toda sua área de reprodução. Eles descobriram que muitos pinguins estavam ficando presos no Grande Ecossistema Marinho da Corrente de Benguela, uma área que se estende do sul de Angola até Cape Point, no Cabo Ocidental da África do Sul. A região sofre há décadas com a sobrepesca e as mudanças ambientais, que reduziram a quantidade de peixes. "Os pinguins ainda vão para locais onde o plâncton é abundante, mas os peixes não estão mais lá", completou Sherley. Os pinguins jovens que vão parar ali com frequência morrem de fome. "Seus números de reprodução estão cerca de 50% mais baixos do que estariam se eles encontrassem seu caminho para outras águas, onde o impacto humano é menos grave", explicou o estudo. Os pinguins africanos são considerados uma espécie ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), com cerca de 50 mil exemplares restantes na Namíbia e na África do Sul, devido principalmente à escassez de alimentos.

O encalhe trágico de mais de 600 baleias em praia da Nova Zelândia


Equipes de resgate trabalhavam para tentar salvar 400 baleias-piloto que encalharam na madrugada de quinta para sexta-feira na costa da Nova Zelândia, quando mais 200 animais chegaram à costa neste sábado (11). Até agora, o encalhe trágico já contabiliza mais de 600 baleias em apenas três dias. Em um dos piores casos já registrados no país, pelo menos 300 cetáceos já morreram na praia de Farewell Spit, apesar do esforço das equipes, que fizeram uma verdadeira corrente humana para tentar levar os animais de volta ao mar. Cerca de 100 baleias do primeiro encalhe foram salvas e identificadas. Segundo Andrew Lamason, do Departamento de Conservação da Nova Zelândia, nenhuma das baleias que chegou à costa neste sábado possuía identificação, o que indica que seria de fato um novo grupo. Mais de 300 dos 400 animais da primeira leva morreram enquanto as equipes de resgate tentavam salvá-los. Outros 20 foram mortos pelas equipes porque estavam em condições precárias de saúde e não sobreviveriam. As autoridades ainda não sabem como vão descartar as carcaças dos animais. De acordo com Lamason, jogar no mar não é uma possibilidade já que os restos se tornariam gasosos e flutuariam até as praias. Centenas de moradores e agentes de proteção ambiental participam da operação de resgate, que começou na manhã de sexta-feira. Um dos voluntários disse que pessoas "de todas as partes do mundo" trabalham para tentar salvar a vida das baleias. Ainda não se sabe a razão que levou tantos cetáceos a encalharem em poucos dias na costa do país. Uma das teorias analisadas é a de que as baleias foram "empurradas" para a praia por tubarões, já que vários animais mortos apresentavam mordidas pelo corpo. Outra hipótese levantada por Herb Christophers, do Departamento de Conservação, é a de que as baleias encalharam ao tentar nadar em torno da ilha sul da Nova Zelândia, e erraram a navegação, acabando na praia. Segundo ele, trata-se de um lugar muito difícil para baleias perdidas. Muitos desses incidentes acontecem em Farewell Spit. de acordo com especialistas, as águas rasas da praia parecem confundir os cetáceos, dificultando sua capacidade de navegar. Danny Glover, um dos socorristas presentes no local, contou à BBC que a praia é conhecida como uma "armadilha para baleias", devido a sua surpreendente variação de maré, que pode chegar a até 5 quilômetros, mas com apenas 3 metros de profundidade. Mas há outras hipóteses para os encalhes dos cetáceos. Em alguns casos, os animais estão doentes, com idade avançada, feridos ou cometem erros de navegação, especialmente quando se trata de praias com inclinação suave. E, muitas vezes, quando uma baleia encalha, ela envia um sinal de socorro para atrair outros membros de seu grupo, que por sua vez também acabam encalhando quando a maré baixa. Há ainda a hipótese do "suicídio": algumas baleias seguiriam para as praias e encalhariam voluntariamente porque estariam muito doentes para continuar nadando. Nesses casos, por causa da estrutura social do baleal, os animais seguiriam aqueles mais fracos e encalhariam como um ato altruísta, para continuar cuidando dos membros mais frágeis da família. De acordo com o New Zealand Herald, o Departamento de Conservação recebeu o alerta sobre um possível encalhe na noite de quinta-feira. Porém, como era arriscado iniciar a operação de resgate no escuro, os trabalhos só começaram na manhã desta sexta-feira. A voluntária Ana Wiles contou que algumas baleias tentaram nadar de volta à costa, e a corrente humana estava tentando fazer com que elas fossem para águas profundas. Ela relatou ao site de notícias Stuff que havia "muitas barbatanas no ar, sem respiração". "Conseguimos fazer algumas baleias flutuarem, mas havia uma quantidade horrível de mortos na parte rasa, então foi realmente muito triste", disse Ana Wiles. "Uma das coisas mais bacanas foi que conseguimos salvar um casal (de baleias), e tiveram filhotes", acrescentou. A Nova Zelândia tem uma das maiores taxas de encalhe no mundo, com cerca de 300 golfinhos e baleias desembarcando em suas praias todos os anos, de acordo com o Project Jonah. Em fevereiro de 2015, cerca de 200 baleias encalharam no mesmo local, sendo que pelo menos metade morreu.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Com apenas 30 exemplares, boto mexicano está à beira da extinção


Com apenas 30 exemplares restantes no mundo, a vaquita marinha do México, o menor cetáceo do mundo, está à beira da extinção, apesar das operações para interceptar redes de pesca ilegais no país, indicaram cientistas. "A situação, que já era crítica, piorou apesar das medidas de conservação", indicou um relatório do Comitê Internacional para a Recuperação da Vaquita (Cirva). "Com a taxa atual de perda, a vaquita seria extinta até 2022, a menos que a atual proibição a redes de pesca seja mantida e aplicada efetivamente", aponta. Uma análise realizada em novembro passado no Golfo da Califórnia, no noroeste do México, revelou que restavam apenas cerca de 30 vaquitas em seu habitat, indica o texto. Um censo anterior tinha encontrado, entre setembro e dezembro de 2015, o dobro de exemplares, enquanto em 2014 havia 100, e em 2012, cerca de 200. Em um esforço desesperado para salvar a vaquita, os cientistas propuseram capturar espécimes e transportá-los a um espaço cercado no Golfo da Califórnia, onde possam se reproduzir. Alguns ambientalistas se opõem a esta medida, devido ao risco de que as vaquitas morram durante o processo. Lorenzo Rojas-Bracho, membro do Cirva, disse à AFP que os cientistas tentarão capturar vaquitas em outubro. "A pesca ilegal continua, e se não as recolhemos vão morrer de todos os modos", assegurou. As autoridades e os ambientalistas estimam que as vaquitas morreram durante anos em redes destinadas a pescar ilegalmente outra espécie ameaçada, um grande peixe chamado totoaba, cuja bexiga natatória seca tem grande demanda no mercado negro da China. O Cirva recomenda colocar "urgentemente" as vaquitas em um santuário temporário nesta primavera (boreal) e mantê-las nesse lugar durante um ano, embora reconheça que pode ser difícil, ou até impossível, pôr em prática esta medida de conservação. "Ainda não está claro se as vaquitas podem ser capturadas de forma segura ou como reagiriam à manipulação, transporte e confinamento", afirma o comitê.

Dois golfinhos e uma tartaruga são achados mortos em praias de Maceió



Dois golfinhos e uma tartaruga foram encontrados mortos em menos de 24 horas em Maceió. Um deles foi na manhã desta quarta-feira (8), na Praia de Ipioca. Ainda não se sabe as causas da morte e a espécie do animal. Na tarde de terça (7), os biólogos acharam na Jatiúca um outro golfinho em avançado estado de decomposição e uma tartaruga-verde. De acordo com Bruno Stefanis, do Instituto Biota de Conservação, os animais foram encontrados durante o monitoramento do projeto Biota Mar, um aplicativo para smartphones pelo qual é possível fazer a foto do animal e ter as coordenadas geográficas do local. "O animal foi encontrado durante o monitoramento que fazemos três vezes por semana, de Maceió até a Barra de Santo Antônio", afirma. De acordo com Stefanis, o Biota costuma encontrar durante o ano cerca de 12 animais mortos, entre golfinhos e baleias, em Maceió, mas ele diz que o número vem crescendo. "Percebemos que esse número está aumentando, assim como nossos esforços para catalogar os animais no litoral", afirma.

Peixe mais velho do mundo em cativeiro é sacrificado em aquário dos EUA


O peixe mais velho do mundo mantido em cativeiro foi sacrificado pelo aquário Shedd, em Chicago, no estado de Illinois (EUA), devido à saúde debilitada. O peixe-pulmonado-australiano chamado Vovô foi adquirido pelo Aquário Shedd em 1933 e passou 84 anos no local, tendo sido visto por mais de 104 milhões de visitantes, segundo a presidente do aquário, Bridget Coughlin. De acordo com o aquário, a espécie pode viver mais de 100 anos e é protegida na Austrália, onde existe há quase 400 milhões de anos. Fósseis encontrados desse peixe mostram que a espécie permaneceu inalterada por mais de 100 milhões de anos. Uma porta-voz do aquário Shedd disse que a idade exata de Vovô era desconhecida, mas que ele deveria ter mais de 90 anos. O peixe-pulmonado-australiano é nativo dos rios Mary e Burnett, em Queensland, na Austrália.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Andada do caranguejo-uça começa e captura fica proibida no ES


O primeiro período de 'andada' do caranguejo-ucá começa no dia 28 de janeiro e termina no dia 4 de fevereiro em todo o Espírito Santo - exceto no município de Anchieta, onde teve início no dia 13 e termina nesta quinta-feira (19). Nesse intervalo, é proibido capturar, transportar, armazenar e comercializar os animais. O objetivo é a preservação da espécie e a reprodução. O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) vai intensificar a fiscalização e as ações educativas, já que a pesca predatória ameaça a sustentabilidade dos recursos pesqueiros. Quem desobedecer às determinações vai ser responsabilizado por crime ambiental. A pena prevista é a detenção de um a três anos e multa. A 'andada' é o nome dado ao período reprodutivo do caranguejo-uçá, no qual os machos e fêmeas saem das tocas para o acasalamento e andam pelo manguezal para a liberação de ovos, tornando-se vulneráveis à pesca predatória. Durante os períodos da 'andada', não é permitido o estoque, mesmo que o crustáceo tenha vindo de outro estado ou país. As denúncias devem ser feitas através dos telefones 190, 181 ou 3636-1650. 

Andadas em 2017 (exceto o município de Anchieta): 
1º Período: de 28/01 a 04/02; 2º Período: de 27/02 a 05/03; 3º Período: de 28/03 a 03/04; 

No município de Anchieta: 1º Período: de 13/01 a 19/01 e 28/01 a 04/02; 2º Período: de 11/02 a 18/02 e 27/02 a 05/03; 3º Período: de 13/03 a 20/03 e 28/03 a 03/04.

As primeiras imagens das recém-descobertas formações de corais na foz do Amazonas



As primeiras imagens de um grande recife de corais descoberto na região amazônica no ano passado forram divulgadas por ativistas de preservação ambiental. O Recife de Corais da Amazônia é um sistema de 9,5 mil quilômetros quadrados formado por corais, esponjas e algas calcárias, segundo a ONG Greenpeace. A barreira de corais tem quase 1 mil km de extensão e fica na região onde o rio Amazonas encontra o oceano Atlântico. Mas os ativistas alertam que algumas empresas podem começar a prospectar petróleo na região se obtiverem permissão do governo brasileiro. "Esse sistema de recifes é importante por muitas razões, incluindo o fato de que ele tem características únicas em relação à disponibilidade de luz e condições físicas e químicas da água", segundo afirmou em um comunicado o pesquisador Nils Asp, da Universidade Federal do Pará. "Ele tem um grande potencial para novas espécies e também é importante para o bem-estar econômico de comunidades de pescadores ao longo da zona costeira amazônica." Os cientistas ficaram surpresos com a descoberta, ocorrida em abril de 2016. Isso porque eles pensavam ser improvável a descoberta de recifes na área devido a condições desfavoráveis, segundo um estudo publicado no jornal científico Science Advances. O sistema de recifes fica em profundidades que variam entre 25 e 120 metros de profundidade. Asp afirma que sua equipe quer mapear o sistema gradualmente. Até agora, somente 5% dele foi mapeado. "Nossa equipe quer ter um melhor entendimento de como esse ecossistema funciona, incluindo questões importantes como seus mecanismos de fotossíntese com condições limitadas de luz." Para o Greenpeace, a atividade de prospecção na área significa "um risco constante de derramamento de petróleo". Segundo o ativista Thiago Almeida, o processo de licenciamento ambiental para a exploração de petróleo já está ocorrendo. "O Parque Nacional do Cabo Orange, o ponto mais ao norte do Estado do Amapá, abriga o maior ecossistema contínuo de mangues do mundo, e não há tecnologia capaz de limpar petróleo de um lugar com essas características", afirmou. "Além disso, os riscos nessa área se elevam por causa de fortes correntes e sedimentos que são carregados pelo rio Amazonas." A organização afirma ainda que um eventual acidente com petróleo na região poderia em tese colocar em risco não só os corais, mas também espécies como o peixe-boi-marinho, o tracajá e a ariranha, ameaçadas de extinção segundo a lista da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) de 2014. O Greenpeace enviou seu navio Esperanza à região para retratar os corais e fazer campanha pela não prospecção de petróleo no local. O grupo afirmou que até agora 95 poços foram cavados na região. Deles, 27 foram abandonados devido a problemas mecânicos e o restante não foi adiante por não serem técnica ou economicamente viáveis.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Debilitado no ES, elefante-marinho 'Fred' precisa de tratamento


O elefante-marinho Fred, que reapareceu no estado no domingo (22), permanece na praia de Campo Grande, em São Mateus, Norte do Espírito Santo. Desde que chegou à praia, o animal começou a ser monitorado por pesquisadores do Instituto Baleia Jubarte, do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos, e de uma empresa privada. A veterinária Adriana Colosio disse que Fred perdeu muito peso nos últimos 15 dias, desde sua última aparição no litoral capixaba, e isso preocupa os pesquisadores. “Ele está bem magro, debilitado, sinal que está com alguma doença. Ele está precisando de medicamento, de intervenção, mas vamos entrar em um consenso para ver a melhor forma de fazer isso. Estamos cuidando pra ele não voltar pra água. Ele vai permanecer aqui até decidirmos como tratá-lo”, explicou a veterinária. Para garantir que Fred não volte para o mar antes de ser tratado, tapumes foram colocados ao redor do animal. Médicos veterinários do Instituto de Mamíferos Aquáticos, da Bahia, estão a caminho do Espírito Santo para se juntarem aos outros pesquisadores e iniciarem um tratamento no elefante-marinho . Fred visita o Estado desde a Copa do Mundo de 2014. Por se movimentar devagar, foi apelidado de Fred, jogador da Seleção Brasileira da época.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O misterioso dragão-marinho vermelho filmado pela 1ª vez nas profundezas do oceano


Pesquisadores conseguiram filmar pela primeira vez um exemplar vivo de uma espécie rara de dragão-marinho - o vermelho. (Assista ao vídeo) Até então, só eram conhecidas outras duas espécies do animal. Os biólogos já sabiam que ela existia com base em resíduos que chegaram à praia, mas não tinham certeza se era uma nova espécie ou não. O animal vive em uma zona mais profunda do mar que seus parentes, a mais de 50 metros de profundidade. Imagens foram capturadas em arquipélago australiano (Foto: Instituto de Oceanografia Scripps e da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD)/BBC) Para chegar até ele, foi preciso usar um equipamento com câmeras submersíveis. Agora, graças às imagens capturadas no aquipélago Recherche, na Austrália, foi possível confirmar que o dragão vermelho não tem apêndices em forma de folha, uma característica do dragão-marinho comum. Foi possível confirmar, portanto, tratar-se de uma nova espécie - ela mede 25 cm de comprimento e tem um rabo amarelo curvado. Raros, os dragões-marinhos vivem no litoral da Austrália.

Tubarão fêmea surpreende cientistas ao dar à luz após 3 anos sem contato com macho




Um tubarão fêmea foi capaz de reproduzir num aquário em Townsville, na Austrália, três anos após ter sido separada de macho da espécie. Mesmo sem fertilização, Leonie, exemplar de uma espécie conhecida como tubarão-zebra, botou três ovos com embriões e deu à luz a Cleo, CC e Gemini. É o primeiro caso registrado de troca natural de tipo de reprodução - de acasalamento por reprodução assexuada - envolvendo tubarões e o terceiro relatado entre todas as espécies de vertebrados, segundo o jornal britânico "The Guardian". A descoberta foi publicada na revista científica Nature nesta segunda-feira (16). Capturada no mar em 1999, Leonie foi introduzida a um macho no aquário de Townsville, na costa Leste da Austrália, em 2006. Dois anos depois, começou a botar ovos e teve várias ninhadas por acasalamento antes de ser separada de seu companheiro em 2012 - o aquário decidiu reduzir seu programa de criação à época. Cleo e CC são os primeiros caos relatados de filhotes de tubarão criados a partir apenas de uma fêmea que já havia acasalado anteriormente Cleo e CC são os primeiros caos relatados de filhotes de tubarão criados a partir apenas de uma fêmea que já havia acasalado anteriormente (Foto: Tourism and Events Queensland) O artigo da revista "Nature" explica que "partenogênese é uma forma natural de reprodução assexuada em que os embriões se desenvolvem na ausência de fertilização" e é mais comum em plantas e organismos invertebrados. Os pesquisadores explicam que usaram testes de DNA para relatar "a primeira demonstração" de reprodução sem sexo em um tubarão que já havia acasalado anteriormente. De acordo com o artigo da "Nature", Lolly - uma das filhotes fêmeas de Leoni concebidas com fertilização ainda no tempo em que ela dividia o aquário com um macho - também botou ovo com embrião sem ter convivido com um macho depois que atingiu a maturidade sexual. "A demonstração da partenogênese nesses dois indivíduos com diferentes histórias sexuais fornece mais apoio para (a tese de) que os peixes elasmobrânquios são capazes de adaptar de forma flexível sua estratégia reprodutiva às circunstâncias ambientais", diz o resumo do artigo. Em 2014, funcionários do aquário de Townsville observaram que os ovos de Leonie e de sua filha Lolly tinham embriões. Tentaram incubá-los, mas não obtiveram sucesso. No ano seguinte, Leonie e Lolly produziram ovos que continham embriões. Juntas, elas tiveram cinco filhotes vivos, dos quais dois (Cleo, que nasceu de Leonie, e Kitkat, que veio de um ovo de Lolly) permanecem em exposição no aquário de Townsville, segundo o "Guardian". O fato de algumas espécies de tubarão botarem ovos com embriões sem a presença de um macho não é algo atípico. Mas trata-se do primeiro registro de um tubarão que naturalmente trocou a forma de reprodução de fecundação por partenogênese. Os testes genéticos dos filhotes de Leonie que nasceram depois que ela foi separada do macho indicaram que eles são resultado da reprodução assexuada e não de esperma armazenado - tubarões fêmeas armazenam esperma vindo dos machos por até quatro anos. "A maioria dos casos documentados de partenogênese facultativa em vertebrados foram registados de fêmeas em cativeiro que não tiveram exposição a machos durante toda a sua vida reprodutiva", salienta o artigo publicado na Nature. Por isso, o caso de Leoni, que foi capaz de dar à luz após três anos sem acasalar com um macho, surpreendeu os cientistas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Mergulhador é atacado por tubarão e grava vídeo na Austrália



Um mergulhador foi atacado por um tubarão na costa da cidade de Queensland, na Austrália. Kerry Daniel, de 35 anos, conseguiu se defender com uma lança de pesca e gravou os momentos em que o animal se aproximou para o ataque. Nas imagens, o tubarão-cabeça-chata se aproxima em direção a Daniel pronto para a mordida. O animal é atingido pela lança dentro de sua arcada. Ele tenta se desvencilhar por um tempo. Depois, desiste e sai. “Ele arrancou a arma da minha mão e rasgou a linha [da lança] fora também”, disse Daniel ao “Daily Mail”. “Eu não percebi que a arma estava presa em sua boca. Fiquei esperando ele cuspir”. O mergulhador disse que não tem mais informações sobre o estado do tubarão. Espécie é conhecia por ser mais violenta e é comum em áreas costeiras e mais rasas nos trópicos.

Orcas entram na menopausa para evitarem competição com filhas, diz estudo



Cientistas britânicos conseguiram responder uma questão intrigante do mundo animal: por que a orca é uma das únicas espécies em que a fêmea entra na menopausa, assim como ocorre entre as humanas? Segundo um estudo, que levou em conta um conjunto de dados sobre orcas vivendo no Noroeste do Pacífico coletados durante 43 anos, as orcas param de se reproduzir e entram na menopausa para evitarem a competição com suas filhas. As orcas, também conhecidas como "baleias assassinas", começam a se reproduzir aos 15 anos e param quando chegam aos 30 ou 40. Depois disso, continuam a ter uma vida ativa e de liderança até os 90 anos. Estudos anteriores já tinham identificado o importante papel das orcas após a menopausa: elas são responsáveis por guiar os membros mais novos da comunidade para os locais mais favoráveis do oceano para se encontrar alimento. Porém, apenas o fato de elas se tornarem líderes depois de certa idade não justificaria, em termos evolutivos, a interrupção da fase reprodutiva. Segundo os pesquisadores, fêmeas de outras espécies também agem como líderes em idades mais avançadas e nem por isso param de se reproduzir. A análise dos dados coletados no Pacífico finalmente revelou uma resposta possível a esse mistério. Os cientistas constataram que quando orcas mais velhas se reproduzem ao mesmo tempo que suas filhas, a taxa de mortalidade dos filhotes das primeiras é 1,7 vezes maior do que a dos filhotes das mais jovens. Por isso as fêmeas mais velhas tendem a parar de se reproduzir quando fêmeas de uma geração mais nova começam a se reproduzir. Desta forma se evita a competição que pode ser nociva para a preservação da espécie.

Guia turístico morre atacado por crocodilos em reserva na África do Sul


Um guia turístico morreu ao ser atacado por crocodilos em uma reserva natural da África do Sul enquanto trabalhava em uma das balsas do complexo, informaram nesta segunda-feira (16) os veículos de imprensa sul-africanos. O incidente aconteceu neste fim de semana na reserva de Le Bonheur, situada na província de Cabo Ocidental, no sudoeste do país. Segundo a polícia, que abriu uma investigação sobre o incidente, o corpo do guia foi encontrado por seus colegas. Alguns deles tiveram que receber tratamento psicológico. Depois da morte, os donos da reserva suspenderam as visitas às balsas de crocodilos, que não serão retomadas até dentro de alguns dias. O complexo abriga mais de mil crocodilos e oferece a seus visitantes a possibilidade de ver os répteis debaixo d'água através de um vidro ou mergulhar dentro de uma jaula ao redor destes animais. O centro organiza também conferências, festas de casamento e de aniversário em suas instalações.

Jacaré gigante filmado em reserva na Flórida é comparado a Godzilla


Um jacaré gigante apelidado de "Godzilla" ou "Corcunda" foi filmado por uma moradora de Lakeland, na Flórida, e gerou polêmica nas redes sociais. (Foto: Kim Joiner/Facebook) A americana Kim Joiner postou neste domingo (15) o vídeo, em que o réptil cruza lentamente em frente de passantes assustados com seu tamanho na reserva natual Circle B Bar, no condado de Polk. Internautas chegaram a questionar a veracidade do vídeo, insinuando que ele teria sido manipulado digitalmente, mas outros moradores da região relataram também ter avistado o animal.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

SeaWorld anuncia morte da orca Tilikum, que matou treinadora em 2010


O parque SeaWorld anunciou que Tilikum, orca que foi responsável pela morte de sua treinadora em 2010, morreu na manhã desta segunda-feira (6) em Orlando, na Flórida. A orca tinha cerca de 36 anos e vivia no SeaWorld de Orlando havia 25 anos, depois de ter sido transferida do parque Sealand of the Pacific, no Canadá. A causa da morte só será determinada após a realização da necrópsia, mas a orca sofria de uma infecção bacteriana grave no pulmão. "A vida de Tilikum vai sempre estar indissoluvelmente conectada com a perda de nossa querida amiga e colega, Dawn Brancheau. Enquanto todos experimentamos profunda tristeza por essa perda, continuamos a oferecer a Tilikum o melhor cuidado possível, a cada dia, dos maiores especialistas em mamíferos marinhos do país", declarou a instituição, em nota. Na morte da treinadora Brancheau, o comportamento foi tão agressivo que as equipes de socorro não conseguiram mergulhar para salvá-la e a treinadora, uma das mais experientes do Seaworld, ficou totalmente indefesa. O terrível incidente, que foi testemunhado por várias pessoas do público que não tinham deixado o local após o final do espetáculo, foi registrado pelas câmeras de vídeo, que o parque se negou a divulgar por serem parte das investigações em andamento. Depois disso, o Seaworld adotou novas medidas de segurança em seus parques de Orlando (Flórida), San Diego (Califórnia) e San Antonio (Texas).

Tartaruga albina nasce em ninhada de mais de 100 filhotes no Araguaia



Uma tartaruga albina se destacou entre os mais de 100 filhotes nascidos nos últimos dias às margens no Rio das Mortes, em Ribeirão Cascalheira, a 893 km de Cuiabá, por meio do projeto Quelônios do Araguaia. Ser diferente, nesse caso, não é bom, segundo o executor do projeto na região, Gaspar Saturnino Rocha, já que o filhote não consegue passar despercebido e se torna alvo fácil para os predadores. Além de enfrentar dificuldades para se esconder dos predadores, a tartaruga albina ainda é menos resistente que as outras. "Não vimos nenhuma delas na fase adulta na natureza", pontuou Gaspar, que é técnico ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e trabalha no projeto de preservação desses animais. Outras tartarugas albinas já nasceram na região, mas isso é considerado raro. Gaspar Saturnino citou que certa vez uma equipe levou outra tartaruga albina para um cativeiro em Goiás. O animal recebeu tratamento diferenciado, longe dos predadores, e chegou à fase adulta. "Na natureza é difícil ela sobreviver, principalmente durante o inverno. Em junho e julho, elas não resistem ao frio e acabam morrendo, pois são mais frágeis do que as outras", pontuou o coordenador do projeto, que é realizado na Amazônia há mais de 30 anos e protege os ovos das tartarugas – desde o período de desova até o nascimento dos filhotes. Quando a desova acontece muito perto da água, os técnicos retiram os ovos para evitar que sejam levados para dentro do rio e os depositam em covas, dificultando a localização por parte de predadores. Depois de 65 dias, período em que os filhotes começam a nascer, as covas são abertas e as tartarugas retiradas e soltas na natureza. São mais de 100 ovos em cada cova. Normalmente, são entre 97 e 148 ovos por ninho. Em outros casos, a equipe do projeto cerca a área onde os ovos estão depositados e aguarda a eclosão natural. Essa tartaruga albina e os outros filhotes vivem na Unidade de Conservação Estadual Refúgio de Vida Silvestre, em Ribeirão Cascalheira, criada pelo governo do estado. Além do técnico do Ibama, atuam no projeto um técnico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e um técnico cedido pela prefeitura daquele município.