Os moradores de Paris que não podem mais cuidar de seus peixes podem levá-los ao aquário da cidade.
Muitos visitantes não sabem, mas, entre os 7,5 mil peixes que vivem lá, cerca de 600 foram deixados por antigos proprietários.
“Meu peixe não para de crescer, ele tenta atacar meus outros peixes, por isso, decidi deixá-lo aqui. Sei que vai ficar melhor aqui com outros peixes do que em um lago com predadores”, afirma a menina Cléophee à AFP.
Todos os peixes passam um período em quarentena para se tratar de possíveis doenças, ou mesmo de estresse, antes de seguir para um aquário maior. Neste período eles redescobrem a vida em comunidade.
Alexis Powilewicz, responsável pelo Aquário de Paris, afirma que os animais não são objetos de decoração e precisam de condições especiais para viver bem em uma casa.
Biólogos que trabalham no aquário falam com os visitantes sobre os cuidados que devem ter com os peixes.
Em aquários sem sistema de filtragem adaptado, os peixes sofrem com as trocas de água frequentes, com a mudança de temperatura da água e com a falta de oxigênio.
Os Carassius auratus, também conhecidos como peixinhos dourados, preferem viver em grupo e precisam de espaço para crescer. Em um aquário pequeno, sua expectativa de vida é de quatro anos. Porém, se criados em boas condições, eles podem chegar a 30 centímetros e viver 20 anos.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
Mais de 50 pinguins são achados mortos em praia de SP: 'Pena'
Pelo menos 57 pinguins foram encontrados mortos em uma praia ao Sul de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. O registro, feito por um morador da cidade, acontece duas semanas após mais de 200 animais da mesma espécie serem achados sem vida nas praias do município e, também, em Iguape e na Ilha do Cardoso, na mesma região.
Imagens obtidas pelo G1 mostram os animais aglomerados em uma área de restinga, conhecida como Barra do Capivaru. Segundo um morador da região, que não quis se identificar, o fato chamou a atenção, inicialmente, pela quantidade de urubus que sobrevoavam um barranco.
"O forte cheiro também despertou curiosidade. Fui até lá e vi a cena. Deu pena", diz. Segundo ele, todos os animais reunidos já estavam em estado de decomposição. Eles foram encontrados na terça-feira (21), mas o registro foi divulgado apenas na manhã desta quinta-feira (23).
De acordo com Daniela Ferro de Godoy, coordenadora do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), tratam-se de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), mesma espécie dos mais de 200 encontrados, em 8 de agosto, nas praias do Litoral Sul.
"Todos já foram registrados, porém, quando estão em um estado avançado de decomposição, como é o caso, a necropsia se torna inviável. Por isso, a pedido das Unidades de Conservação, deixamos esses animais na praia para não prejudicar o ecossistema marinho", explica.
As equipes de monitoramento do IPeC retiram não só pinguins, mas outros animais marinhos encontrados mortos nesse estado da linha da maré, removendo-os até a restinga. "Isso serve para que eles não sejam movidos pela água, e contabilizados erroneamente no monitoramento do dia seguinte", explica.
Os pinguins-de-magalhães são habitantes das zonas costeiras da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas, migrando por vezes até o Brasil, no Oceano Atlântico, nas épocas mais frias. É neste período que eles encontram, na costa brasileira, águas mais quentes e comida mais fácil.
"Todos os animais marinhos encontrados encalhados vivos são levados para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos do IPeC. Lá, eles passam por tratamento e, no caso dos animais mortos, passam por necropsia para tentar descobrir as causas da morte", explica.
Banhistas e moradores que avistarem animais marinhos vivos ou mortos encalhados em praias daquela região podem entrar em contato com o IPeC, que faz a coleta das espécies, no telefone 0800-6423341. O número funciona todos os dias, incluindo feriados.
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
Orca deixa corpo de filhote morto após 17 dias carregando animal
Tahlequah, a mãe orca que chamou atenção por carregar seu filhote morto durante 17 dias no mar, não está mais carregando o corpo. Segundo o jornal "The Seattle Times", a orca foi vista por pesquisadores no sábado (11) nadando sem o corpo e junto de outras orcas.
Tahlequah faz parte de um grupo de orcas monitorado por pesquisadores. Ela é conhecida como J35.
“J35 passou pela minha janela hoje com outras baleias J, e ela parece vigorosa e saudável”, escreveu Ken Balcomb, diretor fundador do Center for Whale Research, em um e-mail ao "The Seattle Times".
Balcomb disse que J35 provavelmente perdeu dois outros filhotes desde que deu à luz um filhote em 2010.
A perda do filhote mais recente "pode ter sido emocionalmente difícil para ela", disse Balcomb. “Ela está viva e bem e superou essa parte de sua dor. Hoje foi o primeiro dia que eu com certeza a vi. Não está mais lá."
J35 não mostrou sinais de “cabeça de amendoim”, uma condição que revela a desnutrição em uma orca, quando ossos do crânio começam a aparecer. "Ela está comendo", disse Balcomb.
A falta de comida também está ligada ao fracasso destas orcas em não conseguirem se reproduzier normalmente há três anos.
"A razão pela qual J35 perdeu o bebê e os outros estão perdendo seus bebês é que não há salmão suficiente", disse Balcomb sobre a principal fonte de alimento das orcas. "Espero que façamos algo sobre isso."
Estas orcas residentes do sul do Canadá e dos Estados Unidos correm risco de extinção. Elas dependem para alimentação do salmão-rei, que esteve em grave declínio nos últimos anos.
A comunidade, que tem cerca de 75 indivíduos, é frequentemente encontrada perto da ilha de Vancouver, no Canadá, e nas águas marítimas do Estado de Washington, nos EUA.
sábado, 11 de agosto de 2018
Família de orcas é avistada no canal de São Sebastião, SP
Uma família de orcas foi avistada na tarde desta sexta-feira (11) no canal de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Segundo o Instituto Argonauta, o macho do grupo é visto na região desde 1993.
Os cerca de oito animais, entre adultos e filhotes, foram monitorados e registrados por técnicos do instituto. Nenhum deles apresentava ferimentos. Os animais seguiram no sentido Caraguatatuba e foram flagrados por um técnico do instituto.
"O macho tem uma nadadeira torta e ele tem o apelido de Almirante. Todos os anos ele vem para a nossa região. Desde 1993 fazemos o monitoramento dele", afirmou o oceanólogo Hugo Gallo.
Segundo o pesquisador, não é incomum ver orcas no litoral norte de São Paulo. O primeiro registro foi feito em 1990.
"Uma pesquisa recente de um pesquisador americano mostra de que as orcas vêm para o nosso litoral, onde tem água mais quente, para conseguir limpar a pele, já que no polo sul adquirem muitos parasitas e elas não conseguem limpar. A gente brinca que elas vêm para o spa", brinca.
terça-feira, 7 de agosto de 2018
A estudante americana que escolheu crocodilo como parceiro de foto de formatura
Makenzie Noland, de 21 anos, é aluna da Texas A&M University e se formou na última sexta-feira em ciências da vida selvagem e da pesca.
Ela estava estagiando em um centro de salvamento de animais, em Beaumont, que abriga cerca de 450 jacarés, crocodilos e outros répteis.
Mas quem roubou a cena foi Big Tex - um jacaré gigante que foi adotado em 2016, depois que a superalimentação o transformou em um transtorno para os barcos locais.
Noland e Tex desenvolveram um relacionamento especial desde que ela começou a trabalhar no centro, em maio deste ano.
estudante diz que ele responde pelo nome e reage aos sinais da mão dela, quando entra na lagoa para alimentá-lo.
"Eu entro na água com esse animal todo dia - é um dos meus melhores amigos lá!", conta a estudante à BBC, ignorando a pergunta sobre se teria medo.
Ela diz que estava mais preocupada que o animal comesse acidentalmente seu anel de formatura - em uma das fotos, o jacaré aparece com o anel em
cima das narinas.
A jovem cresceu em Bellevue, no Nebraska, onde encontrar um jacaré no jardim não é algo comum, mas sempre mostrou afinidade com os animais.
"Desde mais nova, eu estava sempre pegando cobras, segurando animais, conversando com as crianças e educando o público", afirma Noland, declarando seu amor pela vida selvagem.
Inicialmente, ela pretendia que a formatura servisse de vitrine para o trabalho que ela vem fazendo neste verão.
"Na verdade, não queremos ter que resgatar esses animais, queremos que eles vivam nos rios e canais nas áreas pantanosas", diz ela sobre o centro Gator Country, onde trabalha.
"Mas já que ele está com a gente, é um exemplo maravilhoso de como é treinar um animal e descobrir sua personalidade. Eles são criaturas maravilhosas - não são todos devoradores de pessoas!"
Noland diz que ficou impressionada com a repercussão de seus posts, que já foram compartilhados e curtidos centenas de vezes.
"Eu não estava esperando isso, só queria postar umas fotos engraçadas no Instagram. Tem sido incrível."
Ela espera continuar trabalhando com vida selvagem depois de se formar.
"Eu só quero estar inserida no mundo animal e educar o público a respeito", diz ela.
Após serem quase extintas, ariranhas retornam a rios na Amazônia
Após serem quase extintas pela caça comercial, as ariranhas estão retornando a rios da Amazônia.
Os últimos indícios da recuperação da espécie foram divulgados nesta semana pela revista científica Biological Conservation.
Liderada pela bióloga Natália Pimenta, a pesquisa analisou sinais da presença de ariranhas na bacia do rio Içana, no noroeste do Amazonas, onde ela havia sido considerada extinta.
O estudo foi feito após outras pesquisas apontarem uma tendência de recuperação da espécie - com nome científico Pteronura brasiliensis - em diferentes partes da Amazônia, como a bacia do Solimões e a região da hidrelétrica de Balbina.
Maior carnívoro semiaquático da América do Sul, com até 1,80 m quando adulta, a ariranha é um dos dois tipos de lontra encontrados no Brasil e está na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação, entre as espécies consideradas ameaçadas de extinção.
O estudo no Içana teve início após membros do povo baniwa alertarem sobre o retorno das ariranhas a seu território, dentro da Terra Indígena Alto Rio Negro.
Presidente da Associação Indígena da Bacia do Içana, André Baniwa diz que moradores notaram os primeiros sinais da volta dos animais uns dez anos atrás, ao encontrar carcaças de peixes com mordidas de um bicho que não reconheciam.
Os mais velhos deram o veredicto: a ñeewi (ariranha, em língua baniwa) estava de volta.
Nos últimos anos, os sinais aumentaram - e vários moradores chegaram a topar com os mamíferos.
Membros da comunidade participaram do estudo sobre o retorno dos animais, que contou com o apoio das fundações Capes, CNPq, The Rufford Foundation e Idea Wild.
Baniwa conta que ariranhas não eram vistas na região desde os anos 1940. Na época, eram as espécies mais cobiçadas no movimentado mercado de peles amazônicas.
Ao pesquisar o tema, a bióloga Natália Pimenta encontrou estudos que estimaram em 23 milhões os animais caçados na Amazônia Ocidental para a extração de peles entre 1904 e 1969.
O couro de ariranha - animal amazônico que mais sofreu com a caça comercial, segundo a pesquisadora - costumava ser exportado para os Estados Unidos ou a Europa, onde viraria casacos, chapéus e echarpes.
Em um catálogo de 1946 de uma loja de peles em Manaus, o couro de ariranha é vendido por 180 cruzeiros - acima do preço de peles de onça (150), maracajá (150) e caititu (47).
Baniwa diz que os próprios membros da comunidade caçavam os animais para trocar as peles por armas e outros bens. Um bom couro de ariranha valia o equivalente a duas espingardas.
A modernização das técnicas de caça acelerou o extermínio da espécie.
A partir dos anos 1960, leis passaram a regulamentar o comércio de peles silvestres no país. Em 1975, o Brasil aderiu a uma convenção internacional que proibia o comércio de espécies ameaçadas - entre elas, as ariranhas.
A demarcação de grandes terras indígenas na Amazônia a partir dos anos 1990 também golpeou a atividade.
A demanda pelas peles diminuiu, permitindo que as ariranhas começassem a se recuperar.
O enigma dos tubarões que apareceram sem seus fígados, extraídos com 'precisão quase cirúrgica'
Quando as carcaças de cinco tubarões brancos (Carcharodon carcharias) apareceram em uma praia na África do Sul, os corpos dos animais pareciam praticamente intactos. Mas havia algo estranho: eles estavam sem o fígado.
As marcas de dente no corpo das vítimas denunciaram quem estava por trás do massacre: as orcas (Orcinus orca), uma das poucas espécies que caçam tubarões.
As carcaças foram encontradas no ano passado, em Gansbaai, no sul do país. E, desde então, os cientistas têm tentado decifrar o mistério da ausência de fígado nos animais, e como os órgãos foram extraídos com precisão tão assustadora.
A BBC conversou com a bióloga marinha Alison Towner, da fundação sul-africana Dyer Island Conservation Trust, uma das pesquisadoras que analisou os restos mortais dos tubarões brancos.
Afinal, o que levou as orcas a removerem apenas o fígado de suas presas?
"Estamos falando de animais enormes", afirmou Towner à BBC.
"O primeiro tubarão branco em que fizemos necropsia tinha cinco metros de comprimento e pesava 1,1 tonelada."
"Ao ver os tubarões, não suspeitamos, a princípio, que faltava um órgão. Mas quando viramos os animais, observamos que havia uma grande ferida sob as nadadeiras peitorais. E à medida que continuamos nossa análise, vimos que não tinham fígado", contou a especialista.
Quando as carcaças foram encontradas, a fundação Dyer Island publicou em suas redes sociais que a remoção do fígado tinha sido feita com "precisão quase cirúrgica".
"O fígado de um tubarão branco pode pesar cerca de 90 quilos, é um órgão enorme, mas as orcas o extraíram com grande precisão", completa.
"Como conseguem tirar o fígado? Essa é a pergunta de um milhão de dólares, porque, até hoje, não vimos nem filmamos orcas fazendo isso", afirmou Towner.
A bióloga acredita que as orcas trabalham estrategicamente em equipe, imobilizando primeiramente a vítima por meio de uma emboscada.
"Imaginamos que uma orca abocanhe em seguida uma das barbatanas peitorais, e uma segunda orca faz o mesmo com a outra. As barbatanas são como asas de um avião para os tubarões".
"Na sequência, as orcas nadam em direções opostas até que rasgam o tubarão, abrindo uma cavidade", explica a bióloga.
"Também sabemos que as orcas têm grande destreza com os lábios, diferentemente de outras espécies. Isso pode ser claramente observado em parques de shows de animais aquáticos, como o Seaworld, onde as orcas recolhem objetos com a boca."
Um elemento chave no ataque orquestrado é o trabalho em equipe que caracteriza as orcas.
"Uma orca pode medir até nove metros e pesar cerca de nove toneladas. Um tubarão branco, em comparação, pode medir até 6,4 metros e pesar até duas toneladas", pontuou Towner.
A grande vantagem das orcas na hora do ataque não é, no entanto, o tamanho, mas a estratégia de ação coordenada.
"Os tubarões brancos, diferentemente das orcas, são geralmente animais solitários. Só se juntam de vez em quando em volta de suas presas ao longo das faixas costeiras. É por isso que não têm o valor agregado das orcas de trabalhar em grupo".
E esse espírito de equipe é tão forte, que é provável, segundo Towner, que também compartilhem o fígado extraído de suas presas.
Ainda não está claro por que as orcas descartam as carcaças dos tubarões, apesar de precisarem consumir o equivalente a quase 3% de seu peso todos os dias para sobreviver.
Mas faz sentido que consumam o fígado dos animais.
Este órgão contém uma grande quantidade de esqualeno, composto natural que fornece energia e nutrientes em abundância.
Além disso, os fígados dos tubarões são ricos em lipídios e são um verdadeiro depósito de energia, que contém vitamina C, B12, A, ferro, niacina, sódio e carboidratos, entre outros nutrientes.
Ainda não se sabe muito a respeito da preferência das orcas pelo fígado de suas presas, mas os tubarões brancos também têm sua estratégia.
Enquanto as orcas estavam na costa da África do Sul, diminuiu o número de tubarões brancos na região. Mas assim que elas se mudaram para outro local em busca de presas, os tubarões brancos começaram a voltar.
quinta-feira, 2 de agosto de 2018
Colômbia descobre rã que coaxa com som semelhante ao balido de uma cabra
Ela soa como um mamífero, mas é anfíbio. Cientistas descobriram nas selvas tropicais da Colômbia uma espécie de rã endêmica com ossos verdes, que tem um coaxar que lembra o balido (berro) de uma cabra.
O Instituto Humboldt, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente colombiano, divulgou nesta quarta-feira (25) a mais recente descoberta no segundo país com maior biodiversidade do mundo, atrás do Brasil: a Scinax caprarius.
Este anfíbio deve seu nome "ao canto que emitem os machos desta espécie", que é "similar ao som das cabras", apontou o organismo em um comunicado.
Esta pequena rã tem ossos verdes, tons café-avermelhado e dourado na parte superior do corpo, e costuma medir entre 28 e 31 milímetros.
A nova espécie foi localizada no fértil vale médio do Magdalena, o principal rio da Colômbia, em florestas subandinas, selvas úmidas tropicais e floresta seca tropical.
Esta rã, de hábitos noturnos, é vista com frequência na época de chuvas.
Para a alegria dos cientistas, a Scinax caprarius é um anfíbio que abunda em habitats conservados, o que a exclui da lista de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), segundo o Instituto Humboldt.
Das 817 espécies de anfíbios documentadas na Colômbia, 56 estão criticamente ameaçadas, 89 em perigo e 85 em estado vulnerável, de acordo com as listas vermelhas da UICN.
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
A orca que carregou seu filhote morto durante dias
Ela não queria deixar seu filhote morto.
Uma orca cujo filhote morreu na terça-feira passada, pouco depois de nascer, foi vista carregando seu corpo nas águas da costa oeste dos Estados Unidos e do Canadá.
A mãe foi vista pela última vez com o filhote morto às 19h do horário local na quinta-feira passada. O filhote havia morrido na terça próximo a Victoria, British Columbia, no Canadá.
As orcas notoriamente transportam e carregam seus filhotes mortos por até uma semana. Apesar de serem popularmente chamadas de baleias, as orcas de fato pertencem à família dos golfinhos, sendo o maior exemplar da espécie. Golfinhos e baleias são animais mamíferos e as duas espécies possuem várias caraterísticas comuns o que facilita a confusão, mas biologicamente pertencem a duas famílias distintas.
A carcaça do filhote estava afundando e sendo repetidamente resgatada pela fêmea, de acordo com o Center for Whale Research (centro de pesquisas de baleias), que trabalha pela preservação das orcas residentes do sul, comunidade de animais da porção nordeste do Oceano Pacífico.
Um membro do time do centro de pesquisas viu o filhote nadando ao lado de sua mãe, batizada pela equipe de "J35", na terça.
Mas o filhote morreu meia hora depois da equipe chegar, segundo o centro de pesquisas.
A mãe foi vista carregando o recém-nascido com sua cabeça e o empurrando em direção à ilha San Juan, perto do Estado de Washington, nos EUA.
Orcas podem viajar em média 120 km por dia.
Um morador da ilha, citado no relatório do centro de pesquisas, disse ter visto um grupo de cinco ou seis orcas no pôr do sol com o filhote morto.
As orcas residentes do sul do Canadá e dos Estados Unidos correm risco de extinção. Elas dependem para alimentação do salmão-rei, que esteve em grave declínio nos últimos anos.
A comunidade, que tem cerca de 75 indivíduos, é frequentemente encontrada perto da ilha de Vancouver, no Canadá, e nas águas marítimas do Estado de Washington, nos EUA.
Pesquisas indicam que só cerca de um terço das orcas nascidas nos últimos 20 anos sobrevivem. Segundo o centro, nenhuma gravidez nos últimos três anos produziu um filhote que tenha sobrevivido.
Berço das jubartes, Abrolhos atrai turistas para espetáculo único
Entre julho e novembro, cerca de 20 mil baleias-jubarte se deslocam para as águas temperadas e claras do litoral brasileiro, geralmente rumo ao arquipélago de Abrolhos, na Bahia, que é o maior berçário desses animais que encantam milhares de turistas todos os anos.
A chegada das baleias-jubarte a Abrolhos é uma grande atração turística. Por lá, elas iniciam a temporada de reprodução afastadas do rigoroso inverno da Antártica e permanecem por quatro ou cinco meses, até que os filhotes estejam suficientemente desenvolvidos para migrar para o continente gelado.
Com o crescimento da população - aproximadamente 10% ao ano -, o número de baleias que visita o Brasil aumentou nas últimas décadas, especialmente depois de 1996, quando a caça foi proibida.
"Acredita-se que o fim da caça provocou a recuperação natural. As jubartes são cosmopolitas, se adaptam facilmente e o fim da caça gerou o salto", disse à Agência Efe o biólogo e coordenador do Projeto Baleia Jubarte, Sergio Cipolotti.
As embarcações de turistas partem da cidade de Caravelas e, depois de quatro horas, os visitantes podem ver a exibição dos cetáceos, os seus jatos de água e o movimento da calda, um espetáculo da natureza. Protegidas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela Marinha, as baleias se sentem à vontade para dançar nas águas cálidas da Bahia. O momento mais esperado é o salto, quando elas chegam a mostrar dois terços do corpo, em um balé que leva os turistas ao delírio.
As baleias, que podem medir até 16 metros e pesar até 40 toneladas, estão presentes em todos os oceanos, mas chegam ao Brasil nesta época do ano para a reprodução. Apesar do aumento da quantidade delas no litoral brasileiro, o risco da ação humana continua rondando, seja pela poluição do mar ou pelo perigo das redes de pesca.
O objetivo do Projeto Baleia Jubarte é exatamente potencializar a região socioeconomicamente através do turismo, o que permitirá uma consciência maior sobre o meio ambiente.
"Com o crescimento da população, os cuidados são outros. É preciso manter o bem-estar do animal", afirmou Cipolotti.
As baleias são a principal atração do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, mas o local também serve de ninho para muitas espécies de aves. O atobá-grande e o atobá-pardo frequentam a Ilha Siriba, enquanto as fragatas estão na Ilha Redonda esperando uma oportunidade de roubar peixes capturados por outras espécies. Além disso, em águas praticamente cristalinas, a vida marinha preservada se torna uma atração à parte para mergulhadores. Por lá, esses têm a oportunidade de contemplar diferentes tipos de corais e peixes em um ambiente privilegiado.
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