sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Morre baleia encontrada encalhada em praia de Salvador



A baleia jubarte encontrada viva e encalhada na praia bairro de Coutos, em Salvador, na manhã desta sexta-feira (30), morreu horas depois, por volta das 9h. A informação foi confirmada por Luena Fernandes, bióloga do Instituto Baleia Jubarte. O animal era um adulto de cerca de 15 metros comprimento e 39 toneladas. Conforme Luena, equipes do instituto continuam no local, fazendo exames e colhendo amostras, que vão apontar a causa da morte da baleia. A previsão é de que o animal seja retirado ainda nesta sexta, por equipes da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb). O encalhe desta sexta ocorreu um dia após outra jubarte ser encontrada morta em praia de Plataforma, a cerca de oito quilômetros de Coutos. Desde o inicio da manhã, quando a baleia foi encontrada, diversos moradores estiveram no local para jogar água nela. Durante a ajuda, um homem foi atingido após a baleia fazer um movimento brusco e ficou ferido. Há suspeita de que ele tenha fraturado uma perna. Uma estudo do Projeto Baleia Jubarte, que acompanha há 30 anos o período reprodutivo dos animais, estima que cerca de 20 mil baleias jubarte devem passar pelo litoral da BA na temporada de reprodução. Segundo o projeto, a temporada ocorre entre os meses de julho e novembro. Elas saem da região da Antártida, que passa por um inverno rigoroso, e se aproximam do litoral brasileiro por causa das águas quentes. As aparições são mais comuns no sul do estado.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Lagosta-Brasileira (Metanephrops rubellus)


Já ouviu falar da famosa água ardente da marca Pitu, não é verdade? Pois bem, aquele animalzinho vermelho que aparece nos rótulos é uma lagosta dessa espécie aqui, e cujo nome popular é justamente pitu. Sua incidência geográfica vai do sudoeste do Brasil a Argentina, e pode ser encontrado a profundidades de até 200 m. Sua coloração é escura, e seu tamanho pode chegar a 50 cm de comprimento, possuindo também uma carne muita apreciada na culinária dos países onde ela é encontrada.

Lagosta-Americana (Homarus americanus)


Sendo um dos maiores crustáceos conhecidos, esse tipo de lagosta alcança facilmente 60 cm de comprimento, e a pesar 4 kg, mas, já foram capturados espécimes de quase 1 m, e mais de20 kg, o que faz dela a detentora do título de crustáceo mais pesado do mundo atualmente. A parenta mais próxima dela é a lagosta-europeia, sendo que ambas podem ser cruzadas artificialmente, embora seja muito improvável que híbridos ocorram na natureza. A coloração da carapaça, geralmente, é azul-esverdeada, ou mesmo castanha, e com espinhos avermelhados. Possui hábitos noturnos, e tem uma distribuição geográfica que se estende ao longo da costa atlântica da América do Norte. Sua maior incidência é nas águas frias da costa do Maine e de Massachusetts. Sua alimentação é predominante de moluscos (especialmente os mexilhões, equinodermos e poliquetas, apesar de, vez ou outra, alimentarem-se também de outros crustáceos, estrelas quebradiças e cnidários.

Lagosta-da-Noruega (Nephrops norvegicus)


Também conhecida como lagostim, ou mesmo camarão da baía de Dublin, essa espécie de lagosta pode possui uma coloração que vai do alaranjado ao rosado, podendo atingir uns 25 cm de comprimento. É bastante esguia, e, de fato, parece um camarão. Os primeiros três pares de patas possuam garras, com o primeiro par apresentando grandes espinhos. É considerado o crustáceo de exploração comercial através da pesca mais importante da Europa. Sua distribuição geográfica compreende o Oceano Atlântico e parte do Mediterrâneo, apesar de não ser mais encontrada nem no mar Báltico, nem no Mar Negro. Durante a noite, adultos saem de suas tocas para se alimentarem de vermes e pequenos peixes. Há algumas evidências que dão conta de que essa espécie de lagosta também se alimenta de águas-vivas. Preferem habitar os sedimentos localizados no leito do mar, onde grande parte do ambiente é composto de lodo e argila.

Lagosta-Japonesa (Palinurus japonicus)


Com um comprimento que pode chegar até a 30 cm, essa espécie de lagosta vive no Oceano Pacífico, no Japão, na China e na Coréia. É, inclusive, amplamente pescada na costa japonesa, sendo um item culinário de alta classe. Fisicamente, ela possui em sua carapaça dois espinhos grandes e separados. A coloração é vermelha escura com um tom acastanhado.

Lagosta-Marroquina (Palinurus mauritanicus)


Essa espécie aqui é encontrada em águas profundas no leste do Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo Ocidental, possuindo uma carapaça que mostra duas fileiras longitudinais e visíveis de espinhos que ficam direcionados para frente. É um tipo de lagosta que é mais encontrada mais em fundos lamacentos e rochosos na borda continental, em águas com profundezas de até 200 m. Como frequentemente caça moluscos vivos, outros crustáceos, poliquetas e equinodermos, mas também pode comer peixes mortos. Sua expectativa de vida é de, aproximadamente, 21 anos, com a época de sua reprodução ocorrendo entre o final do verão e o outono, logo após a muda de sua carapaça. Devido À sua escassez é pouco aproveitada para pescaria.

Lagosta-Comum ou Lagosta-Europeia (Palinurus elephas)


Espécie de lagosta cuja couraça é bem espinhosa, sendo encontrada nas costas do Mediterrâneo, na bosta ocidental europeia, além das costas da Macaronésia. Além disso, trata-se de uma lagosta bem grande, podendo chegar a 60 cm de comprimento (porém, em geral, não chega a ultrapassar os 40 cm). Ela vive mais nas costas rochosas, abaixo das linhas do baixo-mar. É um crustáceo noturno, que se alimenta, geralmente, de pequenos vermes, caranguejos e animais mortos. Consegue ir até profundidades de 70 m. Trata-se de uma lagosta muito apreciada como iguaria na região do Mediterrâneo, sendo capturada também (só que com menos intensidade) nas costas atlânticas da Irlanda, de Portugal, da França e da Inglaterra. A reprodução ocorre entre os meses de setembro e outubro, com as fêmeas cuidando dos ovos até que eles eclodem, uns 6 meses após a sua colocação.

Lagosta-de-Moçambique (Palinurus delagoae)


Com um tamanho máximo de 35 cm, essa espécie de lagosta é encontrada mais na costa leste da África e no sudeste de Madagascar. Enquanto que próximo do continente africano ela é mais comum em substratos barrentos ou arenosos, em Madagascar, a lagosta-de-moçambique é mais encontrada em substratos rochosos. Ao que tudo indica, essa espécie é gregária, realizando migrações periódicas. Não à toa, são animais que podem ser vistos em grupos de vários indivíduos.

Lagosta-do-Cabo-Verde (Palinurus charlestoni)


Como o próprio nome popular já denuncia, é uma espécie endêmica de Cabo Verde, podendo ter um comprimento total de 50 cm. Uma diferenciação em relação à outras espécies é o padrão das bandas horizontais em suas pernas. A carapaça tem coloração vermelha com manchas brancas. Esse animal foi descoberto por pescadores franceses em 1963, sendo protegido por várias leis de proteção ambiental em Cabo Verde.

Lagosta-Gigante (Palinurus barbarae)


Espécie de lagosta que foi descrita pela primeira vez em 2006, tendo sido encontrada por pescadores nas águas acima do Walters Shoals, que é uma série de montanhas submersas a 700 quilômetros ao sul de Madagascar. Com um peso de 4 kg, e podendo chegar a 40 cm de comprimento, acredita-se que a espécie agora possa estar correndo perigo de extinção devido à pesca predatória.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Tainha




Tainha é a designação vulgar de vários peixes da família dos mugilídeos. A maior parte das espécies pertence ao gênero Mugil, mas a designação estende-se a outros gêneros (e mesmo a algumas espécies da ordem dos Perciformes). Distribuem-se por todo o mundo, ocupando águas costeiras temperadas ou tropicais, existindo algumas espécies que vivem também em água doce. É um peixe largamente utilizado na alimentação humana: por exemplo, desde o Império Romano que faz parte da dieta mediterrânica-europeia. A família dos Mugilidae inclui cerca de 80 espécies divididas por 17 gêneros. Muitas das espécies são ainda conhecidas pelos nomes de curimã, curumã, tapiara, targana, cambira, muge, mugem, parati e fataça, entre outros. Taxonomicamente, os mugilídeos constituem o único membro da ordem dos mugiliformes mas existem algumas discordâncias entre alguns sistemas de classificação. A presença de espinhos nas barbatanas parece indicar aproximação à superordem dos Acanthopterygii, pelo que William A. Gosline os classificou, na década de 1960 como Perciformes. Outros autores incluem-nos, ainda, nos Atheriniformes.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Dugong, animal marinho 'primo' do peixe-boi, morre depois de engolir pedaços de plástico


Um dugongo, uma espécie de mamífero marinho, morreu na Tailândia depois de ter ingerido pedaços de plástico. O animal tinha ficado famoso no início do ano depois de ter sido resgatado em uma praia. O dugongo se chamava Mariam e morreu neste sábado, vítima de uma infecção causada por pedaços de plástico que acabaram revestindo seu estômago, segundo autoridades locais. Mariam ficou famosa na internet depois que imagens a mostraram brincando com as equipes que a resgataram depois que ela ficou encalhada em uma praia, em abril. Hoje existem apenas algumas centenas de dugongos na Tailândia - a espécie é "prima" do peixe-boi. O dugongo é considerado vulnerável à extinção, segundo lista publicada pela União Internacional para a Conservação da Natureza em 2015. Mariam tinha apenas oito meses e há uma semana começou a apresentar sintomas graves de infecção. Doente, ela se recusou a comer outros alimentos. O dugongo morreu por volta da meia-noite deste sábado depois de entrar em choque. Os esforços para ressuscitá-la não deram certo, segundo as autoridades da Tailândia. Chaiyapruk Werawong, chefe do parque marinho da província de Trang, disse à agência de notícias AFP que o animal estava bastante debilitado. "Ela morreu de uma infecção no sangue, além de apresentar pus no estômago". Durante uma autópsia, vários pedaços de plástico, incluindo um de 20 centímetros, foram encontrados dentro do estômago do mamífero. "Todos estão tristes com a perda. Precisamos salvar o meio ambiente para salvar esses animais raros", disse Nantarika Chansue, uma das veterinárias que trataram Mariam. Em abril, Mariam apareceu em vídeos ao vivo ao lado de Jamil, outro dugongo resgatado logo depois dela. As imagens mostraram que ela estava sendo alimentada e recebendo tratamento de veterinários. Neste sábado, após a notícia, muitas pessoas compartilharam nas redes sociais sua tristeza com a morte do dugongo. No ano passado, uma baleia-piloto também morreu na costa da Tailândia depois de comer mais de 80 sacolas plásticas. O animal marinho chegou a vomitar cinco sacolas durante uma tentativa de salvamento realizada por funcionários de conservação em um canal da província de Songkhla. As 80 sacolas pesavam cerca de oito quilos. Elas impediram que a baleia conseguisse se alimentar de outras formas, segundo a marinha tailandesa afirmou na época. As mortes desses animais são mais um sintoma do crescimento da poluição nos oceanos. Um relatório sobre o futuro dos mares, divulgado recentemente pelo governo do Reino Unido, alertou que a quantidade de plástico no mar pode triplicar em uma década, a menos que o lixo seja contido.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Encontrado na Nova Zelândia fóssil de pinguim gigante


Fósseis de um pinguim gigante, do tamanho de um ser humano, foram descobertos na Nova Zelândia. O animal devia ter 1,6 metro de altura e pesava 80 kg. Ele viveu no período Paleoceno, entre 60 e 56 milhões de anos atrás. Apelidado de "pinguim monstro" pelo Museu Canterbury, ele agora se soma aos bichos da fauna da Nova Zelândia que hoje estão extintos. Papagaios, águias, morcegos e o moa, um pássaro de 3,6 metros, também integram essa lista. Segundo Paul Scofield, curador do Museu Canterbury, em Christchurch, os pinguins conseguiram alcançar esse tamanho porque répteis marinhos gigantes (que seriam potenciais predadores e competidores) desapareceram dos oceanos na mesma época em que os dinossauros desapareceram. A maior espécie de pinguim existente hoje, o pinguim-imperador, alcança até 1,2 metros. "Acreditamos que, naquela época, os animais estavam evoluindo muito rapidamente. A temperatura da água na Nova Zelândia era ideal para isso. Era de 25ºC, enquanto a média atualmente é de 8ºC", diz. Durante o período de existência do pinguim gigante, a Nova Zelândia ainda estava conectada à Austrália que, por sua vez, estava ligada à Antártida. O fóssil encontrado se assemelha a outro pinguim pré-histórico gigante, o Crossvallia unienwillia, cujos restos foram encontrados na Antártida. De acordo com os pesquisadores, os pés dos pinguins Crossvallia cumpriam um papel mais importante no nado do que os dos pinguins que existem hoje. É possível que esse animal compartilhasse as águas da Nova Zelândia com "tartarugas e corais gigantes, além de tubarões de aspecto diferente", diz Scofield. A razão para o desaparecimento dos pinguins gigantes das águas do hemisfério sul não está totalmente clara. A teoria mais comum é a de que a extinção se deu na competição com outros animais marinhos que surgiram depois. "Na Antártida e na Nova Zelândia, não havia grandes animais que pudessem ser competidores ou predadores até a chegada das baleias com arcadas dentárias e das focas." A extinção dos pinguins gigantes parece coincidir com a chegada desses competidores, mas a razão exata para o desaparecimento do animal ainda está em discussão, diz Mayr. Ossos das pernas dessa espécie de pinguim foram descobertos em Canterbury, no sul da Nova Zelândia. "O local onde os fósseis foram achados é bem peculiar", diz Scofield. "Tem um berço de rio cortando um despenhadeiro." Essa região tem sido local de descobertas de fósseis desde 1980. Muitos achados, como os fósseis do pinguim gigante, foram obra de paleontólogos amadores.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Lobo-marinho é avistado descansando em praia de Florianópolis





Um lobo-marinho-do-sul juvenil foi avistado pela equipe de monitoramento da Associação R3 Animal, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), aproveitando o sol e descansando na segunda-feira (12) na Praia do Santinho, em Florianópolis. A chegada do mamífero também despertou a curiosidade dos banhistas que passaram pela região. O animal, da espécie Arctocephalus australis, não tinha ferimentos aparentes e parecia estar bem, segundo informou um veterinário da associação. Ele estava em uma área de pedras do costão, que foi isolada pelos pesquisadores para garantir a segurança do bicho. Caso os animais estejam mortos ou debilitados, sejam eles mamíferos, tartarugas ou aves marinhas, a recomendação é entrar em contato com o telefone 0800 642 3341, para que a equipe do R3 Animal possa ir até o local verificar a situação dos casos. O lobo-marinho-do-sul é um mamífero com distribuição geográfica no continente sul-americano desde o Rio de Janeiro, no Oceano Atlântico, até a Península de Paracas, no Peru, no Oceano Pacífico, contando também com registros nas Ilhas Malvinas. A população mundial da espécie é estimada entre 350 mil e 400 mil animais. Esta é a segunda espécie de pinípede – mamíferos aquáticos – mais abundante no litoral gaúcho, e pode ser avistada frequentemente nas praias da Região Sul, alimentando-se e descansando.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Casal de pinguins machos adota ovo abandonado em zoológico de Berlim




Um casal de pinguins machos do Zoológico de Berlim está satisfazendo uma ambição antiga de se tornarem pais adotando um ovo abandonado pela mãe. Skipper e Ping, ambos de 10 anos, já haviam mostrado seus instintos para cuidar tentando chocar pedras e até peixes, disse um porta-voz do zoológico. Sua chance apareceu no mês passado, depois que uma mãe de sua espécie abandonou um ovo, e eles não a desperdiçaram. Até agora a maternidade postiça parece ter funcionado. "Os dois estão cuidando do ovo de maneira exemplar", disse ele ao jornal local B.Z. Na natureza selvagem, casais de pinguins tradicionais dividem as tarefas de incubação. Se as coisas continuarem correndo bem e o ovo se mostrar fértil, Skipper e Ping devem se tornar papais orgulhosos no início de setembro.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Navio sueco recupera 'canto' de belugas em gravações perdidas no Oceano Ártico


Marinheiros suecos salvaram, por acaso, uma pesquisa de cientistas dos EUA no Oceano Ártico. A tripulação do navio Oden encontrou um gravador, que registrava o canto das baleias-brancas, ou belugas, preso em um bloco de gelo bem na rota de outras embarcações. A equipe do navio quebra-gelo resgatou o equipamento em 25 de julho, quando os pesquisadores dos EUA acreditavam ser impossível reaver este material, informaram nesta sexta (2) os cientistas. Pesquisadores que monitoravam o dispositivo na Califórnia, EUA, disseram que foi por conta de uma sequência "milagrosa" de acontecimentos que a embarcação Oden pôde recuperar as mais de oito mil horas de gravações feitas no extremo norte do Canadá. "Como estava preso em um bloco de gelo pesado, teria sido só uma questão de tempo até ser despedaçado", comentou. A instituição de pesquisa começou a usar o gravador anexado a uma boia para acompanhar os ruídos do Estreito de Barrow, em 2013. Os sons captados no arquipélago Ártico Canadense serão utilizados para entender melhor o impacto da mudança climática na vida marinha da região. A boia capta os ruídos do oceano: do zumbido das turbinas de navios aos estalos agudos das baleias-brancas. Os sons, inaudíveis para humanos, renderam à espécie sociável o apelido de "canários do mar". A música enigmática dos narvais, conhecidos por suas "presas" longas, e os sons emitidos por baleias-da-Groenlândia e focas barbudas também foram capturados pelo equipamento submarino sensível.