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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Tubarão-peregrino (Cetorhinus maximus Gunnerus)




Cetorhinus maximus Gunnerus, conhecido pelos nomes comuns de tubarão-elefante, tubarão-frade ou tubarão-peregrino, é uma espécie de tubarões lamniformes, única representante do género Cetorhinus da família monotípica Cetorhinidae. Com até 10 m de comprimento e adaptações anatómicas à alimentação por filtração, este tubarão planctívoro é o segundo maior peixe conhecido, apenas menor que o tubarão-baleia. A espécie tem distribuição natural cosmopolita, embora migrando sazonalmente em função das disponibilidade de plâncton, sendo encontrado nas águas temperadas de todos os oceanos. C. maximus é um tubarão pelágico, mais comum nas águas costeiras ricas em plâncton, com um distribuição centrada nas águas temperadas de ambos os hemisférios, embora esteja sazonalmente presente em águas das plataformas continentais desde as regiões boreais até às regiões subtropicais de águas temperadas. A espécie prefere águas com temperaturas entre 8 °C e 14,5 °C, mas estudos recentes confirmam que a espécie cruza a região equatorial, atravessando águas bem mais quentes. A espécie é considerada migratória, deslocando-se em latitude em função das concentrações sazonais de organismos planctónicos, acredita-se que inverne nas águas oceânicas profundas das regiões subtropicais. Foi assinalado nas águas costeiras das regiões temperadas de todo o mundo, em geral perto da superfície. No verão, são comuns os avistamentos nos mares do norte da Europa e de Inverno nos águas atlânticas mais a sul (costas atlânticas ibérica e norte-africana). A espécie é frequentemente encontrada junto à costa, por vezes em baías e outras águas abrigadas e ricas em plâncton. Nos seus lentos movimentos alimentares a espécie segue as máximas concentração de plâncton ao longo da coluna de água, sendo frequentemente visível à superfície, mas já foi observado um espécime a 910 m de profundidade. Estudos realizados em 2003 provaram que a espécie não hiberna, mantendo-se ativa durante todo o ano, migrando para latitudes onde o plâncton seja mais abundante ou explorando águas mais profundas, tendo sido demonstrado que os espécimes que permanecem nas altas latitudes se movem durante o inverno para profundidades em torno dos 900 m para se alimentar do zooplâncton presente àquelas profundidades. O seguimento de espécimes recorrendo à radiolocalização por satélite confirmou que muitos tubarões da espécie C. maximus migram milhares de quilómetros durante os meses de inverno na busca de blooms de plâncton. Esses estudos também mostraram que a espécie renova as cerdas dos filtros branquiais de forma contínua. Em 2009 foram instalados marcadores em 25 tubarões capturados ao largo de Cape Cod, Massachusetts, o que permitiu determinar que alguns indivíduos migram para sul durante o inverno. Permanecendo a profundidades entre 200 m e 1 000 m durante muitas semanas, os tubarões marcados cruzaram o equador e atingiram as costas do Brasil. Um dos espécimes marcados permaneceu um mês junto á foz do Rio Amazonas. Embora se desconheçam as razões que determinam estas migrações, o especialista Gregory Skomal, da Massachusetts Division of Marine Fisheries, suspeita que elas estejam relacionadas com a reprodução. C. maximus é uma espécie de natação lenta, movendo-se com uma velocidade de cerca de 2 nós (3,7 km/h) enquanto se alimentam. Ao contrário da maioria dos tubarões não se afastam de embarcações nem fogem perante a sua aproximação. A espécie não é atraída pelo lançamento de engodos de qualquer natureza. Apesar da espécie ser grande e lenta, já foi observada a saltar colocando o corpo inteiramente acima da superfície da água (comportamento similar ao breaching dos cetáceos). Este comportamento poderá ser uma forma de desalojar parasitas comensais, mas essa interpretação é contudo especulativa e difícil de verificar já que este comportamento entre os cetáceos e os grandes peixes pode também ser devido a competição intra-específica com recurso a comportamento deimático com exibição de tamanho e força.

Fonte e informações completas em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cetorhinus_maximus

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Mergulhador vestido de Papai Noel brinca com tubarões em Malta




Um mergulhador vestido de Papai Noel brincou com tubarões no Aquário Nacional de Malta na quarta-feira (18). Além de fazer carinho, ele deu comida para os animais. As crianças que visitavam o local ficaram encantadas.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

O enigma dos tubarões que apareceram sem seus fígados, extraídos com 'precisão quase cirúrgica'



Quando as carcaças de cinco tubarões brancos (Carcharodon carcharias) apareceram em uma praia na África do Sul, os corpos dos animais pareciam praticamente intactos. Mas havia algo estranho: eles estavam sem o fígado. As marcas de dente no corpo das vítimas denunciaram quem estava por trás do massacre: as orcas (Orcinus orca), uma das poucas espécies que caçam tubarões. As carcaças foram encontradas no ano passado, em Gansbaai, no sul do país. E, desde então, os cientistas têm tentado decifrar o mistério da ausência de fígado nos animais, e como os órgãos foram extraídos com precisão tão assustadora. A BBC conversou com a bióloga marinha Alison Towner, da fundação sul-africana Dyer Island Conservation Trust, uma das pesquisadoras que analisou os restos mortais dos tubarões brancos. Afinal, o que levou as orcas a removerem apenas o fígado de suas presas? "Estamos falando de animais enormes", afirmou Towner à BBC. "O primeiro tubarão branco em que fizemos necropsia tinha cinco metros de comprimento e pesava 1,1 tonelada." "Ao ver os tubarões, não suspeitamos, a princípio, que faltava um órgão. Mas quando viramos os animais, observamos que havia uma grande ferida sob as nadadeiras peitorais. E à medida que continuamos nossa análise, vimos que não tinham fígado", contou a especialista. Quando as carcaças foram encontradas, a fundação Dyer Island publicou em suas redes sociais que a remoção do fígado tinha sido feita com "precisão quase cirúrgica". "O fígado de um tubarão branco pode pesar cerca de 90 quilos, é um órgão enorme, mas as orcas o extraíram com grande precisão", completa. "Como conseguem tirar o fígado? Essa é a pergunta de um milhão de dólares, porque, até hoje, não vimos nem filmamos orcas fazendo isso", afirmou Towner. A bióloga acredita que as orcas trabalham estrategicamente em equipe, imobilizando primeiramente a vítima por meio de uma emboscada. "Imaginamos que uma orca abocanhe em seguida uma das barbatanas peitorais, e uma segunda orca faz o mesmo com a outra. As barbatanas são como asas de um avião para os tubarões". "Na sequência, as orcas nadam em direções opostas até que rasgam o tubarão, abrindo uma cavidade", explica a bióloga. "Também sabemos que as orcas têm grande destreza com os lábios, diferentemente de outras espécies. Isso pode ser claramente observado em parques de shows de animais aquáticos, como o Seaworld, onde as orcas recolhem objetos com a boca." Um elemento chave no ataque orquestrado é o trabalho em equipe que caracteriza as orcas. "Uma orca pode medir até nove metros e pesar cerca de nove toneladas. Um tubarão branco, em comparação, pode medir até 6,4 metros e pesar até duas toneladas", pontuou Towner. A grande vantagem das orcas na hora do ataque não é, no entanto, o tamanho, mas a estratégia de ação coordenada. "Os tubarões brancos, diferentemente das orcas, são geralmente animais solitários. Só se juntam de vez em quando em volta de suas presas ao longo das faixas costeiras. É por isso que não têm o valor agregado das orcas de trabalhar em grupo". E esse espírito de equipe é tão forte, que é provável, segundo Towner, que também compartilhem o fígado extraído de suas presas. Ainda não está claro por que as orcas descartam as carcaças dos tubarões, apesar de precisarem consumir o equivalente a quase 3% de seu peso todos os dias para sobreviver. Mas faz sentido que consumam o fígado dos animais. Este órgão contém uma grande quantidade de esqualeno, composto natural que fornece energia e nutrientes em abundância. Além disso, os fígados dos tubarões são ricos em lipídios e são um verdadeiro depósito de energia, que contém vitamina C, B12, A, ferro, niacina, sódio e carboidratos, entre outros nutrientes. Ainda não se sabe muito a respeito da preferência das orcas pelo fígado de suas presas, mas os tubarões brancos também têm sua estratégia. Enquanto as orcas estavam na costa da África do Sul, diminuiu o número de tubarões brancos na região. Mas assim que elas se mudaram para outro local em busca de presas, os tubarões brancos começaram a voltar.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Os gigantes do mar ameaçados pelo aumento da poluição por plástico



Pesquisadores alertam de que os gigantes do mar podem estar correndo riscos reais. Por isso, estão fazendo um apelo por pesquisas sobre o impacto dos microplásticos na saúde de baleias, tubarões e arraias. Estima-se, por exemplo, que algumas baleias podem estar ingerindo centenas de fragmentos todos os dias. O Golfo do México, o Mar Mediterrâneo, a Baía de Bengala e o Triângulo de Corais são áreas consideradas prioritárias para serem monitoradas, de acordo com uma análise de pesquisas já publicadas. Cientistas americanos, australianos e italianos analisaram dados relacionados às ameaças para as espécies chamadas "filtradoras", ou seja, que se alimentam de partículas em suspensão e, por isso, estão mais expostas aos microplásticos. Com menos de 5 milímetros, essas partículas podem ser prejudiciais tanto para os oceanos quanto para a flora e fauna aquática. Contaminações por microplástico podem reduzir o tamanho da população dessas espécies filtradoras. E os pesquisadores avaliam que há poucos estudos sendo conduzidos na tentativa de mensurar esses riscos. Os possíveis riscos incluem a redução de absorção de nutrientes e danos ao sistema digestivo quando microplásticos são ingeridos. Além disso, diz a pesquisadora, a exposição a toxinas por meio da ingestão de plástico pode afetar processos biológicos, como, por exemplo, o crescimento e a reprodução, colocando as espécies que ingerem essas micropartículas ainda sob mais risco. O estudo que faz um levantamento das evidências já coletadas sobre o impacto do microplástico nos oceanos foi publicado na revista acadêmica Trends in Ecology and Evolution (Tendências em Ecologia e Evolução, em tradução livre). Nele, os pesquisadores argumentam que as maiores espécies filtradoras, muitas delas "economicamente importantes", deveriam ser priorizadas como objeto de estudo em pesquisas futuras sobre os riscos dos microplásticos. Filtradores engolem centenas de metros cúbicos de água diariamente para capturar a comida da água e, nesse processo, podem ingerir plásticos. Os microplásticos são similares, em tamanho e em massa, a muitos tipos de plânctons. Estudos já indicam a presença de produtos químicos associados a plásticos nos corpos de tubarões-baleia e em baleias-fin (ou baleias-comuns). "Nossos estudos em tubarões-baleia no Mar de Cortez (Pacífico) e com baleias-fin no Mediterrâneo confirma a exposição a produtos tóxicos, indicando que esses animais que se alimentam por filtragem estão retendo microplástico no processo de alimentação", afirma a copesquisadora Maria Fossi, da Universidade de Siena, na Itália. Segundo ela, a exposição a toxinas associadas a esses plásticos representam uma grande ameaça à saúde desses animais. Pode alterar os hormônios que, por sua vez, regulam o crescimento do corpo, desenvolvimento, metabolismo e funções reprodutivas. Pesquisadores estimam que tubarões-baleia no Mar de Cortez, no México, têm ingerido uma média de 200 pedaços de plástico por dia. As baleias-fin no Mediterrâneo, 2 mil partículas diárias. Os pesquisadores citam relatórios indicando que 800 quilos de plástico foram encontrados em uma carcaça de uma baleia encalhada na França. Outra, na Austrália, tinha seis metros quadrados de folhas plásticas e 30 sacolas inteiras. O estudo aponta várias regiões apontadas como chave para futuros estudos e monitoramento, onde há uma alta concentração de microplásticos. Espécies emblemáticas, segundo os pesquisadores, devem ser o principal objeto de estudos, especialmente em países que dependem do turismo na fauna marinha. Há espécies de tubarões filtradores, arraias e baleias sob risco de extinção ou na lista de animais vulneráveis. Muitas vivem muito, mas se reproduzem pouco.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Piscina com tubarões é achada em porão de casa nos EUA




Sete tubarões vivos e três mortos foram encontrados em uma piscina no porão de uma casa na região do vale do rio Hudson, em Nova York O Departamento Estadual de Conservação Ambiental disse nesta quarta-feira (7) que agentes descobriram a piscina durante uma busca em LaGrangeville no mês passado. Na piscina, de 15 metros de diâmetro, havia 7 tubarões-corre-costa vivos, dois tubarões-leopardo mortos e um tubarão-martelo morto. Eles tinham entre 0,6 metro e 1,2 metro. Os tubarões vivos foram transferidos para o aquário de Long Island. Ninguém foi processado, e as investigações prosseguem.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Como cientistas descobriram que tubarão de 400 anos é vertebrado mais velho do mundo



Tubarões-da-Groenlândia são as criaturas vertebradas mais longevas do planeta, afirmam cientistas. Pesquisadores usaram datação por radiocarbono para determinar as idades de 28 desses animais, e estimaram que uma fêmea morta recentemente tivesse cerca de 400 anos. A equipe descobriu que esses tubarões crescem apenas 1 cm por ano, e alcançam a maturidade sexual aos 150 anos. A pesquisa foi publicada na revista científica Science . O principal autor, Julius Nielsen, biólogo marinho na Universidade de Copenhague, afirmou: "Sabíamos que estávamos lidando com um animal incomum, mas acho que todos na equipe ficaram muito surpresos de saber que são tão velhos." O vertebrado que detinha o recorde de longevidade era uma baleia-da-Groenlândia ( Balaena mysticetus ) com idade estimada de 211 anos. Se invertebrados entrassem nessa competição, o título ficaria com um molusco de 507 anos conhecido como Ming, que teria vivido de 1499 a 2006. O tubarão-da-Groenlândia ( Somniosus microcephalus ) é uma enorme criatura, que pode chegar a cinco metros de comprimento. Eles podem ser encontrados, nadando lentamente, em águas geladas e profundas do Atlântico Norte.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Drone registra ataque feroz de tubarões contra baleia na Austrália




Passageiros em um cruzeiro de 14 dias encontraram uma cena inusitada na baía dos Tubarões, na Austrália: cerca de 70 tubarões-tigre se alimentando de uma baleia morta. O grupo de turismo Eco Abrolhos disse à BBC que a baleia jubarte havia morrido de causas naturais. A cena, segundo descreveu a empresa, foi "algo para contar aos netos".

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Casal vence concurso e passa noite em tanque de tubarões na França




O casal formado pela irlandesa Hanah Simpson e pelo britânico Alastair Shipman venceu um concurso e passou uma noite hospedado em um quarto instalado no tanque dos tubarões no aquário de Paris, na França. Hanah e Alastair dormiram em um quarto subaquático cercado por 35 tubarões que vivem no tanque. Separado apenas por uma parede transparente, o casal podia observar os predadores nadando ao redor do quarto. Fundado em 1867, em frente à Torre Eiffel, o aquário de Paris foi o primeiro do mundo. Depois da visita dos turistas, o quarto servirá como laboratório de estudo para biólogos analisarem as seis diferentes espécies de tubarão reunidas lá.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Italiano diz ter desenvolvido técnica para 'hipnotizar' tubarões



Um mergulhador italiano afirma ter descoberto uma técnica para "hipnotizar" tubarões. Riccardo Sturla Avogadri tirou fotos e gravou vídeos onde aparece com as mãos na cabeça de um tubarão imóvel para provar a eficiência de sua técnica. E também exibe suas "habilidades" para turistas e curiosos. Ele disse ao programa de rádio Outlook, da BBC, que sua técnica permite colocar os tubarões em "transe", de forma que possam ser examinados por pesquisadores e cientistas sem o estresse da captura. Segundo o italiano, o primeiro passo para imobilizar um tubarão consiste em atraí-lo usando barulho, comida ou produtos químicos. Para o tubarão branco ele usa sangue de foca, por exemplo. Avogadri diz que, em geral, a isca fica em uma caixa que permite ao peixe sentir o odor e até ver a comida – embora ele não possa mordê-la. De acordo com o italiano, quando o tubarão se aproxima em uma posição boa e com velocidade adequada, é possível colocá-lo em relaxamento. Ele diz colocar as mãos em uma posição específica, que faz com que os animais pensem que seus dedos são peixes. "Eu faço o tubarão tentar morder minhas mãos. Essa é a parte mais difícil e perigosa, porque se eu for muito rápido o tubarão vai embora e se eu for muito devagar ele me morde". Avogadri conta que mergulha protegido por uma roupa especial feita de aço. Caso seja mordido, os dentes do tubarão não perfuram o traje. Segundo ele, antes de morder, o animal abre a boca para deixar a água entrar e obter oxigênio por meio das guelras. O peixe em seguida fecha a boca e só depois dá a mordida. "Eu consigo imobilizar o tubarão quando ele está com a boca fechada. Nesse momento, ele não está respirando e eu coloco a mão no nariz dele e começo a fazer uma espécie de massagem", diz. De acordo com o italiano, a massagem estimula um órgão sensorial do tubarão chamado ampola de Lorenzini. "Eles gostam quando você faz movimentos circulares, começam a sentir uma sensação boa", conta. "Eles tentam fugir durante uns cinco ou seis segundos, mas quando sentem essa sensação e percebem que não há perigo, muitas vezes param." Depois de colocar o tubarão em "transe" com a massagem, Avogadri diz que começa a retirar parasitas da pele do peixe. "O animal pode ir embora, mas percebe que fiz uma coisa boa para ele e por isso, volta – talvez pense que sou uma espécie de 'estação de limpeza'." Segundo o mergulhador, os tubarões não podem permanecer muito tempo parados - eles precisam estar constantemente em movimento para respirar. Para superar esse problema, Avogadri diz que movimenta o animal na direção da superfície. Com isso, aproveita para exibir o peixe para turistas que mergulham usando equipamentos simples, como snorkels e máscaras. O italiano admite que não é possível aplicar a técnica em todos os tubarões, mas garante que nunca teve um acidente grave. "As vezes estou no meio de um grupo de 20 tubarões e tenho de perceber quais são mais confiantes. Quando acho um bom tubarão, tento atraí-lo".

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Câmeras subaquáticas ajudarão a contar tubarões do mundo


Usando iscas presas a câmeras subaquáticas em 400 recifes em todo o mundo, cientistas estão embarcando numa tentativa inédita de tentar contar os tubarões do mundo - anunciaram investigadores nesta terça-feira. Até 2018, o programa, chamado Global FinPrint, visa proporcionar uma visão clara de onde as populações de tubarões são saudáveis e onde eles estão enfrentando dificuldades, e como os tubarões impactam a saúde dos recifes de coral. "As pessoas podem não perceber, mas precisam dos tubarões", afirmou o biólogo marinho Mike Heithaus, pesquisador especialista em tubarões da Universidade Internacional da Flórida. Como predadores protagonistas nos oceanos, os tubarões têm um papel fundamental na cadeia alimentar. Eles ajudam a controlar o equilíbrio natural subaquático ao comer tartarugas e vacas-marinhas-de-steller e a manter baixas as populações que poderiam se proliferar na grama do mar, que é um habitat importante para peixes e camarões pequenos, explicou. Mas os tubarões estão em apuros em algumas partes do mundo. Cerca de 100 milhões de tubarões são retirados dos oceanos a cada ano por suas barbatanas e pela carne, disse Heithaus. O projeto Global FinPrint está recebendo quatro milhões de dólares em investimentos da empresa Vulcan Inc., do co-fundador da Microsoft Paul Allen, que financia uma série de iniciativas científicas sobre a saúde do oceano, voo espacial e compreensão do cérebro humano. "Um relatório recente da União Internacional para a Conservação da Natureza indicou que não temos os dados de que precisamos para avaliar com precisão o status da população atual de quase metade das espécies de tubarões e arraias", disse Dune Ives, diretor sênior de filantropia da Vulcan Inc."Essa informação vai nos ajudar a manter esforços de conservação mais eficazes". Alguns dados históricos sobre a população de tubarões já existem, incluindo alguns que são baseados em câmeras subaquáticas. Mas essa nova iniciativa deve aumentar de maneira drástica o número de câmeras em atuação em todo o mundo, particularmente em áreas onde pouco se sabe sobre a população de tubarões, como no Indo-Pacífico, Atlântico Ocidental tropical, e sul e sudeste da África e ilhas do Oceano Índico, afirmou Heithaus. "Este projeto não nos dará necessariamente um número absoluto, mas vai nos dar uma ideia relativa de quantos tubarões estão em diferentes áreas, que lugares têm populações saudáveis, quais são as áreas que causam grande preocupação", contou à AFP. A equipe internacional de pesquisadores está sendo liderada por Demian Chapman, da Stony Brook University, em Nova York. Outros estudiosos envolvidos vêm da James Cook University em Queensland, na Austrália, e do Instituto Australiano de Ciências Marinhas. Os dados da pesquisa serão disponibilizados nos próximos anos através de uma plataforma de acesso aberto com informações sobre densidade de espécies, habitats e tendências de diversidade. "A Global FinPrint vai nos ajudar a entender melhor um dos grandes mistérios do oceano: o que está acontecendo com os ecossistemas marinhos frágeis quando os tubarões são removidos?" disse Chapman. "Estas são questões muito importantes. Muitos países dependem da saúde de seus arrecifes de corais para a segurança alimentar, turismo e proteção costeira".

terça-feira, 12 de maio de 2015

'Encantadora de tubarões' beija predador em mergulho nas Bahamas


Conhecida como "encantadora de tubarões", a mergulhadora italiana Cristina Zenato foi fotografada enquanto beijava carinhosamente um tubarão em mergulho nas Bahamas. A imagem fez sucesso após Cristina postá-la em sua página no Facebook. Cristina Zenato ganhou o apelido de encantadora de tubarões, pois desenvolveu uma técnica para "adormecer" os predadores chamada de Imobilização Tônica. Com a técnica, os tubarões chegam a ficar de ponta cabeça sobre a palma da mão de Cristina. Ao esfregar com a mão suavemente sobre pequenas aberturas ao redor de sua boca e nariz, conhecidas como ampolas de Lorenzini, ela induz os animais a um estado de paralisia, no qual eles ficam por até 15 minutos. "Aprendi [a técnica] por acidente. O tubarão vinha alto em direção ao meu rosto", contou ela em 2011. "Eu o toquei para empurrá-lo para baixo, mas o tubarão parou de nadar. Foi um comportamento que nos maravilhou e não podíamos explicar", disse.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Fotógrafo faz selfie com tubarões durante mergulho na África do Sul


O fotógrafo britânico Aaron Gekoski, de 34 anos, fez um dos selfies mais perigosos do mundo ao posar para um autorretrato ao lado de tubarões-galha-preta durante um mergulho perto de Aliwal Shoal, recife rochoso na costa da África do Sul. Segundo Gekoski, um dos tubarões chegou a morder sua câmera. Ele tirou o selfie durante a famosa "corrida das sardinhas", que ocorre entre maio e julho na costa leste da África do Sul, na qual cardumes gigantescos costumam ocupar mais de 1 mil km da região costeira. A presença das sardinhas acaba atraindo vários predadores, como tubarões de diversas espécies, golfinhos, baleias e leões marinhos. "A corrida das sardinhas é uma das migrações anuais mais espetaculares da Terra", destacou Gekoski.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Estudo diz que linhagem de tubarões teria sobrevivido à Grande Extinção

 
Uma linhagem de pequenos tubarões pré-históricos, que acreditava-se que tivesse desaparecido na Grande Extinção, ocorrida há 250 milhões de anos, pode ter sobrevivido outros 120 milhões de anos, sugere estudo publicado no periódico "Nature Communications". Cientistas encontraram amostras fósseis de seus minúsculos dentes nas proximidades de Montpellier, na França e, com isso, conseguiram verificar que os tubarões teriam vivido após a calamidade escondendo-se em mares profundos. A estranha criatura não tinha mais que 30 centímetros de comprimento e provavelmente ostentava uma protusão similar a um gancho no lugar da barbatana dorsal. A pior extinção em massa que o planeta viveu acabou com 95% das espécies marinhas e 70% das terrestres no final do período Permiano, quando se acredita que a Terra tivesse um único continente cercado por um único oceano. Entre as explicações para a catástrofe estão o impacto de um asteroide que sufocou o planeta em uma nuvem de poeira que ocultou o sol e fez a vegetação secar ou um período de intensa atividade vulcânica que causou uma mistura letal de chuva ácida e aquecimento global. Entre as criaturas que se acredita terem desaparecido nesse evento estavam os tubarões com dentição cladodonte, parentes distantes dos tubarões modernos, que tinham mandíbulas com várias fileiras de dentes minúsculos e afiados. Mas agora, uma equipe de cientistas do Museu Natural de Genebra e da Universidade de Montpellier, na França, encontrou seis dentes desse tipo, que datam do período Cretáceo inferior em sedimentos, perto da cidade dessa cidade do sul francês. Essa área pode ter ficado submersa durante esse período da história do planeta. Os dentes, com menos de dois milímetros, eram de diferentes espécies do tipo cladodontes, agora extintos, que viveram há 135 milhões de anos atrás. "Nossas descobertas mostram que esta linhagem sobreviveu a extinções em massa, mais provavelmente, por buscar refúgio no fundo do mar durante eventos catastróficos", destacou o estudo.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Tubarões são influenciados pela Lua, aponta estudo liderado por brasileiro


Fatores ambientais como as fases da lua ou a temperatura da água afetam o comportamento de uma espécie de tubarão, aponta um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Ocidental da Austrália liderados pelo cientista brasileiro Gabriel Vianna, da mesma instituição. A pesquisa foi publicada no periódico "PLoS One", informaram agências internacionais nesta terça-feira (16). Junto com a equipe de Vianna, trabalharam cientistas do Instituto Australiano de Ciência Marinha, ligado ao governo do país. Eles passaram quase três anos monitorando tubarões-cinzentos-dos-recifes (da espécie Carcharhinus amblyrhynchos), na costa de Palau, no Oceano Pacífico. Foram etiquetados 39 tubarões. Os pesquisadores também usaram telemetria acústica para segui-los, e descobriram que os animais permaneciam em águas profundas durante a lua cheia e subiam para águas mais rasas na lua nova. Padrões similares já tinham sido registrados em outras espécies de peixes, como o peixe-espada (Xiphias gladius), o albaroca-da-laje (Thunnus albacares) e o atum patudo (Thunnus obesus), sugerindo que o comportamento do tubarão-cinzento-dos-recifes estaria relacionado com a alimentação. Segundo a pesquisa, o comportamento também pode ser uma resposta aos predadores. 

Os animais podem evitar a luz próxima da superfície para que não se tornem presas fáceis de outros tubarões. "Também descobrimos que o comportamento do tubarão-cinzento-dos-corais está relacionado com a temperatura da água", explicou Gabriel Vianna à AFP. Os animais estudados, em sua maioria fêmeas adultas, mergulharam a uma profundidade média de 35 metros no inverno, ficando em uma região mais rasa quando águas profundas eram mais mais frias. Já na primavera, com a elevação das temperaturas em geral, eles se arriscaram mais fundo e foram a 60 metros. No verão, quando a camada mais quente da superfície da água se expandiu, os tubarões tenderam a se mover em profundidades variadas. Para os pesquisadores, devido ao fato de serem animais de sangue frio, os tubarões podem preferir águas mais quentes para poupar energia. 

O estudo também mostrou que a hora do dia pode influenciar o mergulho dos animais. "Nós ficamos surpresos ao ver tubarões indo cada vez mais fundo durante a manhã e o padrão exatamente inverso à tarde, gradualmente subindo em direção à superfície", relatou Vianna. Para o pesquisador brasileiro, o estudo tem implicações na preservação da espécie, pois o comportamento dos tubarões ao mergulhar pode evitar que sejam capturados em diferentes horas do dia. "Em lugares como o Palau, que depende fortemente do turismo marinho e onde os tubarões são uma atração turística, a pesca de algumas dezenas de tubarões em populares áreas de mergulho poderia ter um impacto muito negativo na economia nacional", explicou.