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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Mudanças climáticas reduzem população de pinguins de barbicha em até 77% na Antártica


Com base em números contabilizados desde a década de 1970, cientistas que estudam as mudanças do clima apontam uma redução de até 77% no número de pinguins de barbicha em algumas colônias da Antártica. O pinguim de barbicha, assim chamado por causa da faixa negra estreita que tem debaixo da cabeça, habita as ilhas e costas do Pacífico Sul e os oceanos Antárticos. A espécie se alimenta de krill, animal invertebrado semelhante ao camarão. "A diminuição que vimos é dramática", disse Steve Forrest, um biólogo conservacionista que se juntou a uma equipe de cientistas das universidades norte-americanas de Stony Brook e Northeastern em uma expedição recém-concluída. Os cientistas, que viajaram em dois barcos do Greenpeace – o Esperanza e o Arctic Sunrise – realizaram a expedição entre 5 de janeiro e 8 de fevereiro e utilizaram técnicas de inspeção manual e drones para avaliar a magnitude do dano. O número de pinguins na Ilha Elefante se reduziu em cerca de 60% desde a última pesquisa, em 1971, chegando a menos de 53 mil casais reprodutores na atualidade, segundo a expedição. "Embora haja vários fatores que podem explicá-lo, todas as provas que temos apontam para a mudança climática como responsável pelo que estamos vendo", disse Heather Lynch, professora-associada de ecologia e evolução a Universidade Stony Brook. Na semana passada, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que uma base de investigação na Antártica registrou a temperatura mais alta já alcançada no continente em um contexto de preocupação crescente com o aquecimento global, que acelerou o descongelamento das calotas de gelo ao redor do polo sul. O Greenpeace está pedindo à Organização das Nações Unidas (ONU) que se comprometa a proteger 30% dos oceanos do mundo até 2030, um objetivo solicitado pelos cientistas e por um número crescente de governos como o mínimo necessário para deter o estrago causado pela atividade humana.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Casal de pinguins machos adota ovo abandonado em zoológico de Berlim




Um casal de pinguins machos do Zoológico de Berlim está satisfazendo uma ambição antiga de se tornarem pais adotando um ovo abandonado pela mãe. Skipper e Ping, ambos de 10 anos, já haviam mostrado seus instintos para cuidar tentando chocar pedras e até peixes, disse um porta-voz do zoológico. Sua chance apareceu no mês passado, depois que uma mãe de sua espécie abandonou um ovo, e eles não a desperdiçaram. Até agora a maternidade postiça parece ter funcionado. "Os dois estão cuidando do ovo de maneira exemplar", disse ele ao jornal local B.Z. Na natureza selvagem, casais de pinguins tradicionais dividem as tarefas de incubação. Se as coisas continuarem correndo bem e o ovo se mostrar fértil, Skipper e Ping devem se tornar papais orgulhosos no início de setembro.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

A catástrofe que matou milhares de filhotes e comprometeu uma geração de pinguins-imperadores



Milhares de filhotes de pinguins-imperadores se afogaram quando o mar congelado onde viviam foi destruído por condições climáticas extremas. A catástrofe ocorreu em 2016 no Mar de Weddell, na Antártida, e acaba de ser relatada por uma equipe da British Antarctic Survey (BAS), a operação nacional britânica na região, no periódico científico in the journal Antarctic Science. Assim, a colônia de pinguins-imperadores que vivia às margens da prateleira de gelo Brunt - que, por diversas décadas, reuniu entre 14 mil e 25 mil casais destas aves, o que corresponde de 5% a 9% da população global da espécie - desapareceu praticamente da noite para o dia. Os cientistas Peter Fretwell e Phil Trathan perceberam o desaparecimento da colônia Halley por imagens de satélite. Mesmo em imagens tiradas a até 800 quilômetros de distância, é possível identificar o excremento das aves, conhecido por guano, em meio ao gelo branco e estimar assim o tamanho provável de um agrupamento. Ventos fortes abriram buracos dentro da lateral mais espessa da prateleira Brunt, e o gelo que nunca se reformou completamente. "O gelo que se formou desde 2016 não foi tão forte. As tempestades que ocorrem em outubro e novembro agora vão acabar fazendo com que ele desapareça mais cedo. Portanto, a situação mudou. O gelo deixou de ser estável e confiável", disse Fretwell. Os imperadores são a espécie de pinguim mais alta e pesada. Por isso, precisam de plataformas de mar congelado estáveis para se reproduzir. Elas devem durar, pelo menos, de abril, quando as aves chegam, até dezembro, quando filhotes já têm condições de flutuar. Quando o gelo se rompe cedo demais, os filhotes não conseguem sobreviver, porque ainda não têm as penas adequadas para começar a nadar. Foi o que parece ter ocorrido em 2016. A equipe britânica acredita que muitos adultos evitaram se reproduzir nesses últimos anos ou mudaram-se para novos criadouros no Mar de Weddell. Uma colônia a cerca de 50 km de distância, perto da geleira Dawson-Lambton, teve um grande aumento no número de animais. Segundo cientistas, o evento fez com que a colônia de Brunt entrasse em colapso, pois as aves adultas não deram nenhum sinal de tentar restabelecê-la. Não está claro por que a plataforma de gelo marinho na borda da prateleira Brunt não conseguiu se regenerar. Não há uma evidência climática clara para isso. Observações atmosféricas e oceânicas nas proximidades da Brunt encontraram poucas mudanças.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Pinguins roubados de zoo são recuperados dois meses depois na Inglaterra


Dois pinguins roubados foram recuperados por policiais que receberam uma dica do paradeiro dos animais. Os pinguins, de espécie pinguim-de-humboldt (Spheniscus humboldti), desapareceram de um zoológico do Reino Unido em novembro. A polícia do condado de Nottinghmashire encontrou o par na cidade de Strelley, ao norte de Londres. As duas aves foram devolvidas ao zoológico e um jovem de 23 anos foi preso por suspeita de ser o responsável pelo furto. "Meu primeiro pensamento foi que esse era um caso para livros, uma história para contar para os meus netos, porque não pensamos que, após receber a denúncia, realmente acharíamos dois pinguins", disse o sargento Andrew Browning. "É um caso incomum." Nativos da América do Sul, os pinguins-de-humboldt receberam esse nome em referência à corrente de água que costumam percorrer, que, por sua vez, foi batizada com o nome do geógrafo alemão do século 18 Alexander von Humboldt. Esses animais são listados como espécies "vulneráveis" pela International Union for Conservation Nature, o que significa que correm risco de entrar para a categoria de espécies em ameaça de extinção.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Após se recuperarem em Rio Grande, pinguins são liberados no mar para voltarem à Patagônia



Após um longo inverno, em que se recuperaram de uma exaustiva viagem da região da Patagônia até a costa gaúcha, oito pinguins tomaram o rumo de volta para casa, liberados do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), na manhã desta quarta-feira (21), em Rio Grande, Litoral Sul do RS. As aves, da espécie conhecida como pinguim-de-magalhães, são migratórias e costumam aparecer nas praias do Sul e do Sudeste durante o outono e o inverno, conforme a coordenadora do Cram, Paula Canabarro. "O nosso trabalho tenta dar uma segunda chance para esses animais voltarem para o seu ciclo de vida", diz. Os animais apareceram na costa gaúcha magros, alguns com lesões e um deles coberto por óleo. No CRAM, receberam os tratamentos necessários. Agora, devem fazer o caminho de volta para a Patagônia, justamente quando inicia a época da reprodução e troca de penas, durante o verão. Conforme Paula, os oito pinguins libertados têm menos de um ano, e por isso ainda não se reproduzem. Mas mesmo assim precisam trocar as penas, segundo Paula, que é formada em Oceanologia. Outros dois pinguins seguem no centro, ainda em recuperação, segundo o diretor do Museu Oceanográfico da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Lauro Barcellos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Mais de 50 pinguins são achados mortos em praia de SP: 'Pena'



Pelo menos 57 pinguins foram encontrados mortos em uma praia ao Sul de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. O registro, feito por um morador da cidade, acontece duas semanas após mais de 200 animais da mesma espécie serem achados sem vida nas praias do município e, também, em Iguape e na Ilha do Cardoso, na mesma região. Imagens obtidas pelo G1 mostram os animais aglomerados em uma área de restinga, conhecida como Barra do Capivaru. Segundo um morador da região, que não quis se identificar, o fato chamou a atenção, inicialmente, pela quantidade de urubus que sobrevoavam um barranco. "O forte cheiro também despertou curiosidade. Fui até lá e vi a cena. Deu pena", diz. Segundo ele, todos os animais reunidos já estavam em estado de decomposição. Eles foram encontrados na terça-feira (21), mas o registro foi divulgado apenas na manhã desta quinta-feira (23). De acordo com Daniela Ferro de Godoy, coordenadora do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), tratam-se de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), mesma espécie dos mais de 200 encontrados, em 8 de agosto, nas praias do Litoral Sul. "Todos já foram registrados, porém, quando estão em um estado avançado de decomposição, como é o caso, a necropsia se torna inviável. Por isso, a pedido das Unidades de Conservação, deixamos esses animais na praia para não prejudicar o ecossistema marinho", explica. As equipes de monitoramento do IPeC retiram não só pinguins, mas outros animais marinhos encontrados mortos nesse estado da linha da maré, removendo-os até a restinga. "Isso serve para que eles não sejam movidos pela água, e contabilizados erroneamente no monitoramento do dia seguinte", explica. Os pinguins-de-magalhães são habitantes das zonas costeiras da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas, migrando por vezes até o Brasil, no Oceano Atlântico, nas épocas mais frias. É neste período que eles encontram, na costa brasileira, águas mais quentes e comida mais fácil. "Todos os animais marinhos encontrados encalhados vivos são levados para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos do IPeC. Lá, eles passam por tratamento e, no caso dos animais mortos, passam por necropsia para tentar descobrir as causas da morte", explica. Banhistas e moradores que avistarem animais marinhos vivos ou mortos encalhados em praias daquela região podem entrar em contato com o IPeC, que faz a coleta das espécies, no telefone 0800-6423341. O número funciona todos os dias, incluindo feriados.

terça-feira, 6 de março de 2018

Imagens do espaço revelam supercolônia desconhecida com 1,5 milhão de pinguins na Antártida



Cientistas descobriram um enorme grupo de pinguins-de-adélia (Pygoscelis adeliae) no ponto mais ao norte da península da Antártida. As mais de 1,5 milhão de aves foram notadas pela primeira vez quando grandes manchas causadas por seus excrementos apareceram em imagens feitas a partir do espaço. Os animais estão concentrados em um arquipélago rochoso, as Ilhas Danger. Os pesquisadores, que publicaram sua descoberta no periódico especializado Scientific Reports, dizem que isso os pegou totalmente de surpresa. "É um caso clássico em que se acha algo onde ninguém estava olhando. As Ilhas Danger são de difícil acesso, então as pessoas não tentavam muito chegar lá", disse Tom Hart, da Universidade de Oxford, do Reino Unido, à BBC News. Os cientistas usaram um algoritmo para buscar em imagens de satélite possíveis locais em que haveria atividade de pinguins. As imagens foram coletadas pelo programa Landsat, uma iniciativa da agência espacial americana, a Nasa, e da agência de pesquisa geológica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), lançada no início dos 1970 e em curso até hoje. O Landsat não gera imagens de alta resolução. Por isso, quando o sistema criado pelos pesquisadores identificou possíveis colônias, foi necessário confirmar se elas de fato existiam com imagens mais detalhadas.

Como o aquecimento global está afastando filhotes de pinguim de seu alimento vital



Os pinguins-rei podem estar sob grave risco, caso nada seja feito para interromper o aquecimento global e seus efeitos. Segundo cientistas, alguns dos redutos dos pinguins-reis no oceano Antártico podem se tornar insustentáveis para a vida desses animais. O problema é o distanciamento contínuo entre as áreas de reprodução e as de alimentação. Ou seja, à medida que as temperaturas aumentam, a comida fica mais longe do local onde ficam as crias. "Nossa pesquisa mostra que quase 70% dos pinguins-rei - cerca de 1,1 milhão de casais - terão que se realocar ou desaparecerão antes do final do século, devido à emissão de gases de efeito estufa", disse Céline Le Bohec, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica e da Universidade de Estrasburgo. Le Bohec e sua equipe estudaram quais podem ser os possíveis impactos do aquecimento global no acasalamento de pinguins-rei na Antártida nas próximas décadas. Além de modelagem climática, os pesquisadores fizeram análise genética para descobrir o histórico da espécie. As descobertas foram publicadas na revista científica Nature Climate Change. Os pinguins-rei são a segunda maior espécie de pinguins no mundo, em número de animais. Exigentes na escolha do local para criar os filhotes, preferem ilhas sem gelo marinho e que tenham areia fofa ou praia de seixo (uma espécie de cascalho). Mas também precisam de um bom suprimento de peixes e lulas. No oceano Antártico, isso pode ser encontrado ao longo de uma faixa conhecida como Frente Polar Antártica. São águas ricas em nutrientes, que abrigam grande quantidade de presas. A questão é que a Frente Polar Antártica está se movendo em direção ao polo. E, caso as temperaturas globais continuem a aumentar, como é esperado, a Frente pode se afastar do alcance de muitos pinguins, sugere a pesquisa. Setecentos quilômetros são o limite que as aves podem viajar sem expor suas crias ao risco de morrer de fome nos seus ninhos. "As ilhas Marion e Princípe Edward e a ilha Crozet enfrentarão as maiores dificuldades nos próximos 50 anos. Esses são os maiores redutos de população (de pinguim-rei)", afirma Le Bohec. "Se nós continuarmos a emitir gases de efeito estufa, as ilhas Kerguelen, Falkland e Terra do Fogo também vão enfrentar dificuldades". A análise genética relevou que o pinguim-rei já sofreu perdas populacionais no passado, sobretudo cerca de 20 mil anos atrás, quando temperaturas mais frias expandiram a faixa de gelo do mar. Sendo assim, há evidências de que os pássaros podem se recuperar. "O problema é a velocidade dessa mudança. É realmente muito rápido. E isso vai dificultar que os pinguins se adaptem", afirmou Le Bohec. Norman Ratcliffe, da Pesquisa Britânica sobre a Antártida, confirmou que a movimentação na Frente Polar Antártica é um fator muito importante para os pinguins-rei. Análises independentes de dados de reprodução nas ilhas Crozet e Kerguelen mostraram que as aves não conseguiram se alimentar nos anos em que a frente se moveu temporariamente para muito longe do sul. "A redução do acesso a locais com alimentos pode provocar a perda de colônias de pinguins-rei no futuro, mas não há evidência de que nós tenhamos atingido um ponto sem volta", afirma. "Por enquanto, as populações de pinguins-rei ainda estão aumentando, provavelmente devido à recuperação da pressão provocada pela caça no passado".

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Japão chora a morte de seu pinguim apaixonado



Um velho pinguim famoso no Japão por ter se apaixonado por uma representação de papelão de uma personagem de desenhos animados morreu aos 21 anos, idade avançada para o animal, anunciou o zoológico de Tobu, na cidade de Saitama, ao norte do Japão. Esse pinguim de Humboldt, batizado de Pequena Uva, se tornou famoso ao se apaixonar por uma imagem de papelão de Hululu, uma heroína de desenhos animados, depois que sua parceira o abandonou no início de 2017. Passava horas admirando, encantado, a imagem de Hululu, e as redes sociais fizeram eco de sua história. Uma enorme fila de visitantes era vista neste sábado em frente ao recinto dos pinguins do zoológico; muitos deixavam flores. Pequena Uva, cuja idade equivale aos 80 anos dos humanos, morreu junto a seu novo amor, explicou à imprensa local o cuidador Eri Nemoto. "Colocamos a imagem de papelão ao seu lado para que o acompanhasse até o final", declarou.

'Excesso' de gelo causa morte de milhares de pinguins na Antártica


A temporada de reprodução de pinguins na Antártica deixou apenas dois sobreviventes - entre milhares de filhotes. As aves típicas da região, chamadas pinguim-de-adélia, tiveram mais dificuldades para encontrar alimento, segundo especialistas, e acabaram morrendo. A ONG World Wildlife Fund de conservação ambiental justificou as mortes pelas "camadas muito extensas de gelo" nas águas da região, que fizeram com que os pinguins adultos precisassem "viajar mais longe" para conseguir comida. Os grupos de preservação ambiental fizeram um alerta nesta sexta-feira após divulgarem a morte dos filhotes para que medidas urgentes sejam tomadas em uma nova área de proteção marinha no Leste da Antártica - de forma a proteger a colônia que tem cerca de 36 mil pinguins adultos. A Worl Wildlife Fund (WWF) explica que uma simples proibição da pesca de camarões e outros crustáceos na área eliminaria a concorrência e ajudaria a garantir a sobrevivência das espécies antárticas, incluindo os pinguins. A ONG tem apoiado pesquisas na região juntamente com cientistas franceses que monitoram os números de pinguins por ali desde 2010. A ideia sobre uma nova área de proteção será discutida em um encontro na próxima segunda-feira com a Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos da Antártica Marinha (CCAMLR na sigla em inglês). Essa comissão é formada por 25 membros e tem a participação da União Europeia. "Esse acontecimento horrível contrasta com a imagem alegre que as pessoas têm dos pinguins", afirmou Rod Downie, chefe de programas polares na WWF. "O risco de abrir essa área para pescas exploratórias de camarões - algo que representaria uma competição por alimentos com os pinguins da região - seria impensável, principalmente depois de duas temporadas catastróficas de reprodução nos últimos quatro anos", afirmou. A última temporada de reprodução que terminou de maneira trágica com a morte de todos os filhotes foi em 2015. "A CCAMLR precisa agir agora adotando uma nova área de proteção marinha para as águas do Leste da Antártica para proteger a casa desses pinguins", finalizou.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Cientistas divulgam boa notícia sobre pinguins


Cientistas revisaram o número de pinguins-de-adélia que habitam o leste da Antártida e descobriram que há mais exemplares do que o estimado. Cerca de 6 milhões de aves da espécie vivem nos 5 mil quilômetros da costa leste do continente gelado, mais que o dobro do número estimado anteriormente. A pesquisa realizada por uma equipe australiana, francesa e japonesa usou métodos aéreos e terrestres, como a etiquetagem, revisão de dados e análise de imagens de vídeos ao longo de várias épocas da reprodução, o que lhes permitiu chegar ao novo número. A estimativa inicial era que havia cerca de 2,4 milhões de pinguins da espécie na área analisada, porém, o estudo revelou que o número era 3,6 milhões maior do que o esperado. Os pesquisadores estimaram a população global entre 14 e 16 milhões de pinguins. Anteriormente, a estimativa só havia levado em conta os casais reprodutores, explicou a especialista em ecologia de aves marinhas Louise Emmerson, da Divisão Australiana da Antártida. "As aves que não são reprodutoras são mais difíceis de contar, porque estão longe, procurando comida no mar ao invés de fazerem ninho em colônias na terra", explicou Emmerson. "No entanto, nosso estudo no leste da Antártida mostrou que os pinguins-de-adélia não reprodutores podem ser tão abundantes, ou mais, que os reprodutores. Essas aves são uma importante reserva de futuros reprodutores e estimar o seu número permite que tenhamos um maior entendimento das necessidades alimentares de toda a população", disse Emmerson. Pesquisadores afirmam que a pesquisa tem implicações para a conservação marinha e terrestre. A contagem serve para estimar, por exemplo, a quantidade de krills e peixes necessários para alimentar a população da ave. "Estima-se que cerca de 193 mil toneladas de krill e 18,8 mil de peixes são consumidos por pinguins-de-adélia durante a época de reprodução", afirmou Emmerson. A Comissão de Conservação de Recursos Marinhos da Antártida pretende usar essa informação para limitar a pesca de kriil. Os pinguins-de-adélia foram descobertos em 1840 pelo explorador francês Jules Dumont d'Urville, que nomeou a espécie em homenagem à esposa. Embora abundantes, eles enfrentam ameaças devido às mudanças climáticas, ao recuo do gelo no mar e o declínio da população de krills, segundo a ONG WWF.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Pinguim se envolve em confronto sangrento após encontrar fêmea com 'amante'



Um trecho de um documentário da National Geographic lançado na última sexta-feira viralizou nas redes sociais ao mostrar uma violenta briga entre dois pinguins. O motivo? Ciúmes. O vídeo de cinco minutos exibe o confronto sangrento iniciado por um pinguim macho que, ao retornar para o ninho após um ano, encontra sua parceira com um "amante". A época de reprodução dos pinguins acontece em meados de outubro. "76% dos pinguins se acasalam com o mesmo parceiro durante toda a vida", explica a jornalista Delaney Chambers, da National Geographic. "A fêmea só se acasala com outro quando seu parceiro morre; são raros os casos em que isso acontece quando o macho ainda está vivo", acrescenta. As imagens mostram que, ao se deparar com o amante instalado em seu ninho, o macho dá início ao confronto. Pouco a pouco, a luta começa a ganhar contornos violentos. Os pinguins usam as asas e os bicos como armas. Diferentemente de muitas aves, que têm ossos ocos nas asas, os dos pinguins são sólidos. Além disso, esses animais têm bastante força nos bicos, usados para cavar o chão. "As asas dessas aves, como não voam, são muito fortes e podem causar grande dano. Eles podem golpear até oito vezes por segundo", explica Delaney. Depois de alguns minutos, os machos interromper a briga e chamam a fêmea para solucionar o impasse. Ela decide, então, ficar com o "amante". Resta ao marido abandonar o local. Mas ele não se dá por vencido e segue o casal até o ninho. Ali a batalha recomeça, e fica cada vez mais violenta. "Finalmente, a fêmea sai do ninho e opta novamente pelo amante. O marido percebe que não há outra alternativa senão deixar o ninho e buscar outro local para passar a época de acasalamento", descreve o narrador do documentário.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Aquecimento e degelo da Antártida têm breve pausa, diz estudo


O aquecimento e o degelo da Antártida tiveram uma breve pausa, segundo publicação de cientistas nesta quarta-feira (20). A península, um dos lugares da Terra que sofreu pelo aquecimento do clima no último século, voltou a se resfriar devido a alterações naturais no local. O aquecimento veloz registrado até o final dos anos 1990, que se estende rumo à América do Sul, desencadeou o rompimento de antigas plataformas de gelo, que são vastos fragmentos de gelo que flutuam no final das geleiras, e um declínio em algumas colônias de pinguins. Uma mudança para ventos mais frios e a chegada de mais gelo marítimo causaram um resfriamento na região, apesar do acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera. A análise foi publicada por cientistas na revista "Nature". "O aumento de gases de efeito estufa (...) está sendo sobrepujado nesta parte da Antártida" por variações naturais no clima local, disse o principal autor do estudo, John Turner, da Pesquisa Britânica na Antártida (BAS, na sigla em inglês). "Certamente não estamos dizendo que o aquecimento global acabou. Pelo contrário", disse ele em uma teleconferência a respeito do estudo. "Estamos destacando a complexidade da mudança climática." Desde aproximadamente 1998, as temperaturas do ar da Antártida diminuíram cerca de 0,5ºC por década, aproximadamente o mesmo ritmo que vinha subindo desde cerca de 1950. A estabilização do buraco da camada de ozônio sobre a Antártida, que protege o planeta dos raios ultravioleta, pode explicar em parte a alteração nos ventos que levaram ao resfriamento, segundo o estudo. Mas o aumento de gases de efeito estufa, sobretudo em razão da queima de combustíveis fósseis em todo o mundo, significa que o resfriamento deve ser só um evento isolado em um canto da Antártida. As temperaturas provavelmente devem voltar a subir e podem ter um acréscimo de 3ºC a 4ºC até o ano de 2.100, alertou Turner. Na cúpula climática de Paris em dezembro, quase 200 governos assinaram o acordo mais ambicioso até o momento para conter o aquecimento global, adotando a meta de eliminar o uso de combustíveis fósseis gradualmente até 2.100. Cerca de 10 plataformas de gelo diminuíram muito de tamanho ou se desintegraram na Antártida nas últimas décadas. Em 2014, no mesmo local, cientistas flagraram uma nova rachadura de dezenas de quilômetros de extensão em uma plataforma.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Pinguim é encontrado morto na Praia de Tabuba, Litoral Norte de Alagoas


Um pinguim foi encontrado morto na tarde do sábado (9), na praia de Tabuba, na Barra de Santo Antônio, Litoral Norte de Alagoas. Pescadores e banhistas localizaram o animal já morto dentro da água e o enterraram na areia. A banhista Mirian Sheyla, que estava no local, conta que um homem tomava banho no mar quando avistou um animal boiando na água. “Ele pegou o animal para o levar para a areia, quando percebeu que era um pinguim. Nunca vimos nada desse tipo nessa região, foi bem inusitado”, afirmou Mirian. De acordo com o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), existe a possibilidade, nessa época do ano, dos pinguins se desgarrarem de seus grupos e acabar sendo arrastados pelas correntezas marítimas até o litoral alagoano. Nos casos em que o pinguim ainda estiver vivo, o CETAS orienta que seja feita uma ligação pedindo o resgate do animal para o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), o Corpo de Bombeiros ou o próprio Ibama. Ainda segundo informações do CETAS, quando o animal for encontrado morto, o procedimento deve ser o mesmo, para que veterinários e biólogos investigao animal, a causa da morte, entre outros.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Nascem dois pinguins por inseminação artificial no Japão


Um aquário japonês conseguiu realizar a reprodução de pinguins de Humboldt, uma espécie em risco de extinção, graças à inseminação artificial, anunciou nesta semana o estabelecimento. Trata-se da segunda tentativa frutífera de inseminação artificial de pinguins no mundo e a primeira para uma espécie em risco de extinção, comemoraram os responsáveis do Museu de Ciências Marítimas de Shimonoseki (oeste). "Ao longo dos últimos quatro anos, tentamos diversas vezes, apesar dos muitos fracassos", explicou à AFP Teppei Kushimoto, a cargo do cuidado dos pinguins. "Fiquei sem voz quando os filhotes de pinguins nasceram sem dificuldades graças ao êxito da inseminação artificial", acrescentou. O centro científico recolheu e congelou o esperma de Genki, macho de 11 anos, e o utilizou para fecundar Happy, fêmea de 8 anos. Happy posteriormente colocou dois ovos que se abriram no início de abril e de onde nasceram dois filhotes dos dois sexos. Este êxito recompensa um trabalho de longo prazo e os muitos testes para tentar avaliar melhor os períodos de ovulação das fêmeas de pinguim, baseados em suas mudanças de peso e com a ajuda de ultrassons.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Pinguins famintos saem à caça do escasso krill antártico


Assim como as focas e baleias, também comem krill, um crustáceo de 3 cm parecido com um camarão que está na base da cadeia alimentar do oceano austral. Mas os observadores dos pinguins asseguram que o krill é cada vez mais escasso na península antártica, ameaçado pelas mudanças climáticas e a pesca excessiva. "O krill é a planta de energia da Antártica. É uma espécie chave para todos", diz Ron Naveen, líder do grupo de pesquisa antártica Oceanites, enquanto um grupo de pinguins grasnam nas rochas atrás dele. A península antártica ocidental aqueceu três graus Celsius no último meio século, segundo grupos ambientalistas como o World Wildlife Fund (WWF). "Podemos ver os efeitos, como o movimento das geleiras. Podemos ver mudanças nos padrões do gelo. Há algumas mudanças que pensamos ser consequências da mudança climática, que têm a ver com uma mudança nas populações de pinguins", diz Steven Chown, biólogo da Universidade Monash da Austrália. "O aumento das temperaturas, o aumento da acidez dos oceanos e, em certa medida, ainda que não esteja muito claro, também a indústria da pesca que procura pelo krill, exercem pressão sobre as populações de predadores que se alimentam basicamente de krill."

domingo, 10 de abril de 2016

Com a ajuda de crianças e câmeras, cientistas fazem censo de pinguins na Antártida


Pinguins da Antártida estão sob vigilância constante de uma equipe de cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Os pesquisadores do projeto, chamado PenguinWatch, instalaram 75 câmeras pelo continente e os resultados já mostram uma ligação entre as mudanças climáticas e o declínio na população de pinguins da península Antártida. Por isso, o PenguinWatch é considerado o maior – além de mais ambicioso – projeto a ser colocado em prática na Antártida. Agora, os cientistas querem, também, disseminar a pesquisa e estão encorajando grupos escolares a adotar suas próprias colônias e enumerá-las com a ajuda das câmeras já instaladas no continente. Esse é o chamado o PenguinWatch 2.0, lançado nesta quinta-feira (7), que inclui uma espécie de censo dos pinguins.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Pinguins são soltos após temporada de reabilitação no litoral do ES



Depois de três meses de reabilitação, 29 pinguins-de-magalhães foram soltos nesta segunda-feira (14) no litoral de Anchieta, região Sul do Espírito Santo. Os animais são originários da região da Patagônia Argentina, no Sul da América Latina. Eles foram encontrados nas praias do Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro durante o período de migração, quando sobem a costa do Atlântico em busca de alimento. "Eles chegam muito debilitados, com a temperatura baixa e muito magros. Aqui eles passam por um processo de reabilitação", explicou a bióloga Renata Beringue. Os pinguins estavam sendo tratados no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos, localizado na sede do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), no município de Cariacica na Grande Vitória. Durante a recuperação, eles recuperam o peso e a capacidade de impermeabilizar as próprias penas. Quando estão prontos para a soltura, recebem uma alimentação reforçada a base de sardinhas, como forma de garantir reserva energética suficiente para retornarem a seu habitat natural. Os pinguins foram soltos a cerca de 20 quilômetros da praia, por uma equipe do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), em parceria com a Windive Atividades Subaquáticas, responsável pela embarcação. O instrutor de mergulho Luiz Mury explicou como o ponto para soltura é escolhido pelos especialistas: "Nós temos que saber o ponto exato, a corrente exata e as condições metrológicas melhores possíveis para que eles possam voltar". Agora, outros 51 animais estão em tratamento no estado. Eles poderão ser soltos assim que se recuperarem e que as condições marítimas estiverem favoráveis para o seu retorno para casa.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Fidelidade de pinguins pode ser explicada pela distância, diz estudo


O segredo da fidelidade entre alguns pinguins: não se ver muito - é o que diz um estudo publicado nesta quarta-feira (9) na revista Biology Letters da Sociedade Real Britânica. Os mesmos casais de pinguins reatam novamente a cada verão no momento da reprodução. Mas o que acontece com estes casais "para sempre" durante a longa migração invernal? Para esclarecer este mistério, uma equipe de investigação estudou, por meio de ferramentas de geolocalização e marcadores bioquímicos, dez casais de uma espécie de pinguins monogâmicos - o pinguim do rockhopper - de uma colônia das Ilhas Malvinas. "Nós procuramos saber se os parceiros mantinham contato ou se encontravam em locais especialmente dedicados a estes encontros", explicaram os pesquisadores. O resultado foi justamente o contrário: os parceiros ficam separados continuamente por centenas, até milhares de quilômetros. Para um casal, esta distância chegou a 2.500 quilômetros no mês de junho. Entre algumas espécies migratórias, os machos e as fêmeas passam o inverno em zonas separadas e, então, a separação dos casais é implícita. Mas este não é o caso do pinguim-saltador-da-rocha. "Os parceiros ficam afastados uns dos outros durante o inverno, permitindo que machos e fêmeas se misturem nos locais de invernada. Esta constatação é muito intrigante", explicou à AFP Jean-Baptiste Thiebot do Instituto Nacional de Pesquisa Polar em Tóquio, no Japão. Ao longo de um ano, os casais passam apenas um tempo limitado juntos. Eles se reúnem durante 20 a 30 dias durante o período de reprodução, dois a três dias durante a incubação e as noites dos primeiros 70 dias dos filhotes. Assim, um casal passa apenas 23% do tempo juntos, menos de três meses por ano. O que não os impede de ficar juntos a cada retorno de viagem: dos dez casais estudados, sete retomaram após o inverno. Dois pinguins que voltaram sem sua "cara metade" se acasalaram com um novo parceiro. Os quatro pássaros que estavam faltando ou foram integrados em uma outra colônia ou morreram no mar, de acordo com o estudo. "Às vezes, mas raramente, dois antigos parceiros escolhem novos cônjuges", pondera Jean-Baptiste Thiebot. Mas a separação "por centenas de quilômetros a maior parte do tempo não impede que os pássaros marinhos se reproduzam com o mesmo parceiro do ano anterior", constataram os pesquisadores.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Pelotão Ambiental encontra 545 pinguins mortos no litoral do RS


O Pelotão Ambiental da Brigada Militar de Tramandaí encontrou 545 pinguins, três lobos-marinhos e duas tartarugas mortas nesta segunda-feira (7) entre as praias de Quintão e Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Conforme a Brigada Militar, uma grande quantidade de animais mortos começou a aparecer na beira da praia a partir de sexta-feira (4). Os pinguins não apresentam manchas de óleo ou outro tipo de sujeira. As prefeituras já foram avisadas para fazerem a retirada de animais. Segundo o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da UFRGS, a mortandade de pinguins no litoral gaúcho é considerada comum nesta época do ano. Os pesquisadores dizem que a maioria das mortes é causada pela seleção natural, mas que outros fatores como o fenômeno El Niño e a grande quantidade de lixo nas praias também influenciam.