Uma baleia foi encontrada morta no mar na praia de Tijucas, na Grande Florianópolis, na tarde de segunda-feira (9). A causa da morte ainda é analisada por especialistas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). O animal da espécie Mink tinha 7,5 metros e era uma fêmea.
Conforme o coordenador da Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali, Jeferson Dick, a morte foi confirmada por volta das 16h. No horário, veterinários começaram o processo para retirada do animal da água e início da necropsia na praia.
A coleta de material se estendeu até as 22h, conforme o pesquisador. "Esse procedimento é uma corrida contra o tempo, porque os órgãos do animal se decompõem muito rápido e isso dificulta as análises", explica Dick.
Segundo o especialista, são feitos laudos laboratoriais para identificar a causa da morte. No entanto, foi constatado que o animal não se alimentava há muito tempo e estava com alguma doença no intestino.
"Ela provavelmente encalhou porque estava debilitada. É uma espécie que ocorre em nossa região, vive em mar aberto e dificilmente aparece próximo da costa", esclarece Dick.
A espécie tem o nome científico de Balaenoptera acutorostrata. Os pesquisadores ainda verificam se o animal é de subespécie conhecida como Minke anã. A idade do animal não foi confirmada, mas foi considerado como juvenil.
Além dos pesquisadores da Univali, ligados ao projeto da Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), a Polícia Militar Ambiental, prefeitura, bombeiros e comunidade de Tijucas prestaram apoio no local.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
terça-feira, 10 de julho de 2018
segunda-feira, 2 de abril de 2018
Estudo explica por que as baleias são tão grandes
A necessidade de reter calor na água é o motivo pelo qual as baleias são tão grandes, mostra estudo publicado no "PNAS". Elas ainda poderiam ser maiores se não fosse a necessidade de conter o metabolismo para evitar uma perda de energia ainda maior.
O tamanho de mamíferos aquáticos é um assunto debatido há muito tempo na ciência e muitas hipóteses foram formuladas -- uma delas é que a possibilidade de flutuar na água exerceria pouca pressão sobre o corpo dos animais; e, com isso, eles se tornariam maiores.
O que a análise de 3859 espécies de mamíferos aquáticos e de 2998 fósseiis mostrou, no entanto, é que o crescimento de mamíferos aquáticos têm a ver com a preservação da energia e a manutenção do calor - e não com diferenças na pressão sobre o tamanho.
A análise dos fósseis mostrou ainda que embora alguns mamíferos tenham forma corporal similar, eles não estão intimamente relacionados.
Focas e leões-marinhos estão mais relacionados aos cães, enquanto os peixes-bois têm os elefantes como ancestrais. Já as baleias e os golfinhos, estão mais relacionados aos hipopótamos.
O estudo dos fósseis e das espécies vivas mostrou também que quando esses animais terrestres foram para a água, eles chegaram rapidamente a aproximadamente 500 kg.
Um outro ponto é que aqueles com ancestrais menores, como o cachorro, cresceram mais que aqueles com ancestrais maiores, como o hipopótamo.
De acordo com os autores, esse achado sugere que ser grande é uma vantagem na água, mas só até determinado ponto.
A partir da análise, pesquisadores chegaram a uma teoria termoreguladora que se soma ao conjunto de hipóteses que tenta explicar o tamanho das baleias.
Jabuti com casco quebrado é abandonado em lata de lixo de Limeira e resgatado
O pelotão ambiental da Guarda Municipal de Limeira (SP) resgatou um jabuti que estava ferido dentro de uma lata de lixo na manhã desta quinta-feira (29). Segundo os guardas, o animal está com o casco quebrado.
Os funcionários de um posto de combustíveis na Avenida Campinas acionaram o pelotão e disseram que encontraram uma tartaruga dentro de um latão de lixo do estabelecimento. No local, os guardas viram que era um animal da espécie Jabuti-Piranga, que vive exclusivamente na terra.
A suspeita é que o animal tenha sido atropelado e depois jogado no lixo. Ele foi levado para o Zoológico Municipal, onde passou por uma avaliação com os veterinários.
Segundo a guarda, o casco vai ser revestido por um material semelhante à resina e o animal passará por tratamento. Ainda não é possível afirmar se ele sobreviverá, conforme a prefeitura.
Após o tratamento e com a reabilitação, os veterinários vão avaliar se ele será solto na natureza.
Nova espécie de rã é descoberta em serra entre Colômbia e Venezuela
Cientistas da Venezuela e da Colômbia identificaram uma nova espécie de rã na Serra de Perijá, uma vasta cadeia montanhosa compartilhada pelos dois países e lar de espécies endêmicas como este pequeno anfíbio.
Com uma pele multicolorida e canto único, a Hyloscirtus japreria, que habita rios e cursos d'água a mais de 1 mil metros de altitude, foi descoberta durante expedições realizadas há uma década.
Seu nome presta homenagem aos járerias, um grupo étnico de Perijá, no estado de Zulia (noroeste da Venezuela).
Com essa descoberta – publicada na revista científica "Zootaxa" - são 37 espécies as identificadas do gênero Hyloscirtus.
Menores, os machos medem entre 2,8 e 3,2 centímetros e as fêmeas de 3,5 a 3,9 cm.
O caminho para concluir a investigação começou em 2008.
Depois de determinar que "era uma rã de torrentes, tivemos que verificar que não era o Hyloscirtus platydactylus, outra espécie registrada em Perijá em 1994", acrescentou.
Conforme avançavam as expedições, foram incorporadas câmeras fotográficas e gravadores de som de alta definição para documentar a coloração e submeter os cantos a uma "análise bioacústica".
Os sons que emite, que podem ser ouvidos a cerca de 15 metros de distância, são uma das suas características distintivas, indicou Edwin Infante, companheiro de Rojas nas excursões.
O espécime foi reconhecido por seu canto particular: um "piu prolongado".
A H. jareria também é caracterizada pelas suas costas amarelo-claras, com manchas castanhas escuras e pequenas manchas castanho-avermelhadas.
Também possui listras esbranquiçadas em certas regiões dos olhos, orelhas, coxas e pernas.
A íris é cinza com uma reticulação preta fina.
Junto com Rojas-Runjaic, do Museu de História Natural La Salle, em Caracas, trabalharam o biólogo colombiano Fabio Meza-Joya e os venezuelanos Infante e Patricia Salerno.
Meza-Joya havia encontrado a mesma rã no lado colombiano, mas só se deu conta disso quando conheceu Rojas em um curso no Equador. Em 2013, decidiram unir forças.
Foi assim que descreveu a espécie "a partir de indivíduos coletados em três áreas da encosta oriental da Serra de Perijá (Venezuela) e em uma cidade na encosta ocidental (Colômbia)", disse à AFP o herpetologista colombiano.
Para os intrincados habitats só era possível chegar a pé ou de mula depois de vários dias de travessia.
O acesso à Serra de Perijá da Colômbia foi restringido por décadas pelo conflito armado, "o que produziu vácuos de informação", explicou Meza-Joya, que enfatizou que a assinatura da paz com as guerrilhas amplia o horizonte para novas descobertas.
O processo de paz com as FARC – que começou em 2012 e levou ao desarmamento do grupo e à conversão em um partido político em 2017 – "abriu uma janela para entrar em áreas inacessíveis, com a paz aumentando o conhecimento sobre a biodiversidade", disse.
Meza-Joya enfatiza que os anfíbios são fundamentais nos ecossistemas, pois atuam como reguladores de populações de insetos que, por sua vez, podem ser pragas ou vetores de doenças.
Além disso, "algumas espécies têm uma acentuada vulnerabilidade às mudanças ambientais, razão pela qual são consideradas excelentes indicadores da saúde dos ecossistemas", acrescentou o especialista.
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