Cientistas analisaram o comportamento sexual das lulas e comprovaram que a espécie marinha precisa descansar seus músculos por, no mínimo, 30 minutos após uma relação sexual duradoura -- de ao menos três horas.
Segundo pesquisa feita por biólogos da Universidade de Melbourne, na Austrália, e divulgada na última edição da revista "Biology Letters" (publicada na última quarta-feira, 18), a fadiga que atinge o molusco pode ser prejudicial e ainda expor espécimes a predadores -- que levam vantagem na hora da caçada.
Os cientistas analisaram exemplares de lula da espécie Euprymna tasmanica, que vivem na costa sul Austrália e em partes da Tanzânia. Esses animais chegam a atingir até sete centímetros de comprimento.
Essa espécie consegue se acasalar por até três horas seguidas, após um ritual em que o macho agarra a fêmea e a prende para a cópula. Durante a relação, ambos os espécimes mudam de cor e podem até produzir uma nuvem de tinta escura, que ajuda o casal a fugir de predadores.
Um casal de lulas australianas foi capturado pelos biólogos e colocado em um tanque, onde a fêmea e o macho foram obrigados a nadar contra a corrente, com a finalidade de testar sua resistência. Isto foi feito após uma relação sexual entre os exemplares.
Os pesquisadores comprovaram que após o acasalamento, tanto a lula macho, quanto a lula fêmea, precisaram de 30 minutos para recuperar sua capacidade de natação anterior. De acordo com o estudo, isto sugere que a lula sofre de fadiga muscular temporária.
De acordo com a pesquisa, este momento de fadiga pode prejudicar a espécie no momento de fugir de predadores, por exemplo, obrigando-a se esconder na areia para evitar ataques.
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