O Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho está em luta para evitar que o primeiro peixe-boi reintroduzido na natureza, em 1994, seja afetado pelas manchas de óleo que atingem o litoral do Nordeste. Até um plano para retirar Astro do seu habitat está pronto caso a situação se agrave.
O monitoramento diário é feito pelo projeto da Fundação Mamíferos Aquáticos, como mostrou o G1 Sergipe. Astro tem um chip implantado e sua história é considerada importante nos esforços de conservação do peixe-boi marinho. O mamífero vive entre os litorais de Sergipe e Bahia, área que está entre as mais afetadas pelo vazamento.
O mamífero já lutava para sobreviver em meio aos atropelamentos de embarcações, às interações com turistas e, agora, enfrenta o óleo que afeta as praias nordestinas.
Desde o início do surgimento das manchas, especialistas mudaram a rotina para manter Astro longe do óleo. Para isso, o animal está sendo monitorado através de um equipamento de radiotelemetria, que faz o mapeamento da área de uso e facilita as buscas pelo animal.
O técnico ambiental do projeto Viva o Peixe-Boi, Allan Barreto, conta que, com a chegada das manchas, os esforços se intensificaram no intuito de preservar a vida do animal.
"Com o monitoramento acompanhamos o cenário e tudo o que está ocorrendo. Nós observamos se existe óleo no animal, nas áreas de alimentação e na região onde ele bebe água. Em campo também temos uma equipe que faz esse monitoramento."
Allan explicou que o equipamento que fica acoplado no mamífero também é monitorado. "O equipamento fica mais tempo flutuando. Por isso aumenta a chance de ter contato com a substância (tóxica)", comentou.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
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quinta-feira, 24 de outubro de 2019
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